Conheça o estilo das icônicas musas do rock
Entre ícones da cultura rocker e representantes atuais do cenário, o gênero tem grande influência no universo fashion
atualizado
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O rock n’ roll é conhecido pela rebeldia e pelo olhar antifashion quando se fala de moda. Mas a verdade é que esse gênero de música transformou-se em estilo e deixou um legado inegável.
Em meados do século 20, o conservadorismo ainda era gritante, mesmo com todas as transgressões e quebras de valores ocorrendo na época. Garotas que conseguiram espaço no meio artístico tornaram-se verdadeiras lendas da contracultura. O rock ganhou um sex appeal feminino. Maquiagem escura, sobreposições, jaquetas de couro, estampa leopardo e, claro, muitos hits estabeleceram o espaço das cantoras dentro do universo fashion.
O final dos anos 1970, particularmente, trouxe o protagonismo feminino aos palcos. Na época, os padrões vigentes eram o oposto da liberdade que brotava dos jovens daquela década. Integrantes da banda The Runaways e vocalistas como Debbie Harry e Siouxsie Sioux representavam com muito talento e uma personalidade forte e fashion uma geração e uma nova forma de ver as coisas: é possível ter estilo, atitude e ainda abusar da rebeldia.
Vem comigo e conheça as musas do rock!
Alison Mosshart
A cantora e guitarrista americana é a rocker mais cool do momento. Cheia de atitude, ela carrega a voz das bandas The Kills — ao lado de Jamie Hince, ex-marido de Kate Moss — e Dead Weather, trabalhando com Jack White. Antes de se destacar no cenário indie, emprestava seus talentos para pequenos grupos.
Sempre com uma jaqueta de couro, o estilo da cantora de 39 anos traz elementos da cena underground contemporânea com pitadas de grunge. Calça skinny, bota e camisas estampadas são a cara dela.
Debbie Harry
Primeiro sex symbol do rock, a americana Debbie Harry lidera até hoje a banda Blondie, que estourou em 1978 com o disco Parallel Lines. O título do grupo é inspirado no apelido da própria cantora, Deborah Ann Harry, com seus fios platinados e irregulares, eternizados por Andy Warhol na cultura pop.
A transição do punk para uma pegada mais new wave, com o passar dos anos, a deixou mais colorida. Em visuais bem femininos, Debbie passou a marcar a silhueta e ousou com peças curtas e cheias de brilho.
Esse toque glam marcou bastante o estilo dela, que preserva a vaidade até hoje, aos 73, sem o menor problema em dizer ser uma adepta das cirurgias plásticas.
Joan Jett
Os jumpsuits eram comuns no guarda-roupa das garotas do The Runaways, sucesso com quatro álbuns entre 1976 e 1978. Entre elas, destacou-se Joan Jett, que hoje, com quase 60 anos, preserva a energia e a jovialidade de quando tinha 20. A carreira solo a partir dos anos 1980 a consolidou como um dos maiores ícones do gênero, rendendo, inclusive, um lugar no Hall da Fama do rock n’ roll, honraria conquistada em 2015.
A roqueira ousava com mullets, olhos carregados, correntes e calças de couro. Gostava de lenços no pescoço e completava os looks — quase sempre camisetas — com blazers coloridos ou leather jackets. A maquiagem também foi se adaptando ao tempo: blush rosa e sombra lilás marcaram o visual de Joan nos anos 1980.
Em 2014, em colab com a marca Hot Tropic, a vocalista fez uma aposta com a primeira coleção fashion.
Siouxsie Sioux
Se houve um mix notável entre o punk e o gótico, esse exemplo vivo é Siouxsie Sioux. Hoje, com 61 anos, a rainha do pós-punk trouxe o melhor das duas subculturas quando transitou de uma para outra na jornada com as bandas Siouxsie and the Banshees — a mais famosa — e The Creatures.
O famoso delineado cat do estilo vamp virou uma marca registrada. A maquiagem com ares Cleópatra numa versão mais obscura, junto com o cabelo, que trazia influência do camaleão David Bowie, completam o visual da cantora. Fora tudo isso, ela já era uma representante da onda feminista pela liberdade dos pêlos e mamilos expostos: uma verdadeira riot girl.
Siouxsie trazia o estilo clássico das punks, com meias e luvas arrastão e peças fetichistas, normalmente compradas em sex shops pelas garotas da tribo. Ela estreou como modelo aos 16 anos, para a loja Sex, de Vivienne Westwood e Malcolm McLaren. A grife ficou conhecida como fashion point do movimento.
A Saint Laurent trouxe a vibe da cantora para a passarela da coleção Outono/Inverno 2015.
Patti Smith
O punk passou por uma vibe intelectual e foi Patti Smith a responsável por isso. Conhecida por um visual andrógino e mais simples que as outras desta lista, Patti, além da música, acumula trabalhos fotográficos e literários no currículo. Estreou em 1975 com o disco Horses, e o último é Banga, de 2012, o 11º da discografia.
T-shirts, camisas, cardigãs e os cabelos sempre largados compõem o “estilão” da cantora. A roqueira chegou a revelar em entrevista que, se pudesse, usaria o mesmo look todos os dias: calças corduroy e camisa de marinheiro.
Janis Joplin
Uma perda triste para a maldição dos 27, que levou lendas como Kurt Cobain, Amy Winehouse e a nossa Janis Lyn Joplin, texana nascida em 1943. A maior voz feminina do rock psicodélico sessentista começou enraizada no folk até se aventurar com o blues e soul, ritmos de suas grandes influências.
Dona de uma voz rouca e inesquecível, ela exibia elementos ciganos e boho da moda hippie. Estampas com padronagens psicodélicas e tie dye em tecidos leves e folgados, além de calças pantalonas, compunham o look da super cantora.
Ícone da contracultura, foi uma das artistas que se apresentaram no terceiro dia do festival Woodstock, assim como Jimi Hendrix, The Who e Johnny Winter. Deixou quatro álbuns de estúdio, sendo um deles póstumo, lançado seis meses depois da morte de Janis, em 4 de outubro de 1970, por overdose de heroína.
Rita Lee
A musa brasileira de fios alaranjados, uma inconfundível franja reta e óculos coloridos não poderia ficar de fora. Hoje, aos 70, Rita Lee tem atitude e irreverência de sempre e mantém um legado de 50 anos como a maior roqueira da música brasileira.
Antes de seguir carreira solo, entrou no rock psicodélico com Os Mutantes, banda da qual fez parte entre 1966 a 1972. Desde então, foi uma grande camaleoa e flertou com outras vertentes musicais, como disco e MPB.
Ficou conhecida por usar a moda como forma de expressão. Um mix entre o punk e o hippie define o estilo alegre, lúdico e colorido com um quê andrógino.
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Colaborou Hebert Madeira