Juliana Lobão Joias propõe peças que somam minimalismo e sofisticação
Celebrando o aniversário de sete anos, a etiqueta brasiliense anuncia novidades e lança coleção pensada no público mais jovem
atualizado
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Significado, conexão e delicadeza. Juliana Lobão define as peças que cria em uma frase: joias que contam histórias. A etiqueta brasiliense, especializada em acessórios, busca olhar o mundo pelos olhos do consumidor, estando alinhado com as diferentes fases dos clientes. Completando o sétimo aniversário em novembro, a marca reserva surpresas e atualizações para a clientela. Na quarta reportagem da série Moda Brasília, a coluna entrevistou a empresária à frente da label, que contou com exclusividade os próximos passos e lançamentos.
“Acredito que o processo de criação de uma joia é tão relevante e especial quanto ela”, reflete Juliana Lobão. Na concepção dos projetos, a designer mantém-se firme em um objetivo: captar o mundo com a sensibilidade necessária para transformar em peças desejo para os seus clientes. O apego pela joalheria iniciou ainda na infância, por incentivo do pai. Em comemorações especiais, o patriarca gostava de presenteá-la com joias.
Advogada de formação, há sete anos ela mudou de rota e voltou-se para um caminho que a colocaria em contato com a antiga paixão. Na época, residindo no Rio de Janeiro, resolveu se arriscar na ourivesaria. Passando por diversos cursos e especializações que ensinavam as técnicas de como trabalhar com metais preciosos, não demorou muito tempo até formar a sua própria rede de clientes.
“Assim que iniciei a minha transição de carreira fui chamada para retornar à Brasília, para uma proposta na área do direito. Resolvi que, a partir dali, iria tentar conciliar as duas funções. Trabalhava no meu emprego em um período e criava peças em outro. Se foi fácil? Não diria isso. Mas em dois anos a minha marca já estava se consolidando e resolvi que era o momento de me dedicar única e exclusivamente à ela”, relembra.
E o timing não poderia ser melhor: na época, aos 30 anos, as amigas mais próximas começaram a engravidar. Para simbolizar o momento, muitas começaram a encomendar joias com as iniciais dos filhos, em especial anéis. E foi assim, que por um acaso, surgiu o grande sucesso da marca que se tornou o carro-chefe.
De lá para cá, a marca se tornou especialista em traduzir histórias de vida em joias minimalistas, elegantes e atemporais. Os itens se tornam verdadeiros tesouros de família, passando de geração em geração.
Confira o bate-papo com Juliana Lobão:
As suas joias contam com um DNA bem delicado e minimalista. A cidade te inspira de alguma maneira?
Juliana Lobão: Eu tenho uma facilidade muito grande na criação das peças. E a inspiração pode vir da própria matéria-prima, das pedras preciosas, mas na maior parte das vezes vem das coisas que me cercam, sabe? Arquitetura de Brasília, o nosso cerrado, as viagens que eu faço ou as mulheres com quem eu convivo.
Em algumas postagens e entrevistas você mencionou que a marca nasceu no universo das mães. Conte um pouco sobre essa ligação.
Na época que as minhas amigas começaram a engravidar, elas pediram para que eu elaborasse joias que representassem aquele momento. A primeira peça que eu fiz foi um anel com o nome do filho de uma amiga próxima. E, meio que sem querer, surgiu uma tendência na marca. Essa demanda inspirou os colares com os bonequinhos, para as mães e filhos. Daí ampliamos para peças do dia a dia e que carregassem outros significados. Já tivemos pedidos de noivas para as madrinhas, de aniversário de casamento, formatura, aniversário e demais ocasiões marcantes. O DNA da nossa marca está firmado na afetividade.
Cultivando essa conexão com as mulheres, qual é o perfil da sua cliente atualmente?
Contrapondo a maior parte das joalherias, que têm como público-alvo os maridos, nós vendemos para as mulheres. A nossa cliente é mãe, independente, tem orgulho de fazer as próprias coisas e equilibra todos esses “pratos” e funções. Exigindo qualidade, ela prefere peças de ouro, gosta de colecionar e entende de joalheria. Outro fator que faz toda a diferença: ela é muito antenada na moda e quer estar alinhada com as tendências.
Como você define a assinatura da sua marca?
Nossa joalheria tem o estilo limpo, clean, com um design mais minimalista e linhas curvas. Mas estamos sempre em busca de inovação. Não seguimos 100% o que a moda dita e tentamos alinhar com o que é atual. As próximas coleções, por exemplo, contam com linhas mais retas e quadradas. Mas, apesar disso, sempre mantemos a nossa essência nas linhas.
Este ano, a Juliana Lobão Joias faz 7 anos. Qual a sensação de celebrar a data?
Fico muito feliz e confesso que é surpreendente. Estamos há sete anos no mercado e foi um esforço muito grande chegar onde cheguei, tendo que fazer uma transição de carreira. É gratificante saber que deu certo, as pessoas continuam consumindo e temos clientes fiéis desde o primeiro ano. Mas o desafio continua. Estamos sempre em busca de nos reinventarmos e atualizar o repertório. Existe toda uma geração que ainda não nos conhece e isso me motiva a conseguir alcançá-los.
Como você avalia a atual fase? Podemos esperar novidades em breve?
A marca está passando por uma transição para chegar no próximo ano com atualizações. A primeira delas é que vamos deixar de trabalhar com a prata e vamos focar em peças de ouro. Nesta etapa de evolução, queremos focar em linhas mais leves do material, desenvolver as peças e produções exclusivas.
Com esse espaço deixado pelas joias de prata, o nosso objetivo é formular uma linha de ouro mais acessível. E focando no público mais jovem, no dia 1º de dezembro, iremos lançar uma coleção voltada para o publico mais jovem. As peças são de correntaria, nos tons do amarelo e tem como inspiração a história de um naufrágio que aconteceu na Colômbia e esconde um tesouro. Acredito que esse storytelling nos ajuda a criar conexão com a clientela que ainda não nos conhece.
Série Moda Brasília
A coluna Ilca Maria Estevão deu início à série Moda Brasília recentemente. Toda semana, na sexta-feira, apresentaremos uma marca, designer ou etiqueta local, a fim de dar ênfase à moda criada no Distrito Federal e no Centro-Oeste.
O objetivo é apresentar iniciativas e empresas que atuem em prol da cadeia produtiva regional de maneira criativa, sustentável e inovadora. Os nomes são selecionados de forma independente pela equipe da coluna, a partir de critérios como diferencial de mercado, pioneirismo e ações que valorizem a comunidade.
Colaborou Marcella Freitas