Do lixo ao luxo: designer transforma descarte da indústria elétrica em moda
A estilista tailandesa Wang Li-ling reaproveitou materiais e metais dispensados pelo comércio em seu desfile mais recente
atualizado
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Enquanto a indústria de luxo da moda já direciona os olhos para o upcycling, reaproveitando materiais usados para confeccionar roupas, a estilista tailandesa Wang Li-ling vasculha depósitos de lixo no seu país para criar suas coleções. O resultado é futurista, com volumes tridimensionais.
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Para o verão 2021, grandes marcas de luxo incluíram a técnica de reaproveitamento de materiais em suas coleções. A Balenciaga, por exemplo, utilizou cadarços para criar o efeito macio e volumoso em clássico casaco peludo. Já a Miu Miu apresentou um compilado de peças totalmente feitas de material oriundo de vestidos vintage. Enquanto isso, a Coach retrabalhou bolsas dos anos 1970.
De olho na tendência do upcycling e na sustentabilidade, a estilista Wang Li-ling vai além de tecidos e aviamentos descartados ou encontrados nos arquivos da moda. Montanhas de lixo deixadas pela indústria de energia tailandesa são ressignificadas pelas mãos da profissional.
Arames, parafusos velhos e demais pedaços de metais são utilizados nas criações de Wang, que já riscaram as passarelas do New York Fashion Week em 2016. Sua marca homônima é reconhecida pela estética futurista. As roupas são confeccionadas em tecidos tecnológicos e materiais fotossensíveis.
O motivo para trabalhar com a técnica também está no efeito proporcionado. “Materiais foram usados durante 20 ou 30 anos. No mínimo, mais de 10 anos. Então, a cor ou a sensação que eles dão é diferente do material novo”, disse Wang li em entrevista à Reuters.
O hype aumentou após a apresentação da mais recente coleção, no dia 18 de dezembro, durante o evento de tecnologia D/S One. O trabalho sustentável com sucatas, que encantam pelo volume e pelo acabamento metalizado, rendeu reconhecimento na premiação alemã Red Dot Design, no decorrer da programação anual.
Colaborou Sabrina Pessoa