As férias em família são um dos períodos mais aguardados do ano. A fim de aproveitar o verão em boa companhia, muitas planejam viagens ou programas diferenciados para fazer em algum destino diferente, ou mesmo em casa com a criançada. Na hora de preparar as malas para a temporada de veraneio, o canadense Jamie Alexander se esforçou para achar biquínis confortáveis para a filha transgênero de 13 anos. Insatisfeitos com os produtos disponíveis no mercado, a dupla se uniu para desenvolver a própria marca de moda praia, batizada como Rubies.

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Há dois anos, Ruby Alexander compartilhou com o pai seu desejo de vestir biquínis enquanto estivessem aproveitando as férias na praia, e não mais as sungas que estava acostumada a utilizar durante as aulas de natação. Então, seu pai teve a ideia de criar as peças. Atualmente, a etiqueta já enviou 500 itens para meninas trans ao redor do mundo.

O nome da marca foi escolhido em homenagem ao nome da filha. Segundo ele, a marca especializada em “cueca-biquínis” tomou forma pelos “próprios medos e temores pela segurança de Ruby”. Em entrevista à CBC, o empresário da indústria de tecnologia revelou o receio da filha em ser criticada por usar os modelos folgados do mercado.

Os produtos de moda praia apresentam tecnologia de compressão e suavização para oferecer melhor ergonomia às meninas trans. Com slogan “Toda garota merece brilhar”, a marca também comercializa camisetas com a frase estampada no peito, disponíveis em tamanhos adulto e infantil.

“A resposta tem sido incrível”, contou Ruby em entrevista à CNN. “Estou muito feliz em ver todas as crianças que poderão voltar a desfrutar das atividades que amam, como natação, dança e ginástica”, complementou.

O e-commerce também foi atualizado com traduções em cinco idiomas: alemão, espanhol, francês, português e chinês. As peças estão disponíveis para encomendas. Outras novidades também já estão no portfólio: um maiô preto com amarração no pescoço e roupa íntima.

Atualmente, a marca atua com uma vertente social e envia os biquínis de forma gratuita para as meninas que não têm condições de investir nos modelos de praia.

Com o intuito de se tornar uma comunidade também de apoio, o site abre as portas para diálogos. Segundo Jamie Alexander, não é incomum ouvir pessoas que parecem “angustiadas” com a identidade de gênero de seus filhos. Quando isso acontece, ele pergunta se eles querem fazer uma chamada pelo Zoom. “Fico sempre feliz em poder realizar isso, conversar com as pessoas e compartilhar meus conhecimentos”, pontuou.

Colaborou Sabrina Pessoa