João Incerti x Riachuelo: conheça o artista que exalta a brasilidade
O carioca assina estampas exclusivas. Com pinceladas de diferentes técnicas, o resultado colorido também é inspirado no tropicalismo
atualizado
Compartilhar notícia
Em parceria com o designer carioca João Incerti, a Riachuelo lançará, no dia 31 de agosto, uma coleção exclusiva com estampas feitas à mão. Fruto do trabalho multicolorido do artista, em uma viagem sentimental com elementos resgatando a essência, memória, experiência e história pessoal. O compilado tem criação que remete à brasilidade e à tropicalidade. A pré-venda on-line está agendada para esta terça-feira (30/8). De olho na novidade, a coluna conversou com o artista.
Vem conferir!
Em clima tropical, a coleção é batizada de Hoje Eu Vi o Sol. O ponto alto vai para a estamparia multicolorida de João (ex-Farm). As pinceladas com diferentes técnicas do carioca ganham morada em peças de beachwear, fitness, acessórios e moda casa.
As peças também irradiam as linhas de verão para os públicos feminino, masculino, juvenil e infantil da Riachuelo. “Fiquei bem empolgado com o convite, ainda mais quando me disseram que essa seria a maior coleção já feita por eles, envolvendo todas as linhas da marca”, celebra João, em entrevista à coluna.
“Foi muito gostoso criar com a Riachuelo. A equipe desde o início foi superreceptiva às minhas ideias, uma troca muito legal. Me deixaram livre para propor o que eu quisesse, confiaram em mim. Me senti muito à vontade durante todo o processo”, conta Incerto.
A coluna conferiu as estampas, que dão tom aos shorts, bermudas, saias, vestidos e camisas de manga curta. A moda praia também está colorida: engloba biquínis, cangas e maios. Para casa, colchas, toalhas e almofadas complementam o compilado, ao lado de pratos e canecas.
Confira a entrevista na íntegra:
Qual é a sua relação com a moda?
João Incerti: Eu adoro moda! Para mim, é uma forma de expressão muito forte, além de um exercício de criatividade diário. Foi por meio da moda que comecei a me aventurar nas artes, pintando roupas que comprava em brechó. Também fiz faculdade de moda, embora não tenha me formado, e trabalhei com isso até me tornar artista independente.
Quando e como começou a trabalhar com estamparia?
Eu sempre gostei de desenhar, a vida toda eu vivia desenhando. Quando entrei na faculdade de moda, no Senai CETIQT, aos 18 anos, descobri a estamparia. Pensei “aqui posso usar bem minhas habilidades de desenho!”, e deu muito certo. Entrei na faculdade já estagiando em uma marca pequena chamada Huebra, onde desenhei minhas primeiras estampas e aprendi a utilizar o Photoshop.
Logo depois, entrei pra equipe de estamparia da Farm com 19 anos, também como estagiário, e comecei a me aprofundar e entender de verdade o universo da estamparia. Graças a um concurso da faculdade, também estagiei em uma marca de bolsas chamada Carpisa, na Itália. Fazia estampas e desenvolvia produtos, mas voltei para o Brasil, onde trabalhei por mais quatro anos na Farm.
Como define seu DNA artístico? Quais são as características do seu trabalho?
Gosto de uma certa simplicidade, mas com exuberância! Adoro dourado, adornos, cores, contraste. Acho que existe um pouco de dramaticidade também, com quase sempre uma mensagem por trás de cada arte.
Como reagiu ao convite da Riachuelo para a colaboração? Como foi a criação da coleção?
Fiquei bem empolgado com o convite, ainda mais quando me disseram que essa seria a maior coleção já feita por eles, envolvendo todas as linhas da marca!
Foi muito gostoso criar com eles. A equipe desde o início foi super receptiva às minhas ideias, uma troca muito legal. Me deixaram livre para propor o que eu quisesse, confiaram em mim. Me senti muito à vontade durante todo o processo!
Quais foram as tendências que planejaram para a temporada?
Nada foi planejado para temporada, a coleção foi surgindo de forma orgânica, sem uma estratégia exatamente. Estava apenas combinado que seria uma coleção de verão. A missão era fazer uma coleção linda e que pudesse ser usada por todos.
Qual é a cartela de cores e tecidos usados no compilado de peças?
A coleção é bem diversificada, com estampas coloridas, mais animadas, e também em preto e branco, mais clássicas. Tem pra todos os gostos! A equipe de estilo usou muitos tecidos naturais: tem bastante peças de linho e algodão. Tem muito bordado também.
Ver essa foto no Instagram
Qual foi a sua inspiração para a coleção?
A inspiração da coleção veio de um desenho que fiz durante uma manhã passeando de bicicleta com uma amiga. Sempre dou um nome para meus desenhos, e chamei esse de “Hoje Eu Vi o Sol”. Esse título me inspirou muito e me guiou durante todo o processo de criação, desde as estampas até os produtos e comunicação!
Poderia contar algum momento curioso no processo criativo das estampas da coleção?
No início do desenvolvimento das estampas, não sabia muito bem como começar, então, fui ver desenhos que eu havia feito anteriormente para me inspirar. Vi uns rabiscos, bem inacabados e sem capricho, mas que guardava porque tenho hábito de guardar tudo que desenho. Pensei que eles poderiam dar um efeito legal como estampa. Então os fotografei e utilizei nas estampas, ficou muito legal! Tem várias estampas que foram feitas com esses rabiscos.
Gostaria de acrescentar algo?
Minha parte favorita do processo foi visitar a fábrica da Riachuelo, em Natal (Rio Grande do Norte), para ver de perto o processo e conhecer a equipe de estilo e da fábrica. Todos fizeram tudo com muito amor, dando atenção a todos os detalhes. Estavam super empolgados com a coleção e isso foi muito incrível! Fiquei impressionado com o tamanho da fábrica e a importância dela em Natal.
Colaborou Sabrina Pessoa