Com nova loja, fundadora da Barreto Shoes adianta novidades da marca
A etiqueta de sapatos brasiliense, sob o comando de Tainah Barreto, está em processo de expansão e celebrando 3 anos
atualizado
Compartilhar notícia
Já são 3 anos desde que Tainah Barreto lançou a própria grife de sapatos, em Brasília. A Barreto leva o sobrenome da fundadora e nasceu a partir de uma dor pessoal: a dificuldade de encontrar calçados sofisticados que reunissem, em meio à rotina atarefada como executiva, três pilares: design, conforto e durabilidade. Para celebrar o aniversário, ela está abrindo uma nova loja.
Durante o evento de “quiet opening”, nessa quinta-feira (12/12), a diretora criativa da marca detalhou à coluna a escolha do novo ponto físico, a expansão da empresa e novidades sobre peças que chegam (e voltam). Vem saber os detalhes!
Local estratégico
A abertura da loja atende a uma demanda antiga. Tainah escolheu como endereço a QI 11 do Lago Sul, mesma quadra do antigo showroom, pela referência do local em lojas de sapatos. “Quando surgiu a oportunidade, iniciamos o projeto e fizemos a obra em tempo recorde, para que pudesse abrir a tempo do aniversário da marca, ainda neste ano”, conta.
Nas prateleiras do novo espaço, projetado pela Mais Arquitetura, é possível encontrar modelos já consolidados entre o público, como as peças das collabs com o estilista Marcelo Quadros, além de itens mais recentes. Entre esses, uma sandália de tiras acolchoadas e salto de bambu, outra com tecido telado, novas papetes e novas cores do mule Rafaela, atual best-seller.
Horizontes ampliados
Com a marca em expansão e o e-commerce próprio crescendo no último ano, Tainah está começando a trabalhar com atacado e tem feito uma curadoria de multimarcas para levar a Barreto a pontos físicos de outras cidades. A exportação também está nos planos. Atualmente, além da equipe em Brasília, a empresa tem um time em São Paulo. A capital paulista agora concentra cerca de 90% da produção das peças, que antes ocorria no Rio Grande do Sul.
“Foram 3 anos de muito amadurecimento, muito teste. A criação não é só do criador. Ele tem que estar dentro da venda, para entender as necessidades do cliente. Se não estou na loja, as pessoas no front me repassam, e uso muito isso no processo de criar. Não é só o que eu quero fazer. É o que eu quero em conjunto com o que a minha cliente quer”, comenta a empresária.
Desses feedbacks surgem, por exemplo, reedições de produtos em novas materiais e cores. Desde 2023, a marca deixou de trabalhar com coleções completas por temporadas e passou a realizar pequenos drops ao longo do ano inteiro, em quantidade limitada.
O que está a caminho
Entre as novidades para o futuro próximo, Tainah adianta que, apesar de o público feminino ser o foco principal da Barreto, alguns modelos da marca, como mocassins, papetes e mules, também têm homens entre os adeptos. Por isso, em breve, esses produtos terão a grade de tamanho estendida até o 43, seja para atender à demanda masculina, mas também para contemplar mulheres que calçam acima do 40, o maior tamanho oferecido pela label até então.
O scarpin Valentina, o primeiro best-seller da grife, passou um tempo sem reposição devido à complexidade para o produto final atender a dois dos requisitos principais da Barreto, o conforto e o design. O processo trabalhoso e demorado levou, inclusive, várias fábricas a se recusarem a produzir o modelo.
O design queridinho deve voltar no início de 2025, com novas cores e recortes. “Fazemos tudo de forma muito orgânica, obedecendo o tempo das coisas. Acho que isso é o segredo de construir sem atropelar o tempo, porque ele dita tudo”, finaliza Tainah.