A Shein, empresa chinesa de fast fashion, destaca-se pela produção em larga escala e por atualizar o site diariamente com novas peças. A marca acaba fazendo “sua própria versão” de itens de outras etiquetas, principalmente as de luxo, a preços mais acessíveis. A coluna fez um balanço dessas pequenas cópias.

Vem conferir!

Quem não acompanha o universo fashion de perto pode não entender a relevância das semanas de moda internacionais. Acontece que são justamente os desfiles das marcas nesses eventos – e os looks dos convidados e de quem fica na porta – que ditam as tendências das próximas estações. 

Ao longo dos anos, diversas marcas — como Zara, Renner e C&A — olharam para as criações dessas grifes a fim de desenhar as suas próprias coleções. Com a Shein, não poderia ser diferente. A gigante chinesa, que sobe no e-commerce até duas mil peças por dia, fica de olho na confecção e distribuição global e “pega emprestado” o design alheio.

Acessórios

As bolsas da grife, em especial as que estão bombando – como a Bottega Veneta e a JW Pei –, são o sonho de consumo de muitas pessoas. Como nem todos podem pagar milhares de dólares ou euros nessas peças, a Shein corre contra o tempo para fazer versões bem mais baratas. 

Além do preço, outro chamariz desses produtos é a variedade. A empresa consegue fazer, com muita rapidez, os modelos de bolsas e sapatos em diferentes tamanhos, cores e estilos. 

Looks similares

Recentemente, Rihanna foi flagrada com um top de cristais da marca francesa Miu Miu. A peça é difícil de ser encontrada até por quem tem dinheiro e acesso às grifes. Mas se você quer muito um para chamar de seu, provavelmente encontrará algo similar na Shein.

Uma das sacadas da chinesa foi se esforçar para oferecer não só peças básicas, como camisetas e calças jeans, mas também itens diferentões. Empresas que não possuem uma presença global nem sempre apostam nesse tipo de produto, principalmente pelo receio de não conseguir vender toda a produção. 

Como a Shein tem uma ampla clientela, pode se arriscar ao lançar peças para públicos segmentados. Por lá, é possível encontrar roupas bem similares a outras desfiladas por grifes como Chanel e Balenciaga.

A discussão sobre cópias e plágios na moda sempre costuma render. Como a indústria é antiga e muito extensa, às vezes é difícil “rastrear” o autor original de algum design específico. No caso da Shein, a marca pelo menos não coloca a originalidade como um de seus pontos fortes.

Colaborou Carina Benedetti