Escola das Nações promove o projeto Modify Bags para arrecadar fundos
Estudantes da instituição produzem ecobags estilizadas, no intuito de angariar recursos para famílias em situação de vulnerabilidade social
atualizado
Compartilhar notícia
O que acontece quando engajamento social e sustentabilidade unem as mãos em prol de uma causa em comum? O resultado da parceria não poderia ser diferente: ações que promovem transformação. Em um projeto que visa servir à comunidade, alunos da Escola da Nações, em Brasília, fundaram a iniciativa Modify. Na mais recente ação, o grupo estilizou ecobags para arrecadar fundos para famílias afetadas pela pandemia.
Vem ver!
O projeto
Desde o início da pandemia, por conta das demissões em massa e redução nas oportunidades de empregos, milhares de habitantes do Distrito Federal entraram na linha da pobreza. De acordo com dados da Secretaria de Desenvolvimento Social apurados pelo Metrópoles no início de 2021, mais de 77 mil famílias têm vivido com a renda per capita abaixo de R$ 89 por mês.
Mediante o cenário, diversas iniciativas nasceram com o propósito de mobilizar a sociedade civil e arrecadar fundos para pessoas vivendo em situação de vulnerabilidade social. Em 2020, estudantes da Escola das Nações lançaram o Modify, focado na promoção de oportunidades.
O projeto dá aos alunos a chance de pôr em prática conhecimentos das artes, do meio ambiente, da tecnologia e de outras áreas do saber, em iniciativas que levem esperança para a comunidade. A proposta é presentear doadores com ecobags serigrafadas e pintadas à mão.
“No início, começamos com a produção de vídeos para o YouTube com conteúdo escolar para alunos de escolas públicas. Depois, percebi que poderíamos pensar em outras iniciativas para quando retornássemos ao presencial. É por isso que o Modify funciona como uma startup. A proposta é capacitar pessoas a criarem ideias de projetos e realmente implementá-las”, conta Sayna Zahrai, aluna idealizadora do programa.
Ecobags autorais
Não é de hoje que as bolsas ecológicas entraram para o radar da moda. Versáteis em essência, as peças transitam em diversos ambientes. Do mercado às produções mais elaboradas, elas são indispensáveis para quem não abre mão da praticidade no dia a dia. Inspirados por isso, os estudantes resolveram apostar no modelo.
“Eu e os outros colegas nos organizamos para ter os designs prontos e a aprovação da escola para que, quando a gente retornasse, estivesse tudo encaminhado. Depois de um ano de planejamento, organização e estruturação, finalmente lançamos o projeto. E tem dado muito certo! Percebi que as pessoas estão gostando e querem estar ali, presentes e envolvidas”, compartilha Sayna.
Sob a orientação dos professores das Disciplinas de Artes e Educação Moral e Cidadania Global, foram aprimoradas as habilidades de desenho, bordado, pintura e serigrafia. E todos os estudantes, independentemente dos dons artísticos, podem participar.
“Busco, por meio da educação artística, promover um espaço onde os alunos possam ser criativos, deixando a minha sala sempre aberta para explorarem novas técnicas e ideias”, reflete Diana Bracarense, professora de artes visuais da instituição. “Além do estudo da história da arte, vejo a experimentação artística relacionada a problemas sociais um elemento primordial para o crescimento do indivíduo como cidadão do mundo contemporâneo. É incrível ver como a arte pode transformar vidas e, ao mesmo tempo, trazer alegria no tempo atual”, completa a docente.
Tanto as bolsas pintadas à mão quanto as serigrafadas serão oferecidas para doações a partir de R$ 50. A iniciativa será promovida internamente, na escola, em um evento para pais e responsáveis no dia 21 de fevereiro. Além de cooperar para um ambiente ecologicamente sustentável, pessoas que participarem do Modify irão contribuir com a compra de alimentos para comunidades em situação de vulnerabilidade.
Colaborou Marcella Freitas