Veja dicas e marcas para investir no crochê e no tricô neste verão
Diversas etiquetas brasileiras resgatam o crochê e o tricô, tornando as técnicas contemporâneas. Tendências prometem bombar neste verão
atualizado
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Verão, férias e praia: chegou a temporada dos looks frescos e descontraídos. Uma tendência que bombou em 2022 e deve continuar em 2023 é a textura. O crochê e o tricô conquistaram famosas e fashionistas. Abaixo, a Coluna Moda Fora dos Padrões te apresenta marcas brasileiras que apostam nas técnicas e dá dicas de como usar as peças.
Vem conferir!
Se a palavra “crochê” te lembra os caminhos de mesa feitos por artesãos ou até por uma avó querida, a referência pode ir além. A técnica artesanal que faz sucesso nos quatro cantos do Brasil ganhou status de luxo graças a marcas que modernizaram o estilo.
Durante a pandemia, as discussões na moda se voltaram para a valorização dos talentos locais e dos trabalhos artesanais. Foi nessa toada que o crochê e o tricô passaram a ser apreciados – e ganharam as ruas.
Crochê é pop
As etiquetas nordestinas podem, inclusive, levar o crédito pela nova temporada do crochê. A label baiana Ateliê Mão de Mãe conquistou famosas como Deborah Secco com roupas sensuais, coloridas e inventivas. Além de desfilar no São Paulo Fashion Week, a marca apresentou seu trabalho em evento paralelo à fashion week de Milão.
Já a Depedro, marca do Rio Grande do Norte, aposta no crochê como uma textura democrática e sem gênero. No portfólio, há peças statement, com presença e irreverência, e outras que podem ser usadas no dia a dia.
No Ceará, a técnica reina. Destaque para a Catarina Mina, marca de bolsas em crochê e palha que expandiu sua técnica para roupas autorais. Já a Gabriela Fiuza tem como ponto-chave uma moda elegante e refinada que foge a qualquer estereótipo do que é o trabalho artesanal.
As empresas de fast fashion também não passaram ilesas à febre do crochê. Farm, C&A e até a Shein lançaram as próprias peças. Em Brasília, a marca autoral Meu Crushê mescla a técnica às tendências mais quentes da moda.
Tricô além do frio
Muito associado ao inverno, o tricô também tem passe livre na estação mais quente do ano. As marcas que têm a técnica como carro-chefe fazem, inclusive, o esforço de desenvolver peças que se adaptem a altas temperaturas e a temporadas de férias.
É o caso da Anselmi, etiqueta fundada em 1984 em Farroupilha, no Rio Grande do Sul. Vestidos e conjuntos de tops e saias ou calças são a aposta da etiqueta para atrair clientes mesmo no verão. A ideia é levar o tricô para a beira-mar.
A Galeria Tricot, que já vestiu de Thassia Naves a Isabella Fiorentino, é outra que trabalha para dissociar as peças de tricô como essenciais apenas dos looks invernais. Os vestidos com pontos mais abertos, por exemplo, são perfeitos para usar como saída de praia.
Já a Fandom, paulista que trabalha com tricôs customizáveis e peças handmade, tem na estética divertida e colorida um atrativo para os que procuram por peças divertidas para o verão. Os croppeds da etiqueta vão bem da praia ao look noturno de veraneio.
Como usar
Para o look praiano ou de férias neste verão, vale investir em conjuntos de crochê ou vestidos. Tênis ou sandálias rasteiras são opções confortáveis de calçado para abrilhantar as peças. Arremate a produção com bolsas e acessórios com pegada artesanal.
No dia a dia, o crochê também tem vez. Vale combinar itens de alfaiataria a peças feitas a partir do método para equilibrar a produção em uma brincadeira com diferentes texturas. A técnica também pode aparecer em acessórios, como bolsas, para quem é mais discreto.
O tricô também pode ser usado no verão. A textura pode aparecer em vestidos para eventos noturnos, por exemplo, ou até em terceiras peças que funcionam como saída de praia ou para arrematar looks simples.
Uma dica para usar o tricô no verão é apostar em combinações frescas. O quimono de tricô arremata looks com shorts e tops de biquíni. Também é possível apostar em calças e shorts combinados a croppeds com a textura.
O resgate – e a boa remuneração – de uma técnica artesanal é essencial para manter a tradição viva. O ideal é que a tendência perdure por mais do que uma estação para que a técnica tão característica do país ganhe o reconhecimento que merece.