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Indústria da moda: salário é 45% abaixo do mínimo, segundo relatório

Países como Paquistão, Índia e Vietnã pagam menos do valor mínimo aos trabalhadores do setor, indica a iniciativa Industry We Want

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Na imagem com cor, trabalhadores da indústria da moda sustentabilidade
1 de 1 Na imagem com cor, trabalhadores da indústria da moda sustentabilidade - Foto: Andresr/Getty Images

Em média, os trabalhadores da indústria da moda recebem 45% abaixo do salário mínimo em países como Paquistão, Índia e Vietnã. É o que aponta o relatório do Industry We Want, uma iniciativa multissetorial lançada para impulsionar o progresso do setor de vestuário e calçados.

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O estudo reúne dados relevantes sobre diferença salarial, práticas de compras e emissões de gases e efeito estufa em 2021. Para o relatório, os pesquisadores coletaram informações de mais de 500 fornecedores da indústria de vestuário e calçados no Índice de Parceria do Better Buying Institute.

Olivia Windham Stewart, consultora de negócios e direitos humanos que contribuiu para o relatório, comentou os objetivos da iniciativa global. “O Industry We Want foi estabelecido para medir, acompanhar e acelerar o progresso, mas também para atuar como um organizador. Estamos aqui para apoiar o trabalho que achamos que terá impacto nesses indicadores”, contou em entrevista ao site WWD.

Na imagem com cor, trabalhadores da indústria da moda
Trabalhadores da indústria da moda recebem em média 45% a menos que o salário mínimo

 

Na imagem com cor, trabalhadores da indústria da moda
É o que aponta o relatório do Industry We Want

 

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O estudo também aponta dados relevantes sobre diferença salarial, práticas de compras e emissões de gases e efeito estufa

Um salário digno é considerado a renda mínima necessária para que um trabalhador supra as necessidades básicas. Isso deve ser obtido durante os limites de horas de trabalho. No entanto, há países que não remuneram os profissionais corretamente e a indústria da moda também não escapa desse cenário.

O relatório forneceu uma métrica que ilustra a diferença entre o salário mínimo com a remuneração realmente paga em uma série de países fabricantes do setor de vestuário. O objetivo é mensurar a discrepância entre os valores no setor da moda.

Na imagem com cor, trabalhadores da indústria da moda
Países como Indonésia, Bangladesh e China se destacam negativamente na remuneração dos profissionais da moda

 

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A remuneração de um salário mínimo digno é uma das principais reivindicações dos profissionais

Entre as escolhas para se definir os países, foram levados em consideração: relevância de mercado, experiência, volumes de comércio e região. Honduras, Turquia, Bangladesh, Romênia, Marrocos, Paquistão, Índia, Camboja, Vietnã, México, Tunísia, China e Indonésia estão entre os avaliados.

De acordo com o relatório, a Indonésia é o país que pior remunera os trabalhadores do setor da moda, com cerca de 71% abaixo do mínimo. Em seguida, vem Bangladesh, com 66% e, fechando o top 3, a China, com 63%.

No que diz a respeito à emissão de gases e ao efeito estufa, o setor de vestuário foi responsável por 1.025 gigatoneladas de dióxido de carbono ou cerca de 2% das emissões globais de GEE, de acordo com estimativas do World Resources Institute e do Apparel Impact Institute.

Gráfico The Industry We Want
Gráfico aponta as disparidades entre o valor pago e a realidade dos países

 

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A #PayYourWorkers é uma campanha que busca reivindicar melhores salários para os trabalhadores

 

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A iniciativa começou durante a pandemia

Fundo de apoio

A #PayYourWorkers (Paguem Seus Trabalhadores, em tradução livre) é uma campanha composta por mais de 220 organizações. A ação pede amparo financeiro imediato para os trabalhadores do vestuário em todos os países, além de uma reforma na indústria da moda.

A iniciativa começou como uma forma de apoiar os trabalhadores durante o início da pandemia. Afinal, os profissionais da moda foram severamente afetados devido à crise sanitária global.

A remuneração justa é o direito de todo trabalhador que exerce qualquer profissão. A indústria da moda precisa deixar cada vez mais evidente os processos de mudança do setor.

 

Para outras dicas e novidades sobre o mundo da moda, siga @colunailcamariaestevao no Instagram. Até a próxima!

Colaborou Luiz Maza 

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