Em janeiro deste ano, Rihanna apareceu usando um óculos com a marca Fenty gravada em sua haste, o que levantou vários rumores sobre uma possível etiqueta de acessórios da cantora de Barbados. Poucos dias depois, foi anunciado que a artista se tornaria a primeira estilista negra a ter uma grife no conglomerado francês LVMH, detentor de labels como Louis Vuitton, Fendi, Celine e Givenchy, mas nenhum detalhe do projeto havia sido divulgado… até agora!

Ao contrário do esperado, a nova marca da estrela pop trará muito mais do que complementos. Com um investimento de 60 milhões de euros, a grife apostará na criação de roupas masculinas, femininas e infantis, sapatos, óculos, peças esportivas, gadgets, artigos de papelaria, objetos de decoração e até ferramentas de jardinagem.

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Um documento obtido pelo site Business of Fashion, nessa terça-feira (26/2), revela vários dados da operação anunciada pelo LVMH. O nome da empresa será Project Loud France, em referência ao quinto álbum de estúdio da cantora. O valor do investimento foi dividido ao meio entre a artista, que terá 49,99% das ações, e o conglomerado francês, parte majoritária do negócio.

Jean-Baptiste Voisin, diretor de estratégia do grupo, assume o papel de presidente da parceria. Essa é a primeira marca que o conglomerado lança desde a Christian Lacroix, em 1987, e não por acaso Rihanna foi escolhida para quebrar o hiato. A capacidade dela de se conectar com os consumidores das novas gerações foi testada tanto na beleza quanto na moda.

Sua linha Fenty Beauty, pioneira na diversidade de tons (a marca tem 50 cores de base), fez com que os consumidores formassem filas gigantescas nas calçadas, gerando US$ 100 milhões em seus primeiros 40 dias de existência.

A Fenty X Puma, lançada em 2015, também foi um case de sucesso. Os primeiros modelos desenhados pela estrela se esgotaram em 35 minutos, o que ajudou a gigante alemã a elevar seus lucros em 92,2% nos dois anos seguintes.

Sua linha de lingerie, Savage X Fenty, também agitou as lojas de departamentos, e o desfile da Semana de Moda de Nova York em setembro foi recebido bem pela mídia especializada e elogiado por seu casting diversificado, em contraponto às polêmicas levantadas pela Victoria’s Secret.

O poder empreendedor de Rihanna é impressionante, mas, se somarmos sua persuasão à equação, é muito difícil imaginar um tiro do LVMH sair pela culatra. Com mais de 67,9 milhões de seguidores no Instagram, rede social na qual ela regularmente compartilha imagens de seus produtos, a popstar consegue uma conexão direta com seus fãs.

Em 2016, o NPD Group fez uma pesquisa na qual Rihanna apareceu como a celebridade mais vendável do mundo. As pessoas que acompanham a estrela têm 3,7 vezes mais chances de comprar algo visto em sua conta, em relação a demais influenciadoras. Ainda não há uma data de lançamento para a Loud Paris, mas certamente a parceria será um sucesso.

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Colaborou Danillo Costa