Gigantes da moda fazem doações para a reconstrução da Notre-Dame
Juntos, os conglomerados LVMH e Kering somam cerca de R$ 1,3 bilhão para ajudar a recuperação do monumento histórico
atualizado
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Nessa segunda-feira (15/04/19), um incêndio devastador atingiu a catedral de Notre-Dame, em Paris. Um dos maiores símbolos históricos da França e da arquitetura mundial, a igreja será fechada por tempo indeterminado depois de sofrer danos preocupantes.
Os bombeiros trabalharam nove horas para apagar o fogo e conseguiram salvar a base da estrutura do prédio. No entanto, a torre mais alta do edifício desmoronou, enquanto todo o telhado e a armação foram destruídos.
O ocorrido causou comoção mundial, inclusive no universo da moda. Donos dos grupos Kering e LVMH anunciaram doações para a tentativa de reconstruir a Notre-Dame.
Segundo especialistas, o prejuízo ainda é incerto. A restauração do ponto turístico poderá custar centenas de milhões de euros e demorar décadas. Nesse cenário, muitas pessoas se mobilizaram para pedir recursos e acelerar o processo.
Rapidamente, François-Henri Pinault se pronunciou: o empresário da Kering colocou 100 milhões de euros – o equivalente a R$ 437 milhões – à disposição do governo francês. O conglomerado controla grifes renomadas, como Gucci, Balenciaga, Saint Laurent, Alexander McQueen e Bottega Veneta.
O grupo LVMH, que também gerencia gigantes da moda (Fendi, Celine, Givenchy, Loewe e Louis Vuitton), anunciou em seguida uma doação de 200 milhões de euros (cerca de R$ 875 milhões) para reerguer o monumento francês.
“A família Arnault e o Grupo LVMH, em solidariedade com essa tragédia nacional, estão comprometidos a ajudar a reconstruir a extraordinária catedral, símbolo da França, sua herança e unificação”, destacou Bernard Arnault, dono da holding, em comunicado oficial.
De acordo com os bombeiros, o fogo pode estar relacionado a obras de restauração no prédio, que começou a ser construído em 1163. Contudo, procuradores de Paris declararam, nesta terça-feira (16/04/19), que não acreditam na hipótese de o incêndio ter sido ocasionado de forma voluntária. “Nós estamos priorizando a teoria de um acidente”, disse Remy Heitz.
As autoridades também afirmaram que a apuração será complexa e levará muito tempo. Cerca de 50 investigadores vão atuar no caso.
O presidente da França, Emmanuel Macron, prometeu recuperar Notre-Dame. “Vamos reconstruir a catedral, todos juntos. Uma campanha nacional vai ser lançada para além das nossas fronteiras”, afirmou à imprensa.
A região de Île-de-France, que inclui Paris e arredores, comunicou a utilização de um aporte de 10 milhões de euros na recuperação. Já a prefeitura da capital francesa vai proporcionar um auxílio de 50 milhões de euros. Entre os doadores até o momento, também está a empresa de energia Total.
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Colaborou Rebeca Ligabue