Olivier Rousteing, diretor criativo da Balmain, é um dos estilistas que conseguiram usar as redes socais para alavancar seu nome e o da grife que coordena. Com 5,8 milhões do Instagram, colocou a casa francesa de volta aos holofotes, se aliou às celebridades mais influentes da moda e ganhou até mesmo um documentário sobre sua vida, em outubro passado.

No mais recente desfile, contudo, o designer teve que dividir atenções com o jogador Neymar. O brasileiro surgiu na primeira fila do show da label, nessa sexta-feira (17/01/202), com um casaco de espelhos que ofuscou a todos.

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A peça usada por Neymar, uma jaqueta reluzente com aplicações de canutilhos de metal, espelhos e couro laminado, pertence à coleção de inverno 2020 da Balmain e está avaliada em R$ 64 mil.

 

Sendo uma peça-chave de presença, o produto foi sabiamente combinado a peças básicas, também assinadas pela marca francesa: uma calça preta e uma camisa branca, no valor de R$ 8,5 mil, e uma bota de camurça, que sai por R$ 4,1 mil nas lojas da etiqueta.

 

 

Enquanto esperava o início da apresentação, várias estrelas tietaram o brasileiro. Angus Cloud, da série Euphoria, sentou ao seu lado e não perdeu a oportunidade de cumprimentar o atacante do Paris Saint-Germain, enquanto seu colega de time Eric Choupo-Moting e o influenciador Leo Picon não deixaram de registrar o encontro com o atleta.

 

 

Neymar, que estava posicionado na fila A do desfile, ainda foi apresentado ao ator Rome Flynn, o Gabriel Maddox da série How to Get Away With Murder. Ao final do show, inspirado pela herança cultural de Olivier Rousteing, Neymar não ficou satisfeito em aplaudir de pé o estilista. Foi ao backstage parabenizá-lo pessoalmente pelo trabalho.

 

 

 

O gesto do jogador faz muito sentido, já que o designer mostrou uma de suas melhores coleções desde que estreou na semana de moda masculina de Paris, em 2015. Para o outono/inverno 2020/21 da label, Olivier Rousteing trilhou um reflexo de seu estilo: um homem educado na burguesia francesa com o código genético vindo do nordeste da África.

“Acho que minha visão se tornou mais ampla porque descobri de onde venho. Sou meio etíope, meio somaliano e 100% francês. Tenho orgulho da minha origem e de quem sou hoje, graças aos meus pais”, disse ele, à Vogue, sobre a inspiração do novo compilado.

 

 

 

Adotado por um casal francês de Bordeaux, Olivier Rousteing voltou às origens para compor uma coleção que mescla traços africanos ao reconhecido design da Cidade Luz. Jaquetas, cardigãs, blazers e trench coats cheios de decorativismos contrastaram com a simplicidade das dunas que compuseram o cenário do desfile.

 

 

 

 

Os tons de areia protagonizaram o show, aparecendo, também, em grande parte das roupas e acessórios. Em referência à obra francesa O Pequeno Príncipe, Rousteing investiu em casacos militares que ganharam ar moderno em meio às combinações com jeans e acessórios futuristas. Os óculos exibidos, inclusive, são os primeiros assinados pela Balmain.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Rousteing e a marca suíça Akoni trabalharam quase um ano para criar a primeira coleção de óculos da Balmain. A linha seria lançada no desfile feminino da grife, no mês que vem, mas ao ver o resultado da investida no segmento de acessórios, o francês decidiu antecipar sua chegada ao mercado.

 

 

“Assim que os vi, estava determinado a usá-los imediatamente. Embora eu soubesse que isso causaria um certo caos e trabalho extra, eu pressionei todas as equipes para que conseguíssemos incorporá-los no show masculino, pois eles estão perfeitamente alinhados com a mensagem desta coleção”, disse o estilista.

Os óculos Balmain x Akoni, com preços entre 500 e 1.000 euros, serão comercializados a partir de abril, nas lojas e-commerces da rede de luxo. Confira outros looks vistos no desfile de outono/inverno 2020/21 da Balmain:

Colaborou Danillo Costa