Designer brasiliense Brunna Lettieri mira na expansão da própria marca
Fundada em 2015, a label local começou a vender em atacado e, atualmente, passa por um reposicionamento
atualizado
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A brasiliense Brunna Lettieri fundou a própria marca em 2015, como parte do trabalho de conclusão de curso (TCC) da faculdade de moda. De lá para cá, o negócio passou por diversas mudanças. Temporariamente, a estilista deixou de fazer peças exclusivamente sob medida e investiu no segmento de prêt-à-porter (pronto para vestir). Agora, a grife local começou a vender em atacado e está em fase de reposicionamento.
Vem saber tudo!
A grife
A paixão de Brunna Lettieri, de 31 anos, pela moda é antiga. “Desde pequena, eu rabiscava todos os meus cadernos com vários desenhos, sempre mudava as roupas das bonecas, além de ter muita criatividade e facilidade em criar novas peças”, conta à coluna.
Aos 18 anos, ela começou a se profissionalizar na área. Fez cursos de consultoria de imagem e de costura. Depois, entrou na graduação de design de moda, no Centro Universitário Iesb. Na faculdade, a jovem já tinha o objetivo de lançar a própria label.
“Nunca tive dúvidas em relação ao nome, tendo em vista que realmente todas as criações são minhas. O trabalho do TCC no último período [em 2015] me ajudou bastante no processo de amadurecer a ideia de como eu queria segmentar a minha marca”, lembra a designer.
A etiqueta nasceu como Brunna Lettieri Atelier, com atendimentos sob medida. As peças para festas, principalmente vestidos de noivas e madrinhas, viraram o carro-chefe da marca. Na capital, a loja da label fica na 309 Norte.
Novo momento
Com a chegada da crise sanitária, a marca ficou dois meses sem produzir peças novas. “Creio que, para qualquer pessoa que estava diretamente relacionada ao setor de festas, foi um grande susto. No início da pandemia, o atelier estava com uma grande demanda de vestidos sob medida, e no decorrer de um mês a agenda estava praticamente parada, com todos os vestidos cancelados ou em stand-by“, lembra Lettieri.
A princípio, a etiqueta apostou em uma coleção homewear, que deu muito certo. “Com isso, percebi a demanda de vendas e desenvolvi no fim de 2020 nossa primeira coleção à pronta entrega. A coleção Sentir foi um divisor de águas para a marca, deixando bem claro qual caminho deveríamos seguir”.
Atualmente, a label trabalha apenas com algodão, seda pura, linho e crepe. Nas criações, estão modelagens amplas, mangas bufantes, fluidez e cortes precisos. Os designs mesclam delicadeza e uma pegada impactante.
As inspirações vêm de momentos variados do cotidiano. “Uma das minhas grandes características é ser uma pessoa observadora, estou sempre buscando novidades e modelagens novas”, compartilha. “Incrivelmente, minhas melhores ideias surgem nas minhas noites sem sono. Dessa forma, sempre tenho ao meu lado um caderno para desenhar e deixar as ideias ‘guardadas'”, revela a brasiliense.
Lançada em junho, a última coleção foi batizada de Travessia, nome que representa o atual momento da empresa: de mudanças e de expansão. Desde fevereiro deste ano, a marca passou a vender em atacado para multimarcas. Já está em Goiânia e, em breve, chegará a São Paulo.
Nos próximos meses, a grife passará a se chamar apenas Bruna Lettieri, sem o “Atelier”. Um novo logotipo também está sendo desenvolvido. Além disso, será lançada uma linha voltada para crianças, inspirada em Antonella, filha da estilista.
Outro ponto será o uso de tecidos mais sustentáveis. “Pensamos em reduzir os impactos ambientais, desde a produção até o descarte da peça, caso ocorra. Lembrando que, hoje, todos os retalhos são doados para igrejas produzirem colchas de fuxicos”, finaliza Bruna Lettieri.
Colaborou Rebeca Ligabue