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Escola italiana de moda oferece programa com mais de 200 bolsas de estudo

Em entrevista ao Business of Fashion, o diretor da Polimoda, Danilo Venturi, destacou o interesse da instituição em apoiar novas carreiras

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Polimoda/Divulgação
mulher de costas em escola de moda
1 de 1 mulher de costas em escola de moda - Foto: Polimoda/Divulgação

Atualmente, a escola italiana Polimoda reúne cerca de 2.300 estudantes, dos quais 74% são estrangeiros de 70 países, divididos em atividades de graduação e pós-graduação. Com sede em Florença, a empresa oferece cursos em diferentes áreas da moda, como design, negócios e marketing. Em entrevista ao Business of Fashion, o diretor da instituição, Danilo Venturi, falou sobre o programa de bolsas lançado recentemente e analisou o futuro da educação no segmento fashion.

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Polimoda/Reprodução

Em abril, a Polimoda anunciou um novo projeto de bolsas para 2020 e 2021. Alguns regulamentos já estão disponíveis on-line, familiarizando os interessados aos cursos que serão ofertados em breve. Serão 2 milhões de euros investidos no programa. A ideia é, principalmente, atender à demanda de mão-de-obra da indústria italiana.

“A Polimoda cresceu muito nos últimos anos, dobramos de tamanho, então, decidimos que era hora de retribuir. Após a crise da saúde, inevitavelmente sofreremos uma crise econômica, e mais famílias terão problemas financeiros”, avaliou o diretor da escola, Danilo Venturi, ao BoF.

“As bolsas de estudo nos permitirão atrair um número maior de candidatos, o que significa que podemos reunir mais talentos e dar mais oportunidades a pessoas que talvez não pudessem pagar pela escola”, observou o executivo. “A moda está estagnada há muito tempo; novas ideias são necessárias, portanto, novos talentos são necessários”, completou.

Danilo Venturi, diretor da Polimoda
Danilo Venturi deu uma entrevista ao Business of Fashion sobre o programa de bolsas

 

trabalho manual
“Queremos uma escola que ajude os alunos a se tornarem quem são – e queremos que essa possibilidade seja dada a todos”, declarou o diretor

 

estudante de moda
As bolsas são para cursos de dois anos, quatro anos, e mestrado

 

Os prazos e os critérios de inscrição variam, mas o processo é o mesmo. O candidato deve preencher um formulário, depois fará entrevista e uma espécie de “exame de admissão”. Então, a matrícula será efetivada imediatamente para os escolhidos.

“Dividimos as bolsas por área. Assim, mais de 200 bolsas estão vinculadas aos cursos associados, que são novos e mais curtos, com uma abordagem prática”, explicou Danilo Venturi.  “Também há bolsas para os cursos de graduação de quatro anos, que são abertas a todos os estudantes europeus, e mais de 20 oportunidades de bolsas internacionais para cursos de mestrado”, acrescentou o diretor da Polimoda.

aluna com livros em biblioteca
Anteriormente, os programas de bolsas da Polimoda beneficiavam principalmente os alunos atuais e ex-alunos

 

estudante desenhando
Para 2020 e 2021, a ideia é tornar mais acessível o ingresso na escola de moda

 

estúdio de moda
A instituição tem mais de 2 mil estudantes

 

Atualmente, a Polimoda tem três campi, incluindo o recém-inaugurado Manifattura Tabacchi. O edifício era um complexo industrial, mas foi fechado em 2001 e ficou vago por quase 20 anos. Agora, como uma das filiais, o complexo comporta ambientes de espaço criativo, englobando salas de aula, estúdios fotográficos, salas de arte, oficinas de costura, laboratórios de informática e um moderno auditório.

O objetivo é ampliar cada vez mais o repertório de experiências práticas oferecidas aos estudantes, com orientação de professores renomados e uso de laboratórios tecnológicos. A escola também mantém parcerias com empresas como Gucci, LVMH, Salvatore Ferragamo e Valentino.

aluno em frente à edifício
A Polimoda foi criada em Florença, na Itália

 

sala de moda
O campus Manifattura Tabacchi foi inaugurado em janeiro

 

computador
Atualmente, a escola italiana tem três campi

 

estudantes em sala
Com estrutura ampla, a instituição une teoria e muita prática

 

O diretor da Polimoda também apontou o que pode fazer um candidato se destacar. “Antes de me tornar reitor, eu era responsável pelas admissões como chefe de departamento. Durante esse processo, o que eu procurava nos alunos era o potencial deles”, contou.

“É uma questão de atitude, não de habilidade, porque os candidatos geralmente são jovens e não têm experiência. Portanto, não posso avaliar uma entrevista de entrada de acordo com o que eles já sabem. É preciso entender o potencial do aluno e o que, ou quem, ele pode se tornar – e ver se ele realmente o quer”, especificou Venturi na conversa com o BoF.

 

Colaborou Rebeca Ligabue

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