Conheça a Margiela, grife do burburinho de João Guilherme e Marquezine
O ator agitou a web ao contar que comprou uma peça da marca para um misterioso affair (romance, em tradução livre)
atualizado
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Nessa terça-feira (22/4), o ator João Guilherme virou centro de burburinhos após compartilhar com a plataforma de moda e beleza Steal The Look qual foi o último produto que teria comprado. Em entrevista ao veículo, ele disse que adquiriu uma baby tee (camiseta justa e encurtada) da Maison Margiela. O item, na verdade, foi um presente para o “chuchuzinho” do jovem — detalhe que levou a informação a um patamar viral.
Também nesta semana, a atriz Bruna Marquezine apareceu em uma foto vestida com uma peça da marca francesa enquanto estava no colo do influencer, o que gerou ainda mais repercussão em volta do item da grife. Mas, afinal, você conhece a história dessa casa de moda que os famosos usam?
Vem saber mais!
Sobre a Maison Margiela
Fundada em 1988 pelo belga Martin Margiela com a sócia, Jenny Meirens, a Maison Margiela rapidamente se estabeleceu como uma das mais influentes e enigmáticas marcas da moda mundial. Com um DNA vanguardista e uma abordagem radicalmente conceitual, a dupla desafiou as normas estabelecidas no setor fashion desde a primeira coleção, com a introdução de uma estética desconstruída que redefiniu os padrões do vestuário.
Em meio à indústria têxtil parisiense, Martin Margiela optou por uma postura de anonimato. Ele raramente concedia entrevistas ou permitia fotografias. A escolha de ser tornar “o homem invisível da moda” tinha como objetivo dar destaque apenas para as criações da grife.
Formado pela Royal Academy of Fine Arts de Antuérpia, na Bélgica, Margiela se destacou por apresentar essa perspectiva marcante para o mundo da moda, inspirada pelo pauperismo japonês e uma sensibilidade contemporânea. Vale lembrar que a visão não convencional do estilista foi moldada pela experiência de trabalhar como assistente de Jean Paul Gaultier na capital francesa, onde absorveu a influência e desenvolveu o próprio estilo disruptivo.
As botas Tabi e a vanguarda criativa
Um dos marcos mais distintivos da Maison Margiela são as botas Tabi, introduzidas na coleção inaugural da marca em 1988. Inspiradas nas meias dos trabalhadores japoneses do século 15, esses calçados, com uma separação entre o dedão e os demais dedos dos pés, tornaram-se um símbolo icônico da label.
Para além do design inovador, esses calçados capturam o espírito criativo e subversivo da Maison Margiela. O modelo foi reimaginado temporada após temporada, em diversos materiais, cores e alturas de salto, mas sempre com a mesma essência.
O Tabi conquistou amantes da moda, celebridades e artistas, e chegou até mesmo ao ranking Lyst Index, de produtos fashion mais quentes do terceiro trimestre de 2023. O calçado Mary Jane com a estética Tabi ficou em primeiro lugar.
A chegada de John Galliano
O retorno de John Galliano ao cenário fashion ocorreu com a nomeação como diretor criativo da Maison Margiela em 2014. Ele havia ficado afastado da indústria desde 2011, quando foi demitido da Dior e da própria grife após comentários nazistas e antissemitas feitos por ele em Paris.
Galliano ficou responsável pelas coleções feminina e masculina de prêt-à-porter, bem como pela alta-costura da grife francesa. O aguardado retorno do estilista às passarelas ocorreu em janeiro de 2015, para apresentar a coleção de outono/inverno da marca. Nos últimos anos, criações impactantes têm sido destacadas no portfólio de Galliano.
Na última temporada da alta-costura, John Galliano reafirmou o papel como um dos estilistas mais inovadores da indústria da moda com o desfile da Maison Margiela, que comanda há 10 anos. A Ponte Alexandre III, na capital francesa, serviu como cenário para o espetáculo do estilista, que mergulhou nos arquétipos franceses de séculos passados para criar looks dramáticos.
Além das contribuições para o design de moda, Margiela também transformou a experiência do consumidor com lojas minimalistas e conceituais. A sede é toda branca e os móveis são cobertos por tecidos de algodão. Isso porque os estabelecimentos da grife francesa se definem mais do que locais de compra; são espaços de exploração e descoberta, assim como a visão singular e a estética inovadora da marca. O olhar visionário e a habilidade de desafiar as normas socialmente estabelecidas solidificaram o estilista belga como um dos grandes pioneiros da moda dos séculos 20 e 21.