Conheça marca do DF que já vestiu Iza, Rafa Kalimann e Pabllo Vittar
A etiqueta brasiliense Trela transporta o espírito disruptivo da geração Z nas peças. Brilhos, laços e pérolas marcam as criações
atualizado
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De maneira ímpar, a Trela capta, traduz e estampa o zeitgeist das novas gerações. Toda a estética da marca reverencia os anos 2000, mas sob uma ótica própria. Apesar de recente no mercado, as criações marcantes da etiqueta brasiliense já conquistaram artistas como Pabllo Vittar, Iza e Rafa Kalimann.
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Ode aos anos 2000
O portfólio da Trela apresenta peças com um visual marcante, irreverente e com um “quê” nostálgico. Feitos artesanalmente, os itens da marca repaginam clássicos da primeira década dos anos 2000, como miçangas e pérolas, tecidos acetinados, frufrus e franzidos.
A vontade de produzir de maneira livre e imaginativa foi o que impulsionou as sócias Brina Reis e Dagah a fundarem a etiqueta em 2019. Ambas já trabalhavam no ramo da moda e buscavam um caminho que permitisse imprimir a visão autêntica da dupla.
“Às vezes, era meio frustrante não conseguir fazer algo que a gente queria. O nosso desejo era realmente conseguir ter esse espaço para criar, experimentar. A Trela surgiu dessa vontade, mas foi algo bem despretensioso desde o início. Nós começamos com as bolsas de miçangas, que era o que estávamos curtindo de fazer na época, mas tudo foi evoluindo organicamente”, afirma Dagah.
E foi esse DNA disruptivo que logo conquistou clientes dentro e, principalmente, fora do quadradinho do Distrito Federal. Mais do que isso, a marca atraiu a atenção de nomes estrelados, como as cantoras Iza, Pabllo Vittar e Urias, e a influenciadora Rafa Kalimann.
Apesar da estética característica, as idealizadoras não gostam de segmentar as criações da Trela. Para elas, o mix pode ser definido como experimental. Fashionistas por essência, o estilo transportado para a etiqueta carrega elementos das produções das sócias, que são adeptas de um visual mais autoral. “A gente sente que, com o passar do tempo, o nosso estilo parou de influenciar como antes. A Trela acabou criando uma personalidade própria”, reflete Dagah.
Nos itens concebidos, os contrapontos são entrelaçados: o clássico é combinado ao moderno, o básico ao maximalista. Materiais diferentes também são elencados para a produção, como tecidos brilhantes, pérolas e laços. Para contrastar, tanto as modelagens quanto os detalhes equilibram a “equação” com peso e personalidade, a fim de tirar as peças do lugar comum.
“As nossas experimentações com os materiais é feita livremente. Com isso, o propósito é passar essa imagem mais divertida atrelado ao vestir. Então tudo parte de um lugar de não querermos nos levar tão à sério nas nossas produções, nos editoriais e nos fashion films. Buscamos nos soltar de amarrar e produzir de uma maneira verdadeira”, conta Dagah.
O portfólio engloba itens diversos, como bolsas, anéis, brincos e colares com design único. As primeiras peças de roupa foram apresentadas ao público no último lançamento. As sócias à frente da marca garimparam em brechós e estamparam fotos da etiqueta nos itens selecionados. A Trela foi uma das integrantes do Metrópoles Fashion & Design, que aconteceu entre os dias 5 e 6 de outubro, no Museu Nacional da República. No evento inédito, a bag no modelo Glacê foi um dos maiores sucessos.
O que começou exclusivamente com acessórios, em especial bolsas de miçangas, tem expandido para novos caminhos. A mais nova aposta é o ramo de vestuário.
Moda Brasília
A Coluna Moda Fora dos Padrões deu início à série Moda Brasília em 2021. Toda semana, apresentamos marcas, designers e etiquetas locais, a fim de dar ênfase à moda criada no Distrito Federal, no Centro-Oeste.
O objetivo é apresentar iniciativas e empresas que atuam em prol da cadeia produtiva regional de maneira criativa, sustentável e inovadora. Os nomes são selecionados de forma independente pela equipe da coluna, a partir de critérios como diferencial de mercado, pioneirismo e ações que valorizem a comunidade.