Estudo aponta que a geração Z prioriza marcas ativistas para consumir
Segundo a pesquisa da agência global Edelman, 73% dos jovens escolhem marcas engajadas em causas que também acreditam
atualizado
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A geração Z está preocupada com o próprio futuro, mas não só: 68% dos jovens afirmaram que se preocupam também com o futuro do planeta. O dado é da pesquisa Edelman Trust Barometer 2022: A Nova Dinâmica da Influência. Segundo o estudo da agência de comunicação global, as marcas que engajam com a defesa do meio ambiente e os direitos humanos sairão na frente.
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Jovens de 14 a 17 anos e adultos de 18 a 26 são a faixa etária considerada pela Edelman como geração Z. Esse público é o que começa a ter poder de compra agora, com os estágios e os primeiros empregos, e que seguirá consumindo por muito tempo. Por isso, traçar o perfil desses consumidores é de extrema importância para as empresas.
Segundo a pesquisa Edelman Trust Barometer 2022: A Nova Dinâmica da Influência, 70% dos entrevistados afirmam estar envolvidos em uma causa social ou política. Como os questionários foram aplicados em 14 países com mais de 20 mil pessoas, os dados obtidos mostram que a localização geográfica não define o comportamento desses consumidores.
É uma máxima, entre eles, que empresas precisam usar seu capital financeiro e de influência para apoiar causas. Os jovens brasileiros, por exemplo, dizem ser até 12,5 vezes mais propensos a usar uma marca se a mesma apoiar publicamente os direitos humanos e a justiça racial. Para mudanças climáticas, a probabilidade chega a 10 vezes mais.
Poder de influência
O relatório deixa claro que a geração Z é o ponto de partida para ações. “Se conseguir ativá-la, poderá influenciar o comportamento de todas”, destaca. Por exemplo: 69% dos pais com filhos menores de 18 anos são influenciados pelos pequenos na hora de comprar. Mas até quem não tem filho é impactado pela Gen Z. Em média, 71% são induzidos, no consumo, por um jovem.
Outro dado da pesquisa chama atenção: os jovens acreditam na mudança que as empresas podem promover. “Nós percebemos que, quando comparamos a relação da geração Z com marcas e com o governo, ela acaba confiando mais nas marcas para solucionar males sociais”, declarou Nathalie Folco, head de estratégia da Edelman Brasil, na apresentação do estudo.
É justamente nessa relação com o setor privado que está o pulo do gato. “A maior parte da geração coloca essa crença na hora de escolher as marcas que vai consumir”, explica Folco. Os números não mentem: 67% dos jovens afirmam que consomem e defendem as etiquetas com base em seus próprios valores e crenças.
Colaborou Carina Benedetti