Farfetch vende Havaianas por valor 10 vezes maior que o original
De acordo com a plataforma de luxo, os itens são enviados dos Emirados Árabes Unidos, o que implica nas taxas de custo e logística
atualizado
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O que acontece quando a tendência vira oportunidade? Nos últimos meses, a novidade Brazil core, que utiliza cores, estampas e símbolos que remetem ao Brasil, começou a bombar entre as gerações mais jovens. Na lista de peças emblemáticas, o clássico chinelo da marca Havaianas não pode ficar de fora. Ou, dependendo do preço, até pode. Isso porque a plataforma de luxo Farfetch está vendendo a sandália no site por mais de dez vezes o valor original.
Vem ver!
O modelo que chocou a internet foi um dos mais tradicionais da empresa: o branco com as cores e a bandeira do Brasil. Para adquirir a peça na Farfetch, é preciso desembolsar a bagatela de R$531. Para se ter uma noção, o mesmo chinelo é vendido por R$ 47,99 no site da marca original.
Aos possíveis compradores, a plataforma oferece a possibilidade de realizar o pagamento do produto em 12 meses. Como esperado, a web comentou a situação. “Eu pago 30 reais no mercado”, disse uma internauta. “Finalmente tenho um artigo de luxo em casa”, brincou outra.
O modelo com a bandeira brasileira não foi o único a ser vendido por um preço acima da média. As versões simples da Havaianas dourada, branca e marrom estão custando R$595 na plataforma. Depois da repercussão, a Farfetch retirou os produtos do e-commerce e deixou unicamente produtos de coleções limitadas.
Ao G1, a Farfetch informou que “as boutiques possuem total liberdade na definição e aplicação de preço dos produtos que disponibilizam na plataforma”. Ainda de acordo com a empresa, “a peça em questão tem origem de envio nos Emirados Árabes Unidos, país localizado no Oriente Médio, o que implica diretamente nas taxas de logística e importação somadas ao preço final do artigo na moeda brasileira”.
Apesar disso, a Farfetch informou que “solicitou o bloqueio de peças da marca com origem internacional de seu marketplace no Brasil, evitando, portanto, a aplicação de taxas internacionais a uma etiqueta com alta oferta local”.