H&M planeja dispensar funcionários na Alemanha, inclusive mães de família
Em denúncia, trabalhadores da rede afirmaram que a fast fashion irá dispensar quem tem filhos por terem limitações de horário
atualizado
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Após ser acusada de racismo, a varejista H&M também se envolveu em outras polêmicas no final de 2020. A rede de fast fashion foi investigada pelo órgão de proteção de privacidade da Alemanha por espionar funcionários. Recentemente, outra polêmica veio à tona. Trata-se do planejamento de reduzir a equipe no país, diminuindo 800 funcionários do quadro de colaboradores alemão, incluindo mães.
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Em outubro do ano passado, a gigante do fast fashion foi multada em 35 milhões de euros por vigiar funcionários nas lojas da Alemanha. Em comunicado, a empresa se defendeu, alegando que “o incidente revelou práticas de processamento de dados pessoais dos funcionários que não estavam de acordo com as diretrizes e instruções da H&M”.
No mesmo pronunciamento, a H&M assumiu a responsabilidade e afirmou que adotaria mudanças gerenciais internas. Porém, a rede volta a ter destaque nos noticiários da Europa após novas denúncias de colaboradores.
De acordo com os trabalhadores da etiqueta, a marca pretende demitir cerca de 800 funcionários no país, incluindo mães de família. Um dos maiores sindicatos locais, o Ver.Di, complementou as acusações, afirmando que a conduta é uma “cultura corporativa patriarcal que ignora as mulheres”.
Segundo reportagem do jornal Business Insider’s, a empresa mira nas colaboradoras jovens e nas mães na hora de suspender os contratos. Como não podem dispensar as grávidas, por lei, as que estão retornando da licença-maternidade também correm o risco de perder os contratos.
Entre as denúncias, um dos principais motivos para as funcionárias que têm filhos serem dispensadas é que a maioria não oferece disponibilidade de fazer jornadas de trabalho maiores, como nos períodos noturnos e aos sábados.
Pandemia
Ainda em outubro de 2020, a H&M fechou as portas de 250 lojas, para tentar controlar os efeitos da pandemia. Nos primeiros nove meses do ano passado, a empresa apresentou uma queda de 21% das receitas. Em entrevista à BBC, a varejista revelou que irá focar nas vendas on-line em 2021.
Colaborou Sabrina Pessoa