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Gu da Cei cria arte para colocar periferias no protagonismo do DF

Aos 27 anos, o jovem se firma entre os nomes na cena artística brasiliense que se destacam com o olhar provocativo sobre a cidade

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Julia de Agostini/Material cedido ao Metrópoles
Na imagem com cor, o artista brasiliense, Gu da Cei - Metrópoles
1 de 1 Na imagem com cor, o artista brasiliense, Gu da Cei - Metrópoles - Foto: Julia de Agostini/Material cedido ao Metrópoles

Reivindicar para si o nome de uma região administrativa é algo incomum. Contudo, de convencional, o trabalho de Gustavo, o Gu da Cei, não tem nada. Aos 27 anos, o jovem utiliza a arte como um espaço para provocar a respeito de temas como territorialidade e marginalização. Defensor do que é produzido nas periferias do Distrito Federal, o multiartista se destaca ao apresentar obras que vão além do imaginário do Plano Piloto.

Vem conhecer!

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Gu da Cei não tem medo de questionar os padrões por meio da arte

 

Com graduação em comunicação organizacional e mestrado em artes visuais, ambos pela Universidade de Brasília (UnB), Gustavo já demonstrava desde a infância que a veia artística o convocaria futuramente. “A gente cresce ouvindo que trabalhar com arte não dá dinheiro. Então, tentei unir as duas coisas”, lembra, em entrevista à coluna.

O ceilandense soube potencializar ambos os objetivos para chegar em um denominador comum. “No meu primeiro semestre de curso, tive acesso às câmeras da faculdade. Fui para a Rodoviária e comecei a tirar fotos de vários cenários. Aquilo me completou de uma forma muito grande”.

Com o passar do tempo, aprimorou-se ainda mais na arte. O trabalho envolve experimentar as diferentes linguagens desde o audiovisual até a performance. Multitalentoso, o jovem utiliza, na maioria da vezes, o cenário urbano do Distrito Federal como uma tela para os trabalhos.

“Eu acredito muito na perspectiva do artista multimídia, porque quero cada vez mais transitar entre as diferentes linguagens e colocar a minha identidade em todas”, destaca Gu da Cei.

Apaixonado pela diversidade de culturas do DF, Gustavo tem a Ceilândia como o ponto de partida para sintetizar o DF. Com o intuito de provocar, o artista expõe as diferenças e as mazelas que estão em Brasília. “Gosto de trazer pontos que não são contados na história oficial”, defende.

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Filho de pais nordestinos, o jovem referencia as próprias raízes em trabalhos pela cidade

 

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O lado artístico vem desde a infância

 

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O artista se inspira com orgulho na Ceilândia, região administrativa do DF

 

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A relação com a moda também está presente nas manifestações artísticas

 

Gu da Cei

Gu da Cei faz parte da população brasiliense que tem origens nordestinas. Filho de pais maranhenses, o artista carrega a pluralidade como norma para os trabalhos. Um dos projetos de maior projeção foi a iniciativa de resgatar as imagens feitas no sistema facial de ônibus do DF.

Com a experiência, Gu conseguiu projeção nacional a respeito do tema e do próprio trabalho. “Nessa instalação, fiz questionamentos sobre mobilidade urbana, direito à privacidade, e tive um resultado positivo, porque outros pedido foram feitos”, aponta.

Cercado de referências também na moda, com destaque para os trabalhos de amigos brasilenses, como Vittor Sinistra, Luccas Morais e Viela 17 Shop, Gu da Cei se firma como um artista que traduz um Distrito Federal para além do imaginário comum. “Como artista, quero propor mudanças na vida das pessoas”, finaliza.

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Gustavo já desfilou para o estilista brasiliense Vittor Sinistra

 

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No currículo, há inúmeros trabalhos reconhecidos nacionalmente

 

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Transformar a rotina das pessoas faz parte do propósito de Gu da Cei

 

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Para ele, Ceilândia é um berço cultural do DF

 

Brasília Fora dos Padrões

coluna deu início ao quadro Brasília Fora dos Padrões, como uma extensão da série Moda Brasília. Toda semana, apresentamos pessoas que se destacam pelo estilo próprio, a fim de dar ênfase à moda no Distrito Federal, no Centro-Oeste.

O objetivo é compilar fashionistas que usam o vestuário como uma forma de autoexpressão e autenticidade. Os nomes são selecionados de forma independente pela equipe da coluna. A iniciativa também aborda pautas com temas para além do segmento fashion, como música, entretenimento e arte.

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