Concorrente da Shein, Temu chega ao Brasil neste semestre
Com produtos a preços baixos, a empresa chinesa de fast fashion já fatura mais que rivais nos Estados Unidos
atualizado
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Com intensa presença no mercado de varejo on-line, a Temu promete chegar ao Brasil ainda neste semestre. A empresa chinesa de fast fashion tem impressionado a indústria internacional ao disponibilizar preços baixos — menores até que os das concorrentes Shein e Shopee.
Vem entender!
Em 2022, a empresa chinesa Pinduoduo anunciou o lançamento de uma nova ferramenta que tinha como foco movimentar a indústria de varejo no e-commerce. A plataforma Temu chegou com o objetivo de entregar uma extensa variedade de peças de vestuário, acessórios, produtos de beleza e itens para casa por valores abaixo do mercado.
O aplicativo de compras on-line utiliza ferramentas tecnológicas e a estratégia de conectar as empresas de atacado diretamente com os consumidores, algo que elimina os intermediários. Segundo informações do jornalista Lauro Jardim, do O Globo, o negócio chega a ter o dobro de faturamento de empresas concorrentes, como a Shein, nos Estados Unidos.
Em 2024, a promessa é que a Temu chegue oficialmente ao mercado brasileiro ainda no primeiro semestre. A novidade ocorre após a polêmica envolvendo o governo federal e empresas chinesas em relação ao pagamento de impostos de mercadorias.
Temu: a nova Shein no Brasil?
Com o início das atividades da Temu, a Shein ganha no país uma forte concorrente do segmento. Foi em 2020 que a famosa varejista passou a comercializar produtos para o mercado brasileiro.
Recentemente, o governo brasileiro, por meio do Ministério da Fazenda, estudou uma nova alíquota do imposto de importação, que seria aplicada para empresas de e-commerce, em compras internacionais de até US$ 50. Varejistas nacionais pressionam para a retomada da cobrança como uma forma de diminuir a desvantagem em relação às empresas chinesas.
Assim como a Shein, a Temu é mais uma fast fashion chinesa que pode conquistar os brasileiros. Vale acompanhar se a novidade também será cercada por polêmicas. Apesar da relevância global, várias empresas de fast fashion enfrentam acusações em relação à falta de transparência com os consumidores e condições precárias de mão de obra, inclusive denúncias de trabalho análogo à escravidão em fábricas.