Conheça cinco marcas brasileiras de bolsas acessíveis para todos os gostos
A seleção inclui etiquetas com produtos variados, desde a pegada mais atemporal até peças bem-humoradas e street
atualizado
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Diversas situações do dia a dia pedem o uso de algum tipo de bolsa, da rotina de trabalho a um passeio sem compromisso no fim de semana. Além de utilitários, esses acessórios podem dar nova cara até aos looks mais básicos. Para quem está de olho em adquirir nova peça, a coluna selecionou cinco marcas de bolsas acessíveis para você conhecer. A lista inclui tiracolos, totes, mochilas e as famosas pochetes, que vieram para ficar. Todas as empresas selecionadas trabalham com fabricação nacional e opções agênero. Algumas delas, inclusive, não utilizam materiais de origem animal.
Vem comigo!
Adô Atelier
Os produtos atemporais e utilitários da Adô Atelier passeiam por influências dos universos da arte, arquitetura, história e design. A dupla de designers Fernanda Dubal e Tatiana Azzi fundou a marca em 2008. A label, especializada em bolsas de couro, trabalha com um processo criativo espontâneo e livre, repleto de experimentação e vontade de inovar.
O catálogo da etiqueta traz tiracolos, totes, pochetes, cintos, entre outras opções. Para quem gosta de cores frescas e pop, a marca é a pedida ideal. Todos os itens são fabricados com couro legítimo brasileiro e se encaixam em vários momentos da rotina. Para o trabalho, as bolsas Brick, Joule e Cla e as pastas são ótimas apostas. A indicação da label para saídas noturnas fica a cargo dos modelos Oli, Elo e Block.
No ano em que a Adô foi fundada, vendas on-line não eram tão populares, especialmente para produtos de moda. Entretanto, Fernanda e Tatiana estavam um passo à frente e já comercializavam as peças via e-commerce. Atualmente, a marca tem uma loja em Belo Horizonte (Minas Gerais), cidade onde a empresa foi criada, e em São Paulo.
Beatnik & Sons
Outra etiqueta com bolsas de couro legítimo é a curitibana Beatnik & Sons, criada em 2001 e especializada em mochilas e artigos de viagem. A matéria-prima é toda de origem brasileira, a exemplo do Bioleather 100% natural e do tecido Oxford impermeável.
Os produtos, atemporais e exclusivos, são feitos para durar. Totalmente finalizadas à mão, as peças ganham cores neutras e clássicas. O mood viajante, principal características da marca, aparece nas mochilas Terry, Henry e Chat, na bolsa Joan, na mala Louis e nos demais acessórios. Os itens ganham nomes de escritores e personagens de livros marcantes do movimento beatnik.
De quebra, a marca descreve ocasiões bem-humoradas que funcionam como sugestões de uso. A bolsa de ombro Porter, por exemplo, é indicada para “cantar em um karaokê em Tóquio”, como no filme Lost in Translation (2003), ou “pedir seu/sua crush em namoro”.
A label oferece dois anos de garantia contra defeitos de fabricação e trabalha com fornecedores que atuam há mais de 100 anos nos ramos de couro e lona. Cerca de 90% das sobras de couro, tecidos e aviamentos são reaproveitadas em peças menores, enchimentos e nas bases de suporte de outros produtos.
Maria Tangerina
A atemporalidade também é um traço marcante nas bolsas veganas da Maria Tangerina, etiqueta que tem sede em São João da Boa Vista (São Paulo). A fundadora, Pri Cortez, deu início à label em 2013. No início, antes de a empresa crescer, ela cuidava do negócio sozinha e produzia as peças sob encomenda. Atualmente, a marca tem mais de 43 mil seguidores no Instagram e compartilha todos os detalhes dos bastidores pela rede social.
As opções de produtos incluem bolsas tote em três tamanhos, pochetes minimalistas, mochilas (grandes e médias), carteiras, estojos, sacolas e ecobags. O material utilizado é uma espécie de suede sintético que não estraga se for molhado. A cartela de cores passeia por opções clássicas, como preto, marrom e vinho, além de tons diferenciados, a exemplo do mostarda, rosé e azul-claro. As tonalidades fazem sucesso entre os “tangeriners“, como os cliente são carinhosamente chamados.
Um dos objetivos da etiqueta é mostrar como a produção ética e responsável é possível, dando incentivo à indústria local e buscando a transparência e a consciência a respeito dos hábitos de consumo. Na Black Friday, por exemplo, a marca realiza a chamada “Tangerina Friday”. Em vez de diminuir os preços de todos os produtos e estimular as compras desenfreadas, a empresa prefere dar chance aos produtos com pequenos defeitos ou aqueles que sairão de linha.
Modelaria SP
Você também pode encontrar variadas opções de bolsas funcionais, sem matéria-prima de origem animal, na Modelaria SP. Foi pelo Instagram que o negócio de Natália Araújo, iniciado em 2014, se disseminou por todo o Brasil. A empresária não encontrava mochilas estilo colegial para comprar e, por isso, criou não só a própria versão como também a própria marca.
Um dos produtos que fazem mais sucesso é a mochila Square, disponível nos tamanhos grande, mini, e mini-mini, que tem a opção de alça para usar nos ombros. Além dela, a marca oferece pochetes, bolsas tiracolo de material sintético, alternativas para guardar o celular, nécessaires e, também, capas de chuva.
A gama de cores é ampla, passando por tons de roxo, rosa, marrom-claro, vinho, amarelo, verde e laranja, sem falar nas opções multicoloridas. Entre as apostas recentes da marca, estão as mini-Squares em color blocking, colaboração com a StayUgly e inspiradas na estética dos anos 1980/1990 e na “liberdade de uso e mistura de cores da época”.
O Jambu
Para quem curte uma vibe streetwear irreverente e bem-humorada, a marca O Jambu, baseada em Belo Horizonte, é uma ótima opção. Batizada com o nome de uma planta muito comum no norte do país, a etiqueta foi criada em 2015 pela mineira Carol Maqui (diretora criativa e sócia) e pelo paraense Swami Cabral (sócio). As produções da label, inspiradas na sinestesia, não levam pele animal.
As peças, que incluem variados modelos de bolsas, mochilas e pochetes, oferecem designs multifuncionais e estruturados. Dentre eles, destaque para a tote Rack, o sacolão EiBiCi e a microbag Jacquemilson. Os produtos são feitos à mão e 100% autorais. Uma das principais características é a mistura de matérias-primas, que podem ser tanto sintéticos nacionais como materiais de reuso, decoração e estofamento.
Um detalhe identificável em várias bolsas é o fecho aranha, usado de maneira decorativa. Outro aspecto significativo nas peças d’O Jambu são as collabs com outras marcas, especialmente para desfiles na Casa de Criadores e no São Paulo Fashion Week. A label já fez parcerias com etiquetas como Felipe Fanaia, Igor Donana, Cacete Company e Apartamento 03.
A seleção incluiu itens com preços abaixo de R$ 800. Considerando o mercado de luxo e a ampla gama de opções, os valores são acessíveis. Vale destacar que cada pessoa pode e deve analisar o que cabe no bolso.
Recentemente, é bom lembrar, o museu londrino Victoria & Albert abriu as portas da exposição Bags: Inside Out. Trata-se de uma oportunidade única para os apaixonados por bolsas. A mostra analisa a funcionalidade, o status e a fabricação dos acessórios que são verdadeiras “obsessões mundiais”.
Colaborou Hebert Madeira