Jovens brasilienses lançam a marca Monkey Star com pegada urbana
A etiqueta de streetwear chega ao público nesta quarta-feira (24/3)
atualizado
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Os brasilienses Pedro Alex e Bernardo Vieira são os sócios por trás da nova marca de moda da capital. Com pouco mais de 20 anos de idade, os amigos se juntaram para enfrentar este desafio em meio à pandemia. A Monkey Star será oficialmente lançada nesta quarta-feira (24/3) e promete novidades marcantes para o público fashionista do quadradinho, principalmente para quem ama o streetwear.
Vem conhecer!
Pedro Alex, de 21 anos, é músico. Bernardo Vieira, 22, é estudante de moda. Os jovens juntaram as próprias experiências e a vontade de empreender para tirar o sonho do papel. Enquanto Pedro atua como diretor executivo e produtor musical da marca (setor que será explorado com o passar do tempo), Bernardo Vieira é o diretor criativo.
Para completar o time, Felipe França comanda o financeiro da label, e Lucas Parreira organiza as redes sociais e o site, que estará no ar a partir das 20h. As peças serão vendidas exclusivamente on-line.
Entre os produtos, estão camisetas, moletons e shorts. Todos os itens são genderless. Para melhorar, as estampas da primeira coleção foram desenvolvidas por uma garota de apenas 9 anos: Thainá, irmã de Pedro Alex.
“Surgiu a partir de uma brincadeira entre mim e ela. A Thainá pedia para eu dar temas para que ela desenhasse e, em um desses momentos, pedi para que ela desenhasse algo a ver com macaco e estrela. Ela acabou criando os dois ‘personagens'”, conta o diretor executivo, em entrevista à coluna.
Confira um bate-papo sobre a novidade:
Por que esse nome?
Pedro Alex: O nome da marca, na verdade, veio do meu pai, como uma forma de ressignificar o termo “macaco”, usado pejorativamente contra pessoas pretas. A ideia é trazer a nova perspectiva em que o macaco é a estrela, é quem se diferencia e assume o seu lugar de protagonismo e destaque dentro da sua realidade.
O foco será exclusivamente no digital? Por quê?
Nosso foco é o digital pelo fato de estarmos em um mundo no qual a internet nos dá diversas possibilidades para chegar a lugares além de onde estamos, sem contar que nos permite a possibilidade de estar fazendo uma boa comunicação e ter uma abordagem coerente com o que pregamos para a marca.
A loja física acaba limitando muito a empresa em vários sentidos, principalmente no monetário. Sabendo que é preciso muito investimento para se manter uma loja com funcionários e aluguel e outras tantas despesas. No atual momento, não é interessante para nós.
Como você definiria o DNA da Monkey Star? A produção é própria?
O DNA da Monkey Star é o streetwear e a vivência que temos nas ruas e na vida, aliada ao conceito de liberdade para criar e expressar o que essas vivências nos trazem. Nossas peças têm modelagem própria e, em toda a cadeia de produção, incluindo corte, costura e serigrafia, nós contratamos trabalhadores autônomos.
Quais são os desafios de lançar uma marca em meio à pandemia?
Os desafios são muitos, e todo momento tem o seu lado bom e ruim. Talvez lançar uma marca na pandemia possa parecer algo fora de cogitação, mas o próprio isolamento fez com que as pessoas pensassem fora da caixinha e começassem a realizar mais ainda aquilo que já planejavam, só não tinham tempo para fazer. A marca surge um pouco nesse contexto.
Nós estávamos nos planejando para lançar a marca no ano passado. Com a pandemia, tivemos que adiar nossos planos. Porém, esse gap nos deu a chance de pensar e aprimorar mais ainda o conceito e a forma que nós queríamos nos apresentar. Acredito que, agora, seja o momento mais adequado, pois conseguimos nos estruturar e nos preparar para o lançamento.
Para os próximos passos, a equipe por trás da Monkey Star quer levar o conceito do streetwear a muito mais pessoas. “O futuro é sempre muito incerto, mas nosso desejo maior é conseguir consolidar a marca no contexto em que estamos”, aponta Pedro Alex. “Consequentemente, também poder ajudar outras pessoas a realizarem os seus sonhos”, finaliza o brasiliense.
Colaborou Rebeca Ligabue