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Covid-19: Giorgio Armani doa 1,25 milhão de euros para hospitais

Doação também ajudará a Agência de Proteção Civil da Itália. Devido ao coronavírus, a grife também adiou um desfile recentemente

atualizado

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Daniele Venturelli/Daniele Venturelli/Getty Images
Estilista Giorgio Armani acenando
1 de 1 Estilista Giorgio Armani acenando - Foto: Daniele Venturelli/Daniele Venturelli/Getty Images

A marca italiana Giorgio Armani tem demonstrado grande preocupação com o novo coronavírus. Nesta semana, o grupo Armani anunciou a doação de 1,25 milhão de euros a hospitais italianos e à Agência de Proteção Civil Nacional. Recentemente, a grife adiou para novembro um desfile que ocorreria em abril, depois de fazer a apresentação de outono/inverno 2020 sem audiência.

O valor da doação será destinado a três hospitais de Milão (Luigi Sacco, San Raffaele e Instituto dei Tumori) e o Instituto Lazzaro Spallanzani, de Roma. Este último, um dos primeiros a isolar o DNA do Covid-19, também recebeu doação da joalheria italiana Bulgari, em fevereiro, destinada à compra de um microscópio avaliado em 100 mil euros.

Na última semana, várias grifes adiaram as apresentações de resort 2021 como precaução para evitar a disseminação da doença. Entre elas, a Versace, que faria o desfile da coleção nos Estados Unidos no mês de maio. A grife, com direção artística de Donatella Versace, doou o equivalente a 670 mil reais para ajudar a manter os suprimentos médicos da Cruz Vermelha chinesa.

Estilista Giorgio Armani
O grupo Armani, do estilista Giorgio Armani, anunciou a doação de 1,25 milhão de euros para hospitais italianos e a Agência de Proteção Civil da Itália

 

Desfile Giorgio Armani
Em fevereiro, a grife apresentou a coleção de outono/inverno 2020 pela internet, com um desfile sem audiência. O show de resort 2021, que ocorreria em abril, foi adiado para novembro

 

Mulheres com máscara na Malásia
Outras empresas da moda estão se movimentando para combater a doença Covid-19, provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2)

 

Joia da Bulgari
A joalheria Bulgari ajudou o Instituto Lazzaro Spallanzani, de Roma, com a compra de um microscópio avaliado em 100 mil euros

 

Jennifer Lopez e Donatella Versace
A Versace doou o equivalente a R$ 670 mil para ajudar a Cruz Vermelha da China a comprar suprimentos médicos

Depois da China, a Itália se tornou o país com maior número de casos do novo coronavírus fora da Ásia e o terceiro no mundo. Ao todo, são mais de 10,1 mil casos confirmados e 631 mortes registradas. Desde o último dia 7, apenas a região norte estava em quarentena.

Nessa segunda-feira (09/03), o governo restringiu a circulação em todo o território italiano até o dia 3 de abril. A medida resulta, por exemplo, no fechamento de instituições de ensino e na suspensão de todos os eventos esportivos, além de proibir reuniões públicas, como casamentos.

Vale lembrar que o segmento da moda já se movimentou em prol do combate à doença. Os grupos LVMH, Kering e a Swarovski fizeram doações milionárias para organizações de caridade, o governo e a Cruz Vermelha chinesa. A Dolce & Gabbana anunciou apoio a uma pesquisa da Universidade Humanitas, em Milão, enquanto marcas chinesas como a Bosideng também estão se movimentando pela causa.

Desfile da Louis Vuitton no Paris Fashion Week
O grupo LVMH, dono da Louis Vuitton, fez uma doação de US$ 2,3 milhões para o governo chinês e instituições de caridade locais

 

Estilistas Domenico Dolce e Stefano Gabbana
A Dolce & Gabbana está apoiando uma pesquisa da Universidade Humanitas

 

Fim do desfile da Bosideng na Semana de Moda de Londres
A marca Bosideng doou casacos como os da foto para os funcionários da saúde na China

 

Impacto no mercado asiático

A indústria têxtil da Ásia pode perder cerca de US$ 238 milhões por causa do Covid-19, segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU). Principalmente na região sudeste, que tem a China como principal fornecedor. Devido à falta de matéria-prima chinesa, os países mais afetados serão Vietnã, Tailândia e Indonésia, como destaca a Agência EFE.

Vale lembrar que o segmento têxtil dessa região fabrica peças para marcas gigantes como o grupo espanhol Inditex, dono da Zara, e a fast fashion sueca H&M. Só no Vietnã, onde o mercado é crescente, são 3 milhões de empregados desse segmento.

A nível global, os dados da ONU indicam que as perdas nas exportações estão estimadas em US$ 50 bilhões, com US$ 1,5 bilhão no setor de têxtil e vestuário. Nesse cenário, a maior perda é da indústria da União Europeia, no valor de US$ 538 milhões. O Vietnã está em segundo lugar, com US$ 207 milhões.

Mulher trabalhando em uma máquina de costura
Dados da ONU indicam que a indústria têxtil da Ásia será afetada, principalmente, na região sudeste

 

Mulheres asiáticas trabalhando em fábrica de roupas
O Vietnã será o mais atingido, com perda nas exportações estimada em US$ 207 milhões, devido a fatores como a falta de matéria-prima da China

 

Mulher trabalhando com máquina de tecelagem
A região sudeste da Ásia fabrica peças para grandes marcas

 

Fachada de uma loja da Zara
Entre essas marcas, o grupo espanhol Inditex, dono da Zara

 

Covid-19 no Brasil

Atualmente, o Brasil tem 34 casos de Covid-19 confirmados e estuda 893 suspeitas. Mais de 121 mil casos foram registrados no mundo, desde o início da epidemia, em 100 países. O número de mortos ultrapassou 4,3 mil, sendo cerca de 3.158 só na China, epicentro do novo coronavírus. O país tem mais 80,7 mil infectados.

Mulheres no Coachella
Segundo a imprensa internacional, o festival Coachella será adiado de abril para outubro

 

 

No mundo inteiro, grandes eventos estão sendo adiados devido ao surto da doença. Um exemplo recente é o festival de música Coachella, que ocorreria em abril e foi transferido para o mês de outubro. Entre as grifes que adiaram desfiles estão Prada, Chanel, Gucci, Ralph Lauren e as semanas de moda de Tóquio, Seul, Xangai e Pequim.

Já nesta terça-feira (10/03), a Max Mara anunciou o cancelamento do show que faria em São Petersburgo, na Rússia, no dia 25 de maio. Sem dar grandes explicações, a etiqueta italiana disse que foi uma “medida de precaução”.

 

Colaborou Hebert Madeira

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