Fundadora da TIG, Renata Figueiredo avalia a trajetória da marca
“Nosso pilar mais importante é sempre trazer reinvenções”, aponta a diretora criativa, que está há 18 anos no mercado
atualizado
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A TIG está há 18 anos no mercado fashion nacional. De 2003 para cá, tendências mudaram, novas formas de compras surgiram, sem falar na pandemia global que impactou os negócios, em geral. No entanto, a marca se mantém firme. Em entrevista à coluna, Renata Figueiredo, fundadora e diretora criativa da grife, avaliou a própria trajetória e deu perspectivas sobre o cenário atual.
Vem ver!
A TIG foi criada por Renata Figueiredo ao lado de Adriana de Mauro. “Tivemos a ideia de começar a customizar camisetas, mais como uma forma de diversão do que uma ideia mais profissional. Aos poucos, foi dando muito certo e vimos uma oportunidade de mercado para empreendermos”, lembra Renata. Segundo a empresária, tudo ocorreu de forma espontânea.
A ideia sempre foi proporcionar criações autorais e criativas. Atualmente, os canais de venda da label contemplam e-commerce e WhatsAppp, além dos pontos físicos em São Paulo, onde a marca nasceu.
A paixão de Renata Figueiredo pela moda é antiga, ainda que, anteriormente, ela quisesse ser nutricionista. “Mesmo querendo seguir outra profissão, a moda e a criação sempre fizeram parte da minha vida. Desde pequena eu gostava de me vestir, ler revistas da área e ficar por dentro de todas as novidades do universo fashion“, destaca.
O que mudou de 2003, quando a TIG foi fundada, para cá?
Renata Figueiredo: O mercado mudou muito. O mundo digital começou a emergir e, com isso, o modo de consumo se transformou. Passamos a vender no universo on-line, com nosso e-commerce, e nossa vitrine, que ganhou força no Instagram.
Tivemos que nos adaptar e entender como funcionava essa nova ferramenta. Foi algo grandioso e muito benéfico. Pudemos chegar a novos estados, com entrega para todo o Brasil, atendendo clientes de todos os lugares do país.
Como marca, ao longo dos anos, tivemos que nos reinventar também. Nos tornamos uma nova TIG, mas sem perder a nossa identidade, de sempre trazer novidades, com uma moda atemporal, versátil e de extrema qualidade.
O que mantém a TIG em alta há tantos anos no mercado?
Creio que nosso pilar mais importante é sempre trazer reinvenções. Como, basicamente, lançamos uma coleção por mês, temos a capacidade e abertura de nos reinventar o tempo todo. Adequar-se às mudanças do mercado, perceber o que nossas clientes desejam e estão procurando, e entender para onde queremos ir.
Temos abertura para essa liberdade de transformação – algo que amo e me sinto orgulhosa de ter conseguido construir na TIG. Outro ponto forte é o poder que nosso time de estilo tem. Somos especialistas em sempre desenhar peças-desejo, que agradam os diferentes estilos de mulheres. Conseguimos estar presentes no closet da mulher mais clássica e romântica, como também da mulher mais moderna e fashion.
Como você definiria o DNA criativo da marca?
Nossa meta é sempre criar coleções alegres, descomplicadas e coloridas. Nós amamos estampas diferentes, que levam um mood fun para o dia a dia das nossas clientes. Tentamos também sempre desenhar peças atemporais e versáteis.
Quais são as suas principais inspirações e referências no mundo fashion?
Sempre fico de olho em tudo que está acontecendo no mundo, com lançamentos das marcas de diferentes países. Mas as labels de Paris, para mim, são as mais incríveis como fonte de inspiração. Valentino, Vauthier, Saint Laurent… São etiquetas que se renovam ao longo dos anos, mas sempre mantendo o DNA único que existe desde a sua criação. Para mim, é algo incrível de se ver: mesmo com a evolução da moda, as tendências mundiais, as mudanças do mercado e contratação de novos estilistas, elas conseguem transformar e renovar suas coleções, sem perder a estética principal pertencente ao seu legado.
Quais diferenças no mercado e no público você tem observado em meio à pandemia? Como tem lidado com os desafios?
Acho que uma mudança que já vinha acontecendo no mercado, e que ficou ainda mais forte durante a pandemia, foi a necessidade de humanizar a marca. O público e o consumidor não querem ver apenas coleções e comprar as peças prontas. Eles querem entender o que acontece dentro da etiqueta, conhecer quem está por trás daquela coleção, ver que estamos engajados com a sociedade.
Enfim, querem uma relação de mais proximidade com a label. Um contato mais orgânico e verdadeiro. Outra forte tendência foi também efetivar ainda mais e aperfeiçoar o nosso veículo digital [e-commerce, Instagram e WhatsApp]. Durante a pandemia, esse braço ganhou muita força e foi algo que nos ajudou a sobreviver nesse período.
Quais são as suas perspectivas em relação ao futuro da TIG?
Como algo muito importante do nosso DNA, pretendemos continuar nos moldando, seguindo as mudanças do mercado, nos reinventando e nos tornando a nossa melhor versão. Temos que estar dispostos a mudar e entregar sempre a melhor experiência e os melhores produtos.
Neste ano, Renata Figueiredo vem apostando em uma nova narrativa, alinhada com o cenário atual e principalmente com o público. Uma história começou a ser contada em janeiro, com o lançamento da coleção Embrace The New, seguida pelo último compilado, batizado de Escape.
“Com essas novidades, queremos convidar nossa cliente a refletir sobre o momento que estamos passando”, destaca a diretora criativa da TIG. “Que ela consiga, junto conosco, se transformar e se reinventar. Seguir novos caminhos, mais livre e dona de si”, finaliza.
Colaborou Rebeca Ligabue