Entenda por que a princesa Eugenie não usou véu com o vestido de noiva
No casamento, em 2018, a neta da rainha Elizabeth II optou por mostrar a cicatriz da cirurgia de escoliose nas costas
atualizado
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Membro da família real britânica, a princesa Eugenie se casou com o empresário Jack Brooksbank, em uma cerimônia no Castelo de Windsor, há quase quatro anos. A neta da rainha Elizabeth II foi a primeira noiva da monarquia em décadas a não usar véu com o vestido de noiva. O que quase ninguém sabia é que havia uma intenção importante por trás da escolha: mostrar propositalmente a cicatriz da cirurgia de correção da escoliose nas costas.
Vem entender!
O vestido da princesa no casamento foi criado exclusivamente pelos estilistas Peter Pilotto e Christopher De Vos. Para completar o visual, calçado de cetim com salto, da Charlotte Olympia.
Na cabeça, a princesa colocou a coroa de diamantes e esmeraldas Kokoshnik Greville Emerald, feita pela casa Boucheron para a Lady Margaret Greville. A joia foi dada à rainha Elizabeth II em 1942.
Escoliose
Desde 2021, Eugenie se tornou a patrona real da Scoliosis Association UK. A princesa passou por uma cirurgia na coluna aos 12 anos. O procedimento, que deixou uma longa cicatriz, reparou a curvatura que a escoliose havia causado.
Em um artigo recente para o hospital Royal National Orthopaedic (RNOH), a britânica detalhou a experiência. “Ainda me lembro vividamente como me senti nervosa nos dias e semanas antes da operação”, recordou. “Meus problemas nas costas eram uma grande parte da minha vida, como seriam para qualquer criança”, completou Eugenie.
Atualmente, ela usa a própria experiência para gerar conscientização sobre a causa. “Sem o atendimento que recebi no RNOH, eu não teria a aparência que tenho agora; minhas costas estariam curvadas. E eu não seria capaz de falar sobre escoliose como faço agora, e ajudar outras crianças que me procuram com o mesmo problema”, reconheceu.
Na cirurgia de oito horas, os médicos inseriram hastes de titânio em cada lado da coluna da princesa Eugenie, além de parafusos no topo do pescoço. Depois de três dias em terapia intensiva, ela ficou durante uma semana em uma enfermaria e seis dias usando cadeira de rodas, até voltar a andar.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a escoliose atinge mais de 50 milhões de crianças no mundo. No Brasil, mais de 1,6 milhão de pessoas enfrentam a patologia.
Colaborou Rebeca Ligabue