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Conheça Michelle Elie, a figura mais extravagante do street style

Designer haitiana é uma das maiores defensoras do movimento avant-garde e musa de muitas etiquetas, como Comme des Garçons e Paco Rabanne

atualizado

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Claudio Lavenia/Getty Images
Michelle Elie Street Style
1 de 1 Michelle Elie Street Style - Foto: Claudio Lavenia/Getty Images

O street style é a legitimação do que vemos nas passarelas semestralmente. Se uma criação consegue transcender os corpos das modelos e chegar às ruas por meio das consumidoras, ela atingiu seu objetivo. Neste contexto, marcas conceituais e vanguardistas, como Comme des Garçons, Paco Rabanne, Maison Margiela e Jean Paul Gaultier, acabam fazendo muitas pessoas questionarem se há público para produtos tão excêntricos. Se você pertence a esse time, lhe apresento uma das maiores representantes do movimento avant-garde: Michelle Elie.

Vem comigo conhecer a figura extravagante da moda de rua!

 

Agregando peças cheias de design ao segmento de acessórios, por meio de sua marca Prim, a haitiana Michelle Elie sabe a importância do vanguardismo para a moda e outros tipos de arte. Afinal, a evolução dessas expressões é baseada na expansão das barreiras culturais.

Michelle Elie
Michelle Elie tem uma marca de acessórios

 

Michelle Elie
Assim como em seu estilo, criações são cheias de personalidade

 

Michelle Elie
Bolsa de autoria da designer

 

Michelle Elie
Etiqueta também investe em complementos de tricô

 

Sem surpresas, a designer enxerga suas produções exuberantes como obras de extremo valor criativo. Logo, neste cenário, ela seria uma vitrine (talvez a mais sorridente da indústria).

A diversão de Michelle nas semanas de moda é evidente. Em meio a poses engessadas e carões, a fashionista se destaca por sempre ser clicada com um sorriso no rosto.

Michelle Elie
Elie é uma das figuras mais alegres do street style

 

Michelle Elie
Característica a beneficiou no decorrer de sua carreira

 

 

Não à toa, Michelle se tornou uma queridinha dos fotógrafos de street style, graças à simpatia e bom humor. No entanto, além do carisma, a haitiana oferece outros elementos que os profissionais da imagem amam: cores, formas e muitos contrastes.

“É uma ideologia que expresso não apenas na moda, mas em todas as áreas da minha vida. Quando se trata de disciplina e valores, você nem sempre pode se concentrar nos outros. Especialmente hoje, quando as coisas estão ficando cada vez mais parecidas. Você tem que ter sua própria voz e se expressar com ela”, explicou, sobre seu estilo, ao site Kultur News.

Michelle Elie
Os visuais da designer são tudo o que um fotógrafo de moda pode querer

 

Michelle Elie
As formas usadas por ela chamam muita atenção

 

Michelle Elie
Michelle defende a valorização das diferenças

 

Michelle Elie
Ideal move não só o estilo da empresária, mas toda a sua vida

 

Frequentemente vista nas coberturas dos maiores veículos de moda do mundo, a haitiana radicada na Alemanha exibe peças que costumam “levantar as sobrancelhas” dos mais tradicionais. Contudo, ela respeita quem não entende sua aparência avant-garde.

“A moda é muito democrática, portanto, não posso dizer que aquilo que uso seja, necessariamente, fashion. Porém, existem muitas marcas, designers, gostos e culturas para nos parecermos todos iguais. Acho interessante e válido me expressar de maneiras diferentes.”

Michelle Elie
Elie sabe que seus looks não são para todos

 

Michelle Elie
E respeita quem não vê o que ela veste como algo moderno

 

Michelle Elie
A democracia inserida na moda permite diferentes visões

 

De fato, distinção é algo que Michelle procura ao adquirir uma nova roupa. Investindo nas grifes mais exóticas da moda, a ex-modelo coleciona itens da Comme des Garçons, Paco Rabanne, Haider Ackermann, CDG, Junya Watanabe e, para dias mais básicos, Prada – mas de acervo vintage!

Para ela, tendências não são características levadas em consideração. “Uso marcas que acredito e tenho paixão. É mais do que apenas um look para mim. É um estilo de vida, uma ideologia”, disse, à Vogue, em 2017.

Michelle Elie
Produção feita pela Comme des Garçons

 

Michelle Elie
Aqui, a fashionista se apropriou das criações medievais da Paco Rabanne

 

Michelle Elie
O upcycling conceitual de Haider Ackermann também faz parte de seu acervo

 

Michelle Elie
As formas circulares de Junya Watanabe

 

Em um cenário onde in e out se revezam em períodos cada vez mais curtos, a designer acredita que os amantes da moda se esqueceram dos reais valores do consumo de luxo. “Atualmente, resta pouco para a criatividade. Tudo é instantâneo e sem substância”, opinou Michelle.

“Porém, sabemos imediatamente quando alguém se depara com algo que vestirá para sempre, porque aquela pessoa cria um laço emocional com essa peça. É aí que devemos investir, em peças que te cativam. O melhor consumo é aquele feito com paixão”, defendeu.

Michelle Elie
Michelle acredita que o consumo se tornou muito raso

 

Michelle Elie
A paixão deve ser a principal motivação ao se adquirir algo no segmento de luxo, na opinião de Michelle

 

Michelle encanta grandes nomes da indústria, como Naomi Campbell e, é claro, Rei Kawakubo, fundadora da Comme des Garçons. A personalidade da haitiana encantou tanto a estilista japonesa que Elie se tornou a personificação de seu conceito.

A ligação entre a grife e a artista é tanta que uma exposição dedicada a esta relação foi erguida no Museu Angewandtekunst, em Frankfurt. A mostra A Vida Não Me Assusta teve início na última sexta-feira (03/04/2020) e tem como objetivo destacar algumas das criações mais espetaculares da fashionista.

Michelle Elie
História da empresária com a Comme des Garçons se tornou exposição

 

Michelle Elie
Mostra iniciada na última semana conecta as impressões de Michelle às roupas da grife

 

Michelle Elie
Conceito da label casa muito bem com o estilo de Elie

 

Michelle Elie
Produção usada em 2013

 

Michelle Elie
Rei Kawakubo, fundadora da Comme des Garçons, é uma das admiradoras da haitiana

 

Michelle Elie
Até os cochilos de Michelle são acompanhados pelas criações da marca

 

Michelle Elie
Ela tem um grande acervo da Comme des Garçons em seu closet

 

Michelle Elie
E não teme o design extravagante da etiqueta japonesa

 

Além das histórias de cada roupa, a mostra compartilha as vivências de Michelle ao lado das criações. Engloba desde o momento em que são vistas por ela pela primeira vez até às reações que os visuais causam a outras pessoas.

“O design e a filosofia por trás da marca de Kawakubo encarnam minha atitude em relação à vida, assim como o título da exposição. Rei é uma mulher bastante poderosa na indústria e ajudou a difundir o artesanato na moda. Ela diz ‘não se vista para agradar aos outros, mas para si mesmo’ e essa é uma mensagem muito forte e importante”, salientou a haitiana ao Kultur News.

Colaborou Danillo Costa 

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