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Descubra o que aconteceu nas passarelas de Outono do LFW 2018

Nesta temporada, a variedade de tecidos, nuances e peças promete fazer da estação mais fria do ano a mais cool e aconchegante. Vem comigo!

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1 de 1 Getty-Images3 - Foto: Getty Images

O calendário de Londres é famoso por trazer à tona o trabalho de talentosos estilistas emergentes, além das marcas que já dominam o mainstream fashion. Nesta temporada, os desfiles vieram recheados de ousadia, criatividade, glamour e modernidade. Sem falar em toda aquela reinvenção de décadas passadas, amadas por todos nós. Os londrinos vieram para fazer um statement nada minimalista.

Para começar, vimos os mais diversos estilos de casacos na passarela. O destaque ficou por conta das capas longas, curtas, ponchos e até mesmo cobertores. O veludo – que combina perfeitamente com as temperaturas mais baixas, típicas do outono e do inverno –, deu um show de diversidade.

A estampa rainbow (símbolo do movimento LGBT) foi outro hit que atingiu em cheio os diretores criativos. Em um ano com tantos disparates políticos, as cores do arco-íris vieram trazer o alto-astral necessário para o inverno. Isso sem falar no layering aplicado em camadas ousadas com tecidos bem diferentes e, é claro, no brilho do paetê — responsável por dar vivacidade às produções invernais.

Pensando nisso, escolhi as principais tendências e fiz minha seleção de peças que prometem ser as mais procuradas nesta temporada.

Vem comigo!


1. Capa e ponchos
O inverno pode ter todos os tipos de tendências, mas uma coisa é certa: não pode faltar casaco. Londres, que tem clima frio e chuvoso na maior parte do ano, não poderia deixar de investir em modelos quentes e confortáveis. Misturando comodidade e mistério, marcas como a Burberry, Roksanda e Erdem apostaram em capas e ponchos.

A capa longa em faux fur na passarela da Burberry foi usada pela modelo Cara Delevingnenas cores do arco-íris e forrada com o xadrez icônico da grife. A label inglesa investiu também em ponchos estampados com os tons da bandeira gay.

Em contrapartida, a Erdem foi muito mais luxuosa, com capas estruturadas de pegada vitoriana e estilo gótico. Roksanda substituiu casacos por cobertores quentinhos em tons de rosa e amarelo pastel, complementados por listras, resultando em um visual aconchegante.

Burberry

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Erdem 

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Roksanda

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2. Veludo Molhado
O veludo teve retorno triunfal nesta temporada. Aparece em tons inusitados, como rosa, vinho e mostarda. De forma sexy, envolvente e em peças decotadas, o tecido apareceu maleável e drapeado. Ademais, também foi a escolha dos designers para os detalhes das produções.

Na Erdem, o veludo apareceu mais uma vez no estilo vitoriano, em vestidos forrados com o material, tanto em alças quanto nos modelos de gola alta e manga comprida. Chiques, de época, quente e confortáveis, essas peças são perfeitas para o inverno.

O veludo está também nas calças, blusas e até nos sapatos. Jonathan Simkhai criou vestidos e ternos com pegada gótica. Christopher Kane variou o uso do material em peças mais soltas como trenchcoats em tamanhos midi e maxicasacos bem folgados.

Mary Katrantzou fez do veludo quase um protagonista de sua coleção. Independentemente do uso de outros tecidos, o material estava sempre ali, na costura de em um ombro, na minúcia de um vestido ou enriquecendo uma manga. Já a Brock Collection utilizou a matéria-prima para produzir visuais românticos, com vestidos drapeados e outros cheios de feminilidade.

Erdem

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Jonathan Simkhai

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Christopher Kane

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Mary Katrantzou 

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Brock Collection

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3. Layering Aplicado
O layering aplicado consiste em sobrepor peças de diferentes tecidos, para criar um efeito criativo. Nesta temporada, a tendência apareceu representando a delicadeza. Mesmo as produções mais robustas continham acréscimos suaves, de seda ou tule.

Chalayan Hussein e Erdem contrastaram a maioria dos looks com uma variação de tecidos de caimentos pesados e leves. A ideia parecia reafirmar toda uma consciência entre um Yin e Yang fashion, ao fazer um mix entre seda e malha ou até mesmo linho e paetê. Christopher Kane caprichou nas aplicações de renda em criações desconstruídas, enquanto Simone Rocha não se preocupou com o volume, adicionando diversas camadas aos modelitos já corpulentos.

Chalayan Hussein

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Erdem

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Christopher Kane


Simone Rocha


4.
Rainbow
Pintar um arco-íris de energia deixou de ser um hino infantil dos anos 1980 para se consolidar como uma tendência desta temporada. A Burberry saiu na frente com a temática desenvolvida pelo diretor criativo Christopher Bailey, como parte de sua coleção final para a icônica marca.

Em um comunicado, Bailey – que anunciou sua saída em outubro de 2017 – disse querer dedicar sua coleção final às melhores e mais brilhantes organizações de apoio aos jovens LGBTQ+ ao redor do mundo. “Nunca houve um momento mais importante para crer na nossa diversidade, força e criatividade”, afirmou. A união de cores vibrantes apareceu em casacos, moletons, bombers e em detalhes de diversos looks.

A marca inglesa Ashish também trouxe sua pegada particular do arco-íris em peças cheias de brilho e movimento. A Central Saint Martins apostou numa vertente circense, enquanto Alice + Olivia e Libertine optaram por uma estética linear – mostrando que a junção das cores pode funcionar tanto em looks sofisticados quanto em produções mais urbanas.

Burberry

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Ashish

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Central Saint Martins

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Alice + Olivia

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Libertine

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5. Paetê
Nem só de alfaiataria e tafetá viverá o inverno! Posso dizer com propriedade: essa será uma temporada de muito brilho. Entre os que mais abusaram da tendência estão a Erdem e o Halpern Studio. Enquanto a primeira grife utilizou os paetês para dar vida às peças – com uma pegada elegante e rebuscada, exibindo um quê de anos 1920 –, a segunda extrapolou os limites, nos levando diretamente aos fabulosos anos 1970, em uma vibe bem Studio 54. Peças assimétricas, vestidos, saias e macacões aparecem nas mais diversas combinações.

JW Anderson nadou contra a maré e usou o brilho para algo muito mais cool e voltado para o dia a dia. Temperley investiu na tendência para vestidos com recortes estratégicos, enquanto Mary Katrantzou usou porções bem pequenas de paetês nos detalhes de uma peça de veludo.

Erdem 

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Halpern Studios

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JW Anderson

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Temperley

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Mary Katrantzou

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Os desfiles da capital inglesa chegaram ao fim, mas já deixam saudades. Entre os lindos vestidos de veludo da Erdem, cheios de melancolia e beleza, os cobertores de Roksanda, as estampas da Mary Katranzou e o manifesto fashion na passarela da Burberry, pode-se dizer que o inverno será colorido e um tanto romântico.

Espero que tenham gostado e até a próxima!

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