Uma casa antiga é um lugar de surpresas. As memórias do passado permitem você ter ideia do que encontrará sob os panos e dentro dos baús, mas o que cada um guarda sempre gera expectativa. No Paris Fashion Week, o diretor criativo Alessandro Michele abriu os baús da Valentino e de sua própria carreira, e o resultado foi um grandioso desfile de estreia pela grife, nesse domingo (29/9).

O Pavillon des Folies, como foi intitulada a apresentação, começou com um clima fantasmagórico, digna dos filmes de suspense que retratam séculos passados. A luz alaranjada revelou uma passarela de vidro quebrado, rodeada de panos e móveis antigos, e logo ocupada pela tão esperada alta-costura da Valentino.

Recém-chegado à grife italiana, após deixar a Gucci em 2022, Michele reinterpretou para o mundo atual peças dos anos 1960, 1970 e 1980 guardados pela Valentino, provando que o luxury não precisa ser quiet. Muito pelo contrário. Estampas, peças bufantes, combinação de cores não complementares e muito brilho são algumas das características que mais chamaram atenção nos 85 looks apresentados.

No desfile, os acessórios também ajudaram a fazer a conexão entre presente e passado. Grandes chapéus com penas, pulseiras de pedras e as clássicas bolsas Valentino contrastam com adereços faciais exóticos e clutches em forma de gatinho.

Valentino mostrou liberdade criativa de Michele

O desfile da Valentino no Paris Fashion Week demonstrou a liberdade criativa que Alessandro Michele terá na maison. O olhar para o passado foi uma forma não de nostalgia, mas de reafirmar a grandiosidade que a grife carrega na história da moda, em uma trajetória que começa um novo capítulo vibrante e ousado.