Dior convida artista brasileira para assinar bolsa icônica
A carioca Maria Nepomuceno foi uma das participantes da edição 2020 do projeto global Lady Art
atualizado
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A Lady Dior é uma das bolsas mais icônicas de todos os tempos. Batizada em homenagem a ninguém menos que a Princesa Diana, o clássico acessório se tornou o mais famoso da grife francesa. Na edição do projeto Lady Art deste ano, a maison comandada por Maria Grazia Chiuri convidou 11 artistas para assinarem versões repaginadas da it bag. Entre os participantes, está a brasileira Maria Nepomuceno.
Vem comigo!
Maria Nepomuceno é a primeira brasileira a assinar uma Lady Dior. A artista plástica nasceu na capital do Rio de Janeiro e começou a estudar arte na adolescência.
Aos 44 anos, dedica-se ao que chama de “organismos”, esculturas trançadas e tecidas com elementos da natureza. Investe no artesanato popular e incorpora trabalhos coletivos de comunidades indígenas, além de tecelãs nordestinas.
No Brasil, Maria Nepomuceno é representada pela galeria A Gentil Carioca. Já no exterior, pela Galeria Victoria Miro, de Londres, e pela Galeria Sikkema Jenkins, de Nova York.
Na versão própria da Lady Dior, a brasileira apostou no veludo vermelho e pele de cordeiro. A bolsa foi bordada com pérolas naturais, miçangas coloridas, lantejoulas e flores de macramé. Joalharia em metal dourado envelhecido, glitter e adereços de couro complementam o item.
O resultado ficou incrível. A ideia de Maria Nepomuceno foi empregar detalhes que contornassem a bolsa por inteiro.
“Algumas partes foram coladas, mas, principalmente, a questão da artesania e da costura manual, que é importante para o meu trabalho”, afirmou Maria Nepomuceno em vídeo de divulgação. “Foi muito legal trabalhar com um objeto pequeno”, completou.
Veja a explicação na íntegra:
A simbólica bolsa foi criada em 1994, sob direção criativa de Gianfranco Ferré, e com um nome diferente: Chouchou. Desde o começo, o objetivo foi desenvolver um acessório com identidade forte e que carregasse o DNA da label. Foi inspirada na cadeira de Napoleão III, usada por Christian Dior no primeiro desfile da história da etiqueta, em 1947.
No ano de 1995, a Princesa Diana ganhou uma peça de presente da então primeira-dama da França, Bernadette Chirac, ao visitar Paris. Em seguida, foi fotografada com o gift em diversos momentos, o que fez o modelo ser rebatizado como Lady Dior.
Em mais de 20 anos de história, a it bag passou por poucas alterações. Em determinados momentos, ganhou novos tamanhos, materiais, aplicações e tonalidades.
O projeto Lady Art foi lançado em 2016. Idealizada por Maria Grazia Chiuri, a iniciativa propõe que artistas reinterpretem o acessório a partir das próprias visões e experiências.
Para a edição de 2020, a Dior convidou 11 artistas de várias nacionalidades para se juntarem à parceria. Além de Maria Nepomuceno, foram convocados Jia Lee, Joana Vasconcelos, Guangle Wang, Marguerite Humeu, Mickalene Thomas, Eduardo Terrazas, Kareiei Naha, Rahuda Athi-Patra Ruga, Raqib Shaw e Rina Banerjee.
Entre os países de origem, estão Portugal, Estados Unidos, Japão e França. Em produção, os itens terão quantidades limitadas e variam de preço.
As bolsas já estão disponíveis na boutique Dior’s Miami Design District e, aos poucos, chegam em lojas selecionadas pelo mundo. Nos próximos dias, a versão desenvolvida pela artista plástica brasileira deve ficar disponível no e-commerce da Dior.
Veja os produtos de outros artistas na galeria:
Colaborou Rebeca Ligabue