É aniversário de Sofia Coppola. Confira o perfil fashion da cineasta!
Filha de Eleanor e Francis Ford Coppola, ela sempre esteve ligada ao universo cinematográfico, mas também se encontrou na paixão pela moda
atualizado
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Não há dúvidas de que Sofia Coppola tem um espaço único e marcante na indústria do cinema. Filha do aclamado Francis Ford Coppola, a cineasta também é roteirista e produtora, com direito a participações como atriz no currículo. Além do papel nas telinhas e, principalmente, por trás das câmeras, ela nutre uma ligação forte com o mundo da moda.
Com o trabalho no cinema, enfrentou duras críticas ao longo dos anos, mas se consolidou como uma figura coerente, empoderada, talentosa e, com certeza, fashionista. Nesta terça-feira (14/05/2019), Sofia completa 48 anos. Para homenageá-la, a coluna preparou um perfil fashion da norte-americana.
Vem comigo!
Desde nova, Sofia conciliou a paixão pelo cinema e pela moda. Na adolescência, começou um estágio na sede da Chanel, em Paris. No período, ela pôde conviver com o kaiser Karl Lagerfeld.
Figurinha carimbada no mundo fashion, Sofia Coppola foi convidada por Marc Jacobs para estrelar uma campanha da grife em 2001. A parceria deu início a uma amizade duradoura. A roteirista, inclusive, mantém relação com várias personalidades da moda, como Grace Coddington, Valentino Garavani, Nicolas Ghesquière e Miuccia Prada.
Apesar do estilo majoritariamente clássico, Sofia sabe adicionar descontração às composições. Ela brinca com as cores, texturas e modelagens. Sabe melhorar qualquer look com detalhes, como golas trabalhadas, bordados, rendas, drapeados e acessórios minimalistas.
Para os visuais, aposta em marcas com uma pegada mais rebuscada, como Chanel, Valentino, Louis Vuitton e Prada. Nos red carpets, a cineasta também sabe compor visuais ousados, que fogem dos tradicionais vestidos longos.
No início de 2018, em um artigo para a W Magazine, Sofia Coppola criticou celebridades que não se vestem sem stylists nos red carpets. Para a diretora, a contratação do serviço personalizado virou uma regra desnecessária. Ela sente falta de composições com personalidade. “Adoro quando uma atriz se parece com ela mesma, mesmo que o visual não seja perfeito”, escreveu.
“Gostaria que vivêssemos em uma cultura onde as atrizes que não têm medo de fazer papéis ousados em filmes também pudessem arriscar e se vestir como elas mesmas. Gostaria que o negócio da moda não atrapalhasse o estilo pessoal e a autoexpressão, e nos desse algo para sonhar”, opinou Sofia na W Magazine.
Confira os moods de Sofia Coppola:
Clássico
O estilo de Sofia Coppola é sofisticado. Apesar de optar por combinações com aplicações, recortes arrojados e doses de brilho, a pegada minimalista predomina. A diretora é adepta de cores sóbrias, como preto, branco e azul-escuro.
Não dispensa sapatos elegantes, como scarpins e sandálias com a ponta arredondada, além de incluir meia-calça nas composições. Sofia também sabe usar leves transparências e assimetrias a seu favor.
Casual-chic
Mesmo quando está em um mood casual, Sofia não perde a elegância. Fã de alfaiataria, ela gosta de mesclar peças de camisaria com jeans descolados. Também não dispensa um conjuntinho básico, itens de tricô e sobreposição. Sapatilhas, coturnos, botas e rasteiras complementam os looks.
Estampas e toques de cor
Nem só de composições monocromáticas é feito o estilo de Sofia Coppola. As cores vibrantes são usadas com parcimônia, seja em padronagens interessantes, acessórios ou detalhes isolados. Quando opta por estampas, ela gosta de formas geométricas, animal print, poá, listras e floral.
Vida e carreira
Sofia Coppola nasceu em 1971, em Nova York, nos Estados Unidos. Filha da documentarista e cenografista Eleanor Coppola e do cineasta Francis Ford Coppola, ela sempre esteve ligada ao universo cinematográfico e se acostumou com a fama.
Em 1990, Sofia atuou no terceiro capítulo de O Poderoso Chefão, como substituta de Winona Ryder. No entanto, foi por trás das telas que ela se encontrou como profissional.
A norte-americana estudou no Mills College e no Instituto de Artes da Califórnia. Em 1998, escreveu e dirigiu o primeiro curta da carreira: Lick the Star ficou marcado pela estética em preto e branco. No ano seguinte, a diretora estreou o primeiro longa, As Virgens Suicidas.
Ao longo do tempo, enfrentou avaliações negativas, desprendeu-se da imagem de ser apenas filha de personalidades do cinema e consolidou uma trajetória icônica. Entre os sucessos da roteirista e diretora estão Lost in Translation (2003), Um Lugar Qualquer (2010), Bling Ring: A Gangue de Hollywood (2013) e O Estranho que Nós Amamos (2017).
Com um trabalho focado em protagonistas mulheres e histórias contadas por meio de um olhar particular, Sofia ficou conhecida por uma pegada autêntica. Ela aposta em diálogos reflexivos, personagens com personalidade e técnicas inovadoras.
Em 2004, com Lost in Translation, Sofia Coppola tornou-se a terceira mulher da história a ser indicada na categoria de Melhor Direção do Oscar. O longa também foi indicado como Melhor Filme. Na cerimônia, recebeu a estatueta de Melhor Roteiro Original pelo mesmo trabalho.
Em 2017, na 70ª edição do Festival de Cannes, Sofia Coppola se tornou a primeira mulher em 56 anos a levar o prêmio de Melhor Direção do festival, com o filme O Estranho que Nós Amamos. A última a conquistar o troféu na premiação francesa tinha sido a soviética Yuliya Solntseva, em 1961.
Colaborou Rebeca Ligabue