Dupla musical Margaridas floresce na cena artística brasiliense
Nascidas em Taguatinga, cidade do Distrito Federal, as irmãs conquistam o espaço musical com estilo, sensualidade e talento. Conheça
atualizado
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As irmãs Sabrina Soares Rodrigues, 26 anos, e Maria Paula Soares Rodrigues, de 21 anos, enxergam a arte como um caminho para manter o legado familiar. Filhas de pais artistas, as jovens figuram entre os nomes emergentes da cena cultural brasiliense com a autenticidade como marca registrada. A dupla, denominada as Margaridas, une diferentes gêneros musicais, com destaque para o hip-hop e MPB, em um som que conquista fãs por toda cidade. O estilo marcante das meninas também é construído para impactar quem assiste.
Vem conhecer!
Margaridas
A influência artística sempre esteve no dia a dia das irmãs Maria Paula e Sabrina. Nascidas em Taguatinga, região administrativa de Brasília, as jovens cresceram em um lar cultural, pois tanto o pai quanto a mãe são artistas. Apesar de relutarem, inicialmente, a seguir os mesmos passos, as jovens encontram uma maneira de expressar as próprias individualidades.
“Desde os meus 16 anos, eu comecei a tocar a violão e escrever músicas. Porém, a única pessoa para quem eu mostrava era para a Maria Paula, porque sempre fui muito insegura e envergonhada. Era uma coisa de irmãs, sabe, ela cantava comigo algumas músicas”, relembra Sabrina Rodrigues, em entrevista à coluna.
O que antes era apenas algo compartilhado entre as duas, em 2018 virou uma realidade e um futuro profissional. Ambas não enxergavam que um dia poderiam trabalhar no ramo artístico, mas, com o apoio dos pais, nasceu Margaridas — nome que surgiu como uma homenagem à mãe, que era atriz.
Com referências que permeiam o MPB, hip-hop, samba e funk, as Margaridas têm um estilo próprio e autêntico nas canções. “Têm características das duas, mas a gente se encontra no R&B, gênero musical norte-americano, porque é uma influência para ambas, além de conseguirmos mesclar todos os outros nele”, defende Sabrina Rodrigues.
Essencialmente, os gêneros destacados pela jovens carregam um ponto em comum: foram criados por artistas negros. “Crias” da periferia, as Margaridas refletem a importância dos espaços que percorreram para chegar no resultado atual.
“Estamos sempre em uma competição desigual com os homens. Enfrentamos obstáculos na nossa carreira que afetaram diretamente a autoestima. Mas me orgulho ao olhar e ver quantas coisas conquistamos e sequer imaginávamos anos atrás”, conta Sabrina.
Estilo autêntico
Desde 2022, as jovens têm intensificado a carreira profissional. Com participações em festivais e eventos importantes brasilienses, as Margaridas se destacam também no quesito estético. Ambas se definem como autênticas na hora de se vestir.
“Quando começamos a trabalhar com música, compreendemos o quanto a moda iria ser uma auxiliadora no trabalho. É uma construção em conjunto no qual cada uma traz coisas específicas. Apesar de prestar atenção nas tendências, o que predomina é a nossa essência, além do trabalho dos stylists”, afirma Maria Paula Rodrigues.
As Margaridas têm conquistas relevantes para a cena cultural do Distrito Federal. Ambas celebram a relação que construíram com os fãs, mas questionam a falta de reconhecimento. “Foi muito difícil quando começamos porque as perspectivas eram quase nulas, mas sou muito grata pelas pessoas que acompanham o nosso trabalho e vão aos shows. Isso é uma afirmação que estamos fazendo algo importante e com significado”, finaliza Sabrina Rodrigues.
Brasília Fora dos Padrões
A coluna deu início ao quadro Brasília Fora dos Padrões, como uma extensão da série Moda Brasília. Toda semana, apresentamos pessoas que se destacam pelo estilo próprio, a fim de dar ênfase à moda no Distrito Federal, no Centro-Oeste.
O objetivo é compilar fashionistas que usam o vestuário como uma forma de autoexpressão e autenticidade. Os nomes são selecionados de forma independente pela equipe da coluna. A iniciativa também aborda pautas com temas para além do segmento fashion, como música, entretenimento e arte.