Influenciadoras digitais criam conselho para a profissão nos Estados Unidos
Associação comercial sem fins lucrativos quer legitimar a importância da profissão e dinamizar o setor do marketing por influência
atualizado
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Os influenciadores digitais deram um passo importante pelo reconhecimento da profissão. No dia 30 de junho, foi inaugurado o primeiro conselho para influencers nos Estados Unidos, o American Influencer Council. A associação comercial sem fins lucrativos é uma iniciativa de Qianna Smith Bruneteau e um grupo de influenciadoras. A ideia é legitimar e dinamizar a indústria de Instagrammers, TikTokers, blogueiros, podcasters e outros profissionais criativos dos EUA. Com isso, o grupo busca o crescimento e a viabilidade do setor, além de mostrar sua importância.
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Como o American Influencer Council funcionará
O American Influencer Council tem como principal demanda “desenvolver soluções de mercado, baseadas em consenso, que reflitam o ponto de vista de um criador no marketing de conteúdo”. A associação só aceita membros convidados. Para 2020, o plano é de até 15 novas vagas, que poderão se dividir entre influenciadores de carreira, organizações e consultores profissionais.
Segundo o grupo, a indústria de marketing por influência movimenta bilhões de dólares na economia digital dos EUA. O conselho quer mostrar que os influenciadores estão liderando uma indústria, pois considera cada profissional do setor como uma pequena empresa.
O AIC pretende também promover lobby político, atuar em prol de avanços na educação de marketing digital, analisar a economia gerada pela categoria e dar mentoria para a próxima geração de criadores de conteúdo. Inaugurada no aniversário de 10 anos do Dia da Mídia Social, em 30 de junho, a iniciativa se descreve como a “primeira organização comercial criada por e para influenciadores”.
Importância dos influenciadores digitais
Na avaliação do AIC, os influenciadores de alcance variável não recebem o reconhecimento que merecem enquanto pequenas empresas. Muitos deles lançam suas próprias linhas de produtos e comandam empreendimentos inovadores no ramo digital. Dessa forma, geram empregos e ainda estimulam a economia local.
“Esses empreendedores de mídias digitais estão incentivando a criatividade, as histórias e o sucesso por trás da indústria de marketing de influência, projetada para atingir US$ 15 bilhões até 2022”, defendeu Qianna Smith Bruneteau.
Presidente (chairwoman) e membro fundadora do conselho, Chriselle Lim destacou a forma como as redes sociais e os próprios influenciadores estão contribuindo para a reinvenção da comunicação de empresas e marcas. Na visão dela, a mudança tem ocorrido não só nos Estados Unidos, mas a nível global.
“Sou uma marca pessoal e desenvolvedora de produtos, gerenciando duas empresas. Pequenas empresas, incluindo os criadores, são uma âncora da economia dos EUA. O trabalho em andamento na AIC apenas fortalecerá e legitimará os esforços da comunidade de criadores na América”, celebrou.
Frentes a serem trabalhadas
O conselho tem um protocolo com cinco frentes. São elas: transparência do consumidor; padronização e ética profissional; ciência de dados e economia de influenciadores; aprendizado e desenvolvimento; e ágio público.
Entre essas divisões, há reivindicações como aprimorar a experiência associada a marcas nas principais redes sociais, trazendo mais transparência e padronização aos conteúdos patrocinados, e examinar as contribuições dos influenciadores para o PIB norte-americano. O AIC quer ainda pedir melhorias nas Diretrizes de Endosso à Comissão Federal de Comércio (FTC) a cada três anos.
“Nosso objetivo é capacitar nossos membros com os recursos que precisam para continuar impulsionando as questões, tendências e legislação em constante mudança que afetam o setor de marketing de influenciadores nos EUA”, afirmou Aliza Licht, co-vice presidente da diretoria.
Colaborou Hebert Madeira