Conheça as peças-desejo das novas coleções de Antônio Henrique
O designer fez um evento em sua casa-galeria na última quinta-feira (14/9) para lançar as coleções “Fênix” e “Forest”
atualizado
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Após ter sua loja assaltada no Gilberto Salomão, em maio deste ano, o joalheiro Antonio Henrique Abinave deu a volta por cima. A convite de Claudia Salomão, o designer presenteou a mim e a outras convidadas com um evento chamado “Arte por Toda Parte”. O encontro em sua casa uniu beleza, arte, inspiração e o lançamento de suas novas coleções, “Fênix” e “Forest”.
Ao lado do marido, o sul-africano Gavin Louis – que cuida da contabilidade da marca e com quem divide a vida há 20 anos –, Antonio Henrique consegue ter sua liberdade para criar. Os resultados são duas coleções distintas e cheias de charme.
Além de conhecer as peças, tivemos um bate-papo sobre arte contemporânea com Marco Antonio Vieira e Eliezer Szturm.
Vem comigo!
Na coleção “Forest”, inspirada na floresta amazônica, o joalheiro misturou elementos sustentáveis dentro de uma estética encontrada nos artefatos e nos grafismos indígenas. A ideia era produzir uma coleção cool, minimalista e mais orgânica. Para isso, Antonio Henrique lançou peças despojadas com uma proposta totalmente usável no dia a dia e descrita pelo artista como “luxo simples”.
Coco, caramujo, búzios, resina são colocados em itens nobres como diamante, brilhante, rubi e esmeralda. Em um dos destaques, na peça produzida em fóssil – que aqui aparece como uma madeira petrificada – estima-se que tenha mais de 3 milhões de anos. Como o artista gosta de formas, ele focou no triângulo, já que é uma imagem recorrente e simbólica entre os indígenas. As joias são visualmente interessantes e altamente significativas.
Confira as minhas peças preferidas da coleção “Forest”:
Este conjunto de pulseiras é bem a cara da coleção. Aqui o designer misturou materiais orgânicos – como búzios, caramujos e coco – com o ouro e o turquesa. Achei um charme.
Estes brincos e anel me encantaram, pois a base desta joia é o coco. A originalidade e elegância da mistura do coco com rubi, esmeralda, brilhante e diamante me surpreendeu.
O anel de triângulos feito com fóssil – madeira petrificada – tem uma delicadeza encantadora. O trabalho é incrível. O material é orgânico e a forma geométrica é símbolo da cultura indígena florestal.
Adorei a delicadeza e simplicidade desta peça.
Na coleção “Fênix”, o designer remete ao outro aspecto da joalheria: o glamour. Com influência na art déco, ele elaborou peças bem estruturadas e bem definidas, além de trabalhar com contraste e cor. Antonio Henrique brincou também com a ideia de pedra dentro de pedra. Não apenas a madeira petrificada (fóssil), mas também o ônix foram a base do contraste com rubis, diamantes, brilhantes e esmeraldas.
“Basicamente, a Fênix seria a joia no seu aspecto tradicional, porém com uma pegada bem moderna. É algo limpo, arrojado, contemporâneo e dentro dessa linguagem de contraste de cor, geometria, as formas são bem definidas. As pedras eu realmente pesquisei, lapidei e coloquei junto de uma forma bem original e não facilmente reconhecível”, comentou o joalheiro sobre a segunda coleção.
Minhas top 5 desta coleção foram:
Este anel Fênix foi a primeira peça da coleção. Além do simbolismo, ela tem traços da paixão arquitetônica do designer com este modelo em ouro vazado.
Estes brincos bem art déco me encantaram. Adorei as formas e as cores. Achei chique e divertido.
Gosto de muito de anéis delicados que podem ser usados ao mesmo tempo, um em cada dedo da mão. O contraste de cores e formas se mistura com elegância e simplicidade.
Estes brincos me lembraram um pavão, não só pelas cores mas também pela forma. Acho um animal extremamente maravilhoso, além de me lembrar muito da minha avó Marita.
Por fim este anel totalmente art déco. Adorei a cor, o tamanho e o estilo da peça que parece ter tachas em ouro, dando aquele toque roqueiro para a coleção.
Veja mais algumas peças
Vida e trajetória de Antonio Henrique
Para o designer, a influência direta de sua mãe foi um fator crucial para sua vida profissional. Ela, que era joalheira, alimentou o seu desejo de trabalhar com joias. “Aos 18 eu segui meu rumo próprio depois de sair de Goiânia e mudar para Brasília. Nesse período, estudei ciências políticas na UnB e meditação e ioga na Índia, ao mesmo tempo que pesquisava tudo sobre pedras”, comentou o profissional.
Ao se mudar para a Holanda, Antonio fez três cursos: design de joias, artes cênicas e mestrado em direção de arte. Nesse período, vinha para o Brasil desenvolver pequenas coleções e vendia as peças no país europeu.
Mais tarde, o artista voltou à capital e quis criar sua marca, Antonio Henrique Joias. “Na criação eu tenho diretrizes básicas. Inspiração étnica é algo que estou sempre ligado e sempre trabalho muito com simbologia”, comentou o joalheiro.
Veja quem passou por lá:
- Antônio Henrique Joias
- Endereço: SHIS – QI 05 bloco J loja 09 | Lago Sul
Telefones: (61) 3248-0774 / 8668-0775 - www.antoniohenrique.com