Há três décadas, Pedro Torres é referência na joalheria brasiliense
Carioca radicado em Brasília, o joalheiro se consolidou com foco em peças sob medida e alianças personalizadas
atualizado
Compartilhar notícia
Pedro Torres entrou para o ramo de joias na adolescência, no Rio de Janeiro. No entanto, foi em Brasília que ele fundou o próprio negócio: a empresa Torres Joalheiros. Desde 1991, o carioca autodidata se consolidou com foco em peças sob medida e alianças personalizadas.
Vem conhecer!
Ainda no Rio de Janeiro, aos 15 anos, Pedro Torres já admirava joias. Como uma forma de sustento e sobrevivência, transformou a paixão em um trabalho: começou com compra e venda de ouro. “Tinha muita curiosidade. Passei a observar como as peças eram produzidas”, lembra.
Mudou-se para a capital federal, nos anos 1990, onde conheceu a esposa e fundou a própria empresa, inicialmente na Asa Norte. Em 2001, estabeleceu a loja no Fashion Mall, na 302/303 Sul, onde está até hoje, com ateliê próprio.
No início do negócio, além de conseguir materiais com fornecedores, o principal desafio era conquistar a clientela e ganhar credibilidade. Aprendeu desde cedo que o segredo do sucesso estava em cativar o público, com atenção e cuidado, além do serviço de qualidade.
“Tenho o costume de falar que cliente de joia não é igual cliente de padaria. Cliente de padaria vai lá todo dia, já o cliente de joia aparece de anos em anos”, aponta Torres. “É preciso ter tempo, analisar, cativar… Às vezes, um cliente não compra algo no momento, mas vai voltar quando precisar, porque vai lembrar que foi bem atendido”, completa o joalheiro.
Em mais de três décadas de experiência, Pedro Torres vivenciou diferentes momentos da joalheria, tanto na confecção quanto no processo de criação. Antigamente, tinha que mostrar um catálogo para os clientes. Atualmente, a prática está mais moderna: com a ajuda da tecnologia, é possível buscar e mostrar várias referências.
Como joalheiro, ele recebe os clientes e entende o que querem, até chegar ao design final. Diversos fatores são levados em conta: do estilo de vida às vontades pessoais de cada pessoa.
“Primeiro, a gente vai ver qual é a pedra, qual é a gema; depois qual tipo de lapidação: redonda, quadrada, navete; qual é o tamanho; com emblema ou sem emblema; com ou sem diamante. A partir daí surge o desenho e o modelo do aro. A gente vai estudando, mostrando, conversando com o cliente”, explica Torres.
Contudo, o trabalho é feito em equipe: na produção, a joia pode passar por ourives, cravador, calígrafo e lapidador. Alianças de ouro, sob encomenda, são o carro-chefe do empreendimento. Na marca, também é possível encontrar anéis, colares, brincos e broches, tanto a pronta entrega quanto sob medida.
Nos últimos anos, a Torres Joalheiros foi assaltada algumas vezes. Apesar do enorme prejuízo, a etiqueta brasiliense se mantém firme. Para Pedro Torres, a parte mais significativa do trabalho é a de lidar com joias de valor sentimental.
“As pessoas compram joias para comemorações e momentos de afeto; e para ter uma peça exclusiva. Joia é um presente eterno, que vira patrimônio da família”, analisa o joalheiro.
No quesito estético, o joalheiro repara que as tendência mudam constantemente. “Ultimamente, clientes têm pedido peças mais minimalistas e delicadas. Mas o diamantes nunca saem de moda; são um clássico”, enfatiza.
Moda Brasília
A coluna Ilca Maria Estevão deu início à série Moda Brasília em 2021. Semanalmente, apresentamos marcas, designers e etiquetas locais, a fim de dar ênfase à moda criada no Distrito Federal, no Centro-Oeste.
O objetivo é apresentar iniciativas e empresas que atuam em prol da cadeia produtiva regional de maneira criativa, sustentável e inovadora. Os nomes são selecionados de forma independente pela equipe da coluna, a partir de critérios como diferencial de mercado, pioneirismo e ações que valorizem a comunidade.
Colaborou Rebeca Ligabue