Geração Z prefere recomendação de compras de amigos a influencers
O estudo The Rise of the Gen Z Consumer mostrou preferências de jovens consumidores, como o hábito de compras em lojas físicas
atualizado
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Embora não seja novidade que a maioria dos nativos digitais faz compras por meio de mídias sociais, para eles, as recomendações de familiares e amigos têm mais relevância do que as sugestões feitas por influenciadores on-line. É o que demonstra novo estudo da Innovating Commerce Serving Communities (ICSC), com foco no consumo da geração Z.
Divulgada em 7 de junho de 2023, a pesquisa também concluiu que jovens de 16 a 26 anos são guiados por valores sociais, como sustentabilidade, diversidade e questões éticas. Além disso, planejam incertezas econômicas e ainda favorecem as compras em lojas físicas. Vem saber mais!
On-line x presencial
Apesar de a geração Z ter crescido em meio à ascensão digital, quase todos os entrevistados (97%) ainda compram em lojas físicas. Entre os motivos, está o imediatismo da entrega, assim como a capacidade de ver, tocar e experimentar os produtos. “Alguns membros da geração Z também dizem que apreciam não ter que pagar frete pelo envio. Enquanto isso, outros valorizam a oportunidade de sair com os amigos ou curtir a experiência estética e única da loja física”, destacou o relatório The Rise of the Gen Z Consumer.
O estudo também observou que os jovens são fortemente influenciados pelas mídias sociais, principalmente o Instagram e o TikTok, quando se trata de compras. Cerca de 85% dos entrevistados afirmaram que o meio virtual afeta as decisões.
Por outro lado, a pesquisa mostrou uma preferência menor por influenciadores como fonte de recomendação para novos produtos. Segundo os dados levantados, 56% da geração Z busca inspiração em amigos e familiares, seguidos por 54% que seguem avaliações de usuários em sites de vendas, e 43% que são orientados por vendedores. Os influencers obtiveram apenas 39% da fidelidade.
Valores sociais e financeiros
A estimativa também abordou planejamento financeiro dos jovens consumidores. Entre as descobertas, está que 41% dos entrevistados estão economizando mais do que gastando. Além disso, apenas 17% declararam o uso de cartões de crédito.
Segundo o relatório, prevalece o senso de lealdade às marcas que têm valores sociais alinhados aos dos compradores. “Embora o preço e a conveniência continuem sendo o fator número um de seu comportamento, a geração Z não tem medo de defender seus valores, que se refletem em seus hábitos de compra”, destacou o estudo.
A pesquisa revelou também que 56% dos entrevistados estão dispostos a gastar mais em produtos de origem sustentável. As principais causas levadas em consideração quando optam por apoiar uma empresa ou marca, estão saúde mental (53%), mudança climática e sustentabilidade (47%), equidade racial e de gênero (47%), e direitos LGBTQ+ (26%). Dois em cada cinco dos participantes citaram práticas éticas de trabalho como essenciais.
Geração Z
O relatório The Rise of the Gen Z Consumer está disponível on-line (clique aqui para ver a íntegra). Para compilar os dados, de 2 a 8 de março de 2023, a Big Village realizou a pesquisa nos Estados Unidos com 1.008 entrevistados da geração Z, de idades entre 16 e 26 anos.
Dos entrevistados, 55% trabalham em período integral, meio período ou autônomo; 28% são estudantes; e 13% estão desempregados. O conjunto de amostra também incluiu participantes com diferentes arranjos de vida: 50% moram com os pais, responsáveis ou outro familiar; 29% são locatários; 15% possuem casa própria ou apartamento; e 5% vivem em residência universitária ou universitária, dentro ou fora do campus.