Geração Z está disposta a deixar de consumir fast fashion, diz estudo
O contato direto com mais informações conscientizadoras torna o público exigente em relação às problemáticas do fast fashion
atualizado
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Na moda, são recorrentes denúncias contra marcas de fast fashion em problemáticas acerca das condições de trabalho, sustentabilidade e ética. Uma recente pesquisa apontou que o público jovem, um dos principais dessa modalidade, está ciente das adversidades e disposto a largar o modelo de produção, mas outros pontos, como o preço, ainda tornam o segmento atrativo.
Vem entender!
A luta pela conscientização de questões sociais e ambientais, especialmente para o jovem que tem as redes sociais como rotina diária, está cada vez mais em alta. Contudo, esse mesmo jovem é um dos principais consumidores do fast fashion, o ramo de moda produzida em grande escala, baixo preço e “data de validade”, devido à qualidade dos materiais utilizados.
O enlace de informações causa uma associação direta entre as problemáticas e o fast fashion, comumente denunciado por práticas abusivas. Contudo, dados recentes mostram que 73% dos jovens brasileiros enxergam negativamente ações da produção, como falta de transparência e problemas que atingem o meio ambiente.
Geração Z e fast fashion
A pesquisa realizada pela plataforma independente FFW, em parceria com a consultoria estratégica Dezon, focou em consumidores da geração Z. O estudo revelou que, devido às adversidades, quase 80% dos entrevistados deixariam de consumir marcas de fast fashion.
Aqueles que não largariam a “moda rápida” defendem dois pontos principais da modalidade: o fácil acesso às tendências e os preços mais baixos. A questão financeira, contudo, tende a deixar de ser prioridade de acordo com a idade, como explica o fundador e diretor executivo da FFW, Augusto Mariotti.
“A maturidade e o aumento do poder financeiro tendem a direcionar as escolhas para marcas que não apenas oferecem qualidade, mas também são comprometidas com a sustentabilidade ambiental”, compartilha.
O contato direto com cada vez mais informações conscientizadoras torna o público exigente em relação a temas como responsabilidade social e ambiental, muitas vezes negligenciados por marcas de fast fashion. Essa conscientização se traduz em uma disposição notável para abandonar marcas que não assumem responsabilidade por seu impacto em diferentes frentes, uma tendência que, caso concretizada, causará o aumento no consumo de pequenas marcas locais que investem de fato em uma produção consciente.