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Grupo de luxo Kering é investigado pelo governo francês por fraude fiscal

O conglomerado detém grandes marcas, como Gucci, Saint Laurent, Bottega Veneta, Balenciaga, Alexander McQueen e Brioni

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Nicolas Kovarik/IP3/Getty Images
Presidente grupo Kering
1 de 1 Presidente grupo Kering - Foto: Nicolas Kovarik/IP3/Getty Images

A gigante francesa especializada em artigos de luxo Kering é detentora das principais etiquetas de luxo do mundo. O glamour exalado de seu portfólio, contudo, tem sido afetado por alguns desdobramentos na Justiça francesa. Desde 2019, o grupo está sendo investigado por fraude fiscal.

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Giphy/Kering/Reprodução

De acordo com o portal Mediapart, um parlamentar suíço apresentou queixa formal ao Ministério Público exigindo uma investigação sobre a suspeita de domiciliação fiscal fictícia de executivos da Gucci. A acusação também aponta a economia de dezenas de milhões de euros em impostos e encargos sociais.

Em 2019, o grupo, comandado pelo bilionário francês François-Henri Pinault, confirmou que uma investigação oficial na Itália concluiu que a holding sonegou 1,4 bilhão de euros em impostos que deveriam ter sido pagos no país. Segundo a reportagem do jornal francês, a Kering não efetuou o pagamento de 2,5 bilhões de euros em impostos durante o período de 2010 a 2017.

Bilionário François-Henri Pinault
Presidente e CEO do Kering, François-Henri Pinault

 

Casaco Balenciaga
O conglomerado de luxo Kering é dono de grifes como Balenciaga, Gucci e Saint Laurent

 

Emma Watson em preto e branco
Emma Watson entrou para o Conselho de Administração da Kering e foi anunciada como presidente do Comitê de Sustentabilidade

 

Kerby Jean-Raymond
Kerby Jean-Raymond criou plataforma criativa em parceria com o grupo. A iniciativa promete capacitar uma nova geração de criadores

“Graças a um acordo fiscal secreto com o cantão de Ticino (Suíça), Kering pagou apenas 8% de imposto sobre os lucros da LGI, em comparação com 33% na França”, segundo o site de notícias, que estima a evasão fiscal, apenas na Yves Saint Laurent, foram 180 milhões de euros.

As autoridades milanesas estimaram que, com o objetivo de reduzir sua carga tributária na Itália, a Kering faturava as atividades realizadas na península em nome de sua subsidiária suíça Luxury Goods International (LGI), segundo o Fashion Network.

Após a repercussão da reportagem, a holding de luxo se pronunciou na quarta-feira (16/12), confirmando a investigação: “Caso necessário, o grupo cooperará plenamente com as autoridades competentes na possível investigação, com toda transparência e serenidade”, alegaram.

Grupo Kering

O conglomerado francês tem o costume de apoiar causas sociais pelo mundo, além de apostar na importância da sustentabilidade. A holding faz ações em nome de gigantes de luxo como Gucci, Saint Laurent, Bottega Veneta, Balenciaga, Alexander McQueen e Brioni.

No guarda-chuva de empresas, também há marcas de relógios e joias, como Boucheron, Pomellato, Dodo, Qeelin, Ulysse Nardin e Girard-Perregaux. Bem como óculos, como a Kering Eyewear.

Colaborou Sabrina Pessoa

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