Conheça Kaique Oliveira, designer sergipano que conquista celebridades
O estilista aposta na sustentabilidade e veste personalidades como Anitta, Izabel Goulart, Luísa Sonza, Iza, Xuxa e Bianca Andrade
atualizado
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Natural de Aracaju (Sergipe), o estilista Kaique Oliveira cresceu em meio a costureiras e bordadeiras. Da experiência pessoal e afetiva, nasceu o sonho de ter a própria marca. Atualmente, vive em São Paulo, onde fundou a Kaoli, focada no digital e na sustentabilidade. Desde 2017, a grife já conquistou inúmeras celebridades de diferentes áreas. Além de peças sob encomenda, o designer trabalha com coleções e vendas tanto no varejo quanto no atacado.
Vem conhecer!
Anitta, Xuxa, Claudia Leitte, Luísa Sonza, Iza, Pabllo Vittar, Bianca Andrade, Izabel Goulart, MC Rebecca, Eliana, Fernanda Paes Leme, Luciana Gimenez, Jojo Todynho e Duda Reis. Essas são algumas famosas que já usaram looks criados por Kaique Oliveira.
Contudo, no início, o sergipano nem imaginava que chegaria tão longe. Apesar de o jovem ter uma vontade genuína, o crescimento foi orgânico e até inesperado. “A Kaoli sempre foi um desejo no meu coração, tanto que eu falo que não existia o projeto. Esse projeto nasceu em mim”, conta o estilista, em entrevista à coluna. “O meu maior sonho era ter uma porta onde eu pudesse vender minha arte e só”, completa.
A Kaoli investe em uma produção com impacto ambiental reduzido. Também é adepta do upcycling, técnica de reaproveitamento de materiais, além da customização de peças. Entre as apostas da label, há alfaiataria cool, fluidez, sensualidade, brilho e glamour. Para completar, está inserida no segmento do beachwear.
Confira o bate-papo com Kaique Oliveira:
Qual é a sua trajetória na moda? Você sempre soube que queria trabalhar com isso?
Kaique Oliveira: A minha trajetória na moda foi comigo mesmo. Como as oportunidades são poucas, eu as fiz acontecerem. No meu DNA, minha mãe sempre costurou, e eu venho de uma família de costureiras e bordadeiras, então, sempre vivi no meio das máquinas e tecidos. E quando eu cheguei a São Paulo, meu primeiro contato com a moda foi na Ellus e logo depois veio o meu maior sonho, que foi a Kaoli.
Como você definiria o DNA da marca?
O DNA da minha marca é para mulheres brasileiras, para se sentirem bem, para elas se sentirem confortáveis. É uma marca sem regras, que não dita a tendência do momento, e sim, o que a mulher deseja consumir naquela hora. Que ela se sinta poderosa, confiante, e que transmita tudo isso para ela, então, esse é o nosso maior DNA.
Qual é o diferencial do seu trabalho, a partir da sua visão pessoal e de mercado?
O meu diferencial de trabalho e a minha visão de mercado é sempre deixar o meu gosto pessoal de lado, e entender o que a mulher deseja de você naquele momento, naquela época. Ou, se é de figurino, o que ela deseja representar naquele show, eu sempre tento entender muito. As minhas coleções são baseadas no que as pessoas necessitam. Então, automaticamente, acho que isso é a fórmula, mais ou menos, do sucesso. Ouvir o seu público que consome, e criar coleções baseadas naquilo, óbvio, que trazendo para o seu universo e para a tendência do momento.
A marca já nasceu no meio digital? Pretende investir em mais lojas físicas ou a ideia é focar no on-line?
Eu nasci no digital e eu fui crescendo por meio das influencers e das cantoras. Hoje, eu tenho uma loja física, tenho fábrica, tenho mais de 100 funcionários, porém a minha ideia é continuar focando no on-line. A forma de compra está mudando muito, principalmente na pandemia. O consumidor brasileiro se adaptou muito, então hoje ele consegue comprar quase tudo na internet.
Qual a importância de trabalhar com responsabilidade ambiental?
A gente tenta ao máximo ter responsabilidade ambiental, com menos uso de água, usando todo o resíduo, nesse sentido. Mas, para ser uma marca ecologicamente correta você teria que mudar a cabeça do consumidor. Eu acho que as pessoas colocam muito a culpa nas labels, só que, na real, a gente às vezes quer ser ecologicamente correto, mas o consumidor não quer pagar por aquilo. Porque ser ecologicamente correto custa caro.
Como você enxerga a sustentabilidade na moda atualmente?
Eu enxergo como uma visão de futuro. A gente está passando por um processo de mudança, e, com essas mudanças, automaticamente, os comportamentos vão se alterar, as empresas vão mudar e tudo vai ser diferente. A gente vai parar de se preocupar com a natureza e vai cuidar da natureza.
Você já vestiu personalidades relevantes no Brasil, incluindo cantoras, modelos, atrizes e influenciadoras. Quando você percebeu que o seu trabalho passou a ter reconhecimento nacional? Como tem sido lidar com o sucesso?
Eu falo que percebi que estava indo pelo caminho correto quando eu recebi o contato da Anitta para fazer roupa para ela. Então, é só a sensação que você está indo pelo caminho correto e que as pessoas gostam da sua arte e que elas curtem. Lidar com o sucesso, para mim… na real, o sucesso é da Kaoli e das minhas clientes, então sei administrar isso muito fácil. Acho que saber lidar com o sucesso é você se reinventar a cada coleção, para continuar nele.
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Na visão de Kaique Oliveira, é essencial que os próximos passos sejam concentrados na reinvenção, com consciência e responsabilidade social. “Os planos para o futuro, falando em meio a tudo isso que a gente está vivendo, é se adaptar ao novo mercado, se adaptar a essa nova forma de consumir, se tornar cada vez mais ecologicamente correto. Ter sempre uma melhor entrega de produto para os meus clientes”, conclui o estilista.
Colaborou Rebeca Ligabue