Um festival que movimentou a capital federal: na primeira edição, que aconteceu entre os dias 5 e 6 de outubro, o Metrópoles Fashion & Design destacou as marcas locais que estampam a criatividade autoral brasiliense. O evento também promoveu talentos do design, da música e da arte, em um mix pensado para todos os gostos e públicos.

Vem conferir os destaques!

Moda local como protagonista

Criar é sinônimo de resistir, de sonhar, de revolucionar. No âmbito da moda, a criação também soma outro significado atrelado: propor o novo. A fim de valorizar os estilistas da cidade que, muitas vezes, não são reconhecidos localmente, o MFD reuniu 20 marcas que nasceram com o DNA brasiliense.

No formato de stands, cada etiqueta apresentou ao público alguns dos itens que definem o trabalho. Dos acessórios de upcycling da Dedim aos lenços coloridos da Cabaré Amazônico, das criações conceituais da Miwa às camisetas produzidas com designs de artistas indígenas da Tamã, os visitantes que compareceram ao Museu Nacional de Brasília nos dois dias puderam conhecer de perto a pluralidade de talentos existentes na capital.

Os jovens estilistas também marcaram presença. Em espaço privilegiado, a designer de moda recém-formada Vitória Nina teve uma das criações autorais expostas. A peça elencada para o espaço foi a jaqueta puffer apresentada no trabalho de conclusão de curso da faculdade, que é feita de material plástico e traz em compartimentos transparentes pedaços de retalhos reaproveitados de sobras de tecidos.

Assim como o mix de moda, o mobiliário interno foi composto unicamente por peças produzidas por designers da cidade. Em um local de destaque, no centro do circuito do evento, foram dispostos itens de nomes como Samuel Lamas, Danilo Vale, Casa Abelha (Mariana Bueno), Marcelo Bilac, Raquel Chaves, Jader Rodrigues, Ateliê Sumaúma e Felipe Zorzeto.

Rodas de conversa

Traçar um cenário para o futuro da moda, especialmente a brasiliense, era o principal objetivo da curadoria das rodas de conversa promovidas na quinta-feira (6/10). A parte de palestras do #MFD Festival começou com uma mesa redonda voltada para uma das pautas mais urgentes do setor: o consumo consciente. Com Romilda Gomes como mediadora, Gisele Barrozo e Rachel Smidt centraram a discussão na cultura dos brechós. Ana Paula Caldas, Carola Pertence, Sarah Tolentino e Chris Corcino debateram sobre o empreendedorismo social.

O lineup seguiu com uma palestra que abordou sobre a ancestralidade, comandada fundadora da etiqueta autoral Diáspora 009, Lia Maria, e o indigenista Cléber Oliveira. Para falar sobre processo criativo, a professora de moda Rafaella Lacerda – e também curadora das conversas no Metrópoles Fashion & Design – recebeu a dupla de idealizadoras do estúdio criativo Piquenique Design, Letícia Soares e Daisy Barros.

A manualidade afetiva foi o fio de inspiração para o bate-papo protagonizado por Helô Rocha e Rachel Potira, que contou com a mediação do designer Serginho Calado. Já o sexto talk do MFD, voltado para o upcycling de acessórios, foi capitaneado por duas designers de joias especialistas na técnica de reaproveitamento: Simone Souza e Fernanda Veras. Para encerrar, a importância da comunicação na moda, propriedade industrial, metaverso e NFTs foram os assuntos abordados nas últimas rodas de conversa.

Arte em diferentes formas

Como moda é muito mais do que roupa, o #MFD Festival levou ao público experiências culturais e gastronômicas. O cronograma incluiu expoentes do grafite, cantores, bandas e DJS. No quesito musical, a programação foi composta por gêneros como rock, MPB, instrumental, reggae, forró, funk, trap e eletrônico.

Na quarta-feira (5/10), o cantor Totô de Babalong, nova promessa brasiliense, marcou a abertura do evento. Em seguida, foi a vez da dupla Paula Torelly & Pina, da cantora Gaivota Naves, e da banda Lâmina. No segundo dia, quinta-feira (6/10), a banda Surf Sessions colocou o público para dançar ao som de hits da MPB. Os meninos da Forró Red Light e Joe Silhueta também animam o evento.

Na área interna do evento, os DJs Sony, Ops, Chicco Aquino e Camila Jun e DJ A marcaram presença no primeiro dia. No encerramento, o Coletivo Índios, Bruna Carone e Julia Roseo, Ella Nasserr, Maraskin, Ana Chris, DJ Maffra, Alex Vidigal, Karla Testa, Ogunda-o, Tiago Pezão, Spotrem e Umiranda assumiram as picapes. As atrações começaram às 11h e foram até 23h.

Como uma locação privilegiada como o Museu da República da República, nada melhor do que ocupar o espaço com artistas que são destaque na capital federal. Os grafiteiros Camilla Siren e Gurulino (personagem como ficou conhecido Pedro Sangeon) e a muralista Brixx Furtado foram convocados para uma missão: customizar peças com desenhos característicos do trabalho desenvolvido. Dessa forma, jaquetas, ecobags, calças jeans e camisetas levadas para espaço de live painting, localizado na área externa, retornaram para casa ainda mais estilosas.

A gastronomia brasiliense, por sua vez, foi representada por meio de food trucks com opções diversas. Entre elas, churrasco, pipoca e churros, além de doces com Maria Amélia, referência em quitutes, e o clássico Dog da Igrejinha.

Imagens do vídeo: Nanda Miziara

#MFD Festival

O Metrópoles Fashion & Design é uma iniciativa do portal Metrópoles com a colunista Ilca Maria Estevão. A primeira edição do evento ocorreu em 5 e 6 de outubro, no Museu Nacional da República, em Brasília.

A fim de valorizar o talento criativo local, o movimento ofereceu um espaço de vendas no estilo de loja pop-up. No #MFD Festival, estilistas e designers contaram a própria história e planos para o futuro.

Paralelamente, o movimento proporcionou, durante os dois dias de evento, premiações, rodas de conversa abertas ao público, experiências musicais com apresentações, bandas e DJs. Comida descontraída e drinks diversos também fizeram parte dessa imersão coletiva no universo da moda e da criação.

Produção: Limonada Project e Metrópoles
Identidade visual: Jean Matos
Patrocínio: Centro Universitário Iesb

Colaborou Marcella Freitas