O estilista Karl Lagerfeld, um dos nomes mais incensados da moda, terá seu trabalho homenageado no próximo Met Gala. O baile, que está marcado para 1º de maio de 2023, é uma espécie de prévia da exposição Karl Lagerfeld: A Line of Beauty, no Metropolitan Museum of Art (Museu Metropolitano de Arte), em Nova York, nos Estados Unidos.

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O Met Gala, organizado pelo Costume Institute, do Museu Metropolitano, com a revista Vogue norte-americana, é um dos eventos mais aguardados do mundo fashion. Considerado por muitos o “Oscar da moda”, a edição anual tem o tema casado com o da exposição inaugurada na sequência. 

No próximo ano, o extenso legado do alemão Karl Lagerfeld será o fio condutor do baile e da mostra no museu. O estilista que faleceu em 2019 teve passagens pelas marcas Balmain, Patou, Chloé, Fendi e Chanel, além da fundação de uma etiqueta homônima, e é um dos nomes mais importantes da moda.

Na divulgação oficial, foi reforçado o desafio de compilar um trabalho tão extenso de uma forma que não fosse a tradicional linha do tempo. “Embora uma das facetas de Karl fosse ser um historicista e revisitar temas em seu trabalho, ele estava sempre olhando para o futuro – e odiava olhar para o passado”, afirmou o curador Andrew Bolton.

A equipe do museu optou por contar a história de Karl na moda por meio de seus desenhos. Segundo Bolton, o estilista “sempre dizia que aprendeu a desenhar antes de falar ou andar. De muitas maneiras, era sua principal forma de comunicação”. As ilustrações estarão expostas lado a lado com as roupas em versão real.

Figura controversa

Nascido em Hamburgo, na Alemanha, Karl Lagerfeld começou a trabalhar como estilista em Paris, na França, em 1962. Ao longo desses 57 anos, passou por grandes casas e revolucionou os códigos de vestimenta e a forma como as marcas apresentavam coleções. À frente da Chanel, transformou desfiles em shows, como na ocasião em que montou um supermercado com produtos da grife apenas para o evento. 

Além das roupas e dos acessórios criados, Lagerfeld era conhecido pelas falas preconceituosas e controversas. Fez desde críticas ao corpo da cantora Adele até comentários xenofóbicos sobre a Alemanha receber imigrantes muçulmanos. O estilista também era abertamente contra o #MeToo, movimento que reuniu forças contra casos de assédio sexual.

Em fevereiro de 2019, quando Karl Lagerfeld faleceu, celebridades e personalidades próximas destacaram uma faceta não tão conhecida do estilista. A atriz Penélope Cruz e a cantora Lily Allen, por exemplo, afirmaram que o alemão era muito gentil e que foi responsável por inseri-las no mundo da moda.

Colaborou Carina Benedetti