O mercado de joias está em constante movimento. Destacam-se marcas que conseguem cativar o público por meio de criações conceituais e autênticas. A coluna separou três joalherias fundadas nos últimos anos que investem em peças autorais, com inspirações variadas e materiais rebuscados.

Vem conhecer!

Kuarar Design

A carreira da paulista Carolina Schlumpf começou como decoradora de bolos, mas ela decidiu estudar administração e negócios, em Boston, nos Estados Unidos. Ao voltar ao Brasil, em 2017, ela passou a fazer cursos de terapia prânica, litoterapia e meditação. A junção disso com as raízes maternas a fez despertar para uma nova possibilidade: o design de joias.

Foi em 2019 que a joalheria Kuarar nasceu. No site, além das joias, são vendidos itens de decoração e bem-estar.

O nome da empresa significa “nascer do sol” em tupi-guarani, como compartilha a idealizadora, com a coluna: “Essa escolha simboliza não apenas a união com a energia que nos impulsiona, mas também a representação aprimorada dos detalhes únicos do solo brasileiro. Este solo não é apenas uma fonte infinita de renovação e energia para acompanhar [cada cliente], mas é cuidadosamente incorporado em cada produto como um pedaço da natureza destinado a guiá-lo em sua jornada.”

Pós-graduanda em litoterapia, que consiste na utilização de cristais para o harmonização do corpo energético, Schlumpf tem um processo criativo marcado pela “fusão cuidadosa entre o bruto e o delicado”, em todas as fases do desenvolvimento e da produção. Prata e ouro são mesclados às gemas.

“Cada pedra incorporada nas peças transcende o mero design, sendo cuidadosamente pensada em termos dos benefícios que pode proporcionar a cada indivíduo. Há um propósito energético distinto, exercendo uma influência direta na composição única dos itens”, detalha.

Eunoyah

Com criações minimalistas e delicadas, a Eunoyah é comandada sob direção criativa de Marcella Helena Bighetti e direção operacional por Evelyn Canalli. As amigas se juntaram a partir do objetivo de empreender no ramo da joalheria, em 2023. Atualmente, os produtos podem ser comprados via WhatsApp.

Feitas com ouro reaproveitado, as peças são desenvolvidas a partir de temas. “A ideia é pensar na joia como uma arte capaz de trazer reflexão e carregar significado. A coleção Substrato, por exemplo, é um convite ao autoconhecimento. E a coleção Vínculos é um convite para refletir sobre nossa relação com o outro”, aponta a designer da label, Marcella Helena Bighetti, à coluna.

“O conceito principal que permeia a marca é o slow fashion. E mais do que apenas um conceito é uma proposta para que as pessoas repensem o luxo. Para isso, temos um design minimalista, mas ainda assim, cheio de significados”, acrescenta a sócia, Evelyn Canalli.

Joalheria Isa Vettorazzi

Lançada em 2019, a label homônima Isa Vettorazzi nasceu da influência familiar. A equipe criativa e os ourives da joalheria paulista acumulam de duas a três décadas de experiência com parentes da fundadora.

Com design autoral, as coleções contemplam gemas brasileiras. Segundo Isa Vettorazzi, o negócio é um tributo aos próprios entes queridos por meio de itens feitos para durar e atravessar gerações. Entre os materiais usados, estão topázios, diamantes e esmeraldas, entre outras pedras, além do ouro.

“A missão da marca é entregar uma joia que é naturalmente associada a uma experiência de amor, já que esse ato de presentear é, em si, um ato de amor. Com isso, honramos nossa história, nosso ofício e a própria ação de presentear, seja para alguém querido ou a si mesmo”, destacou a idealizadora em comunicado à imprensa. As peças estão disponíveis via e-commerce.

Anteriormente, a coluna publicou várias matérias evidenciando a trajetória de outras joalherias brasileiras. A Tejat Studio aposta na junção de ouro e pedras coloridas, por exemplo. As etiquetas brasilienses Urbanoise Jewelry, Bezalel e Ela Souza Jewelry também estão entre os nomes relevantes para acompanhar.