Chapéu na moda: de item funcional a acessório de estilo
Com vários significados, a peça histórica garante proteção e personalidade ao visual
atualizado
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Por ser um acessório repleto de significados e contextos, o chapéu garante personalidade a qualquer visual. Com história antiga, surgiu como um item funcional, mas também conquistou status fashionista. A coluna separou detalhes sobre modelos da peça.
Vem conferir!
Por estar sob a cabeça, o chapéu toma destaque no visual. As variações, como clochê e bucket, transitam entre diversas gerações, formando estilos e trazendo mais personalidade ao visual como um todo.
Os primeiros modelos surgiram há mais de 5 mil anos, criados para atividades externas como uma proteção solar. Com o tempo, os chapéus passaram a ser uma forma de distinguir culturas e posições na hierarquia social, com versões mais rebuscadas simbolizando os mais altos níveis na sociedade.
Atualmente, a gama de opções é ampla. “O chapéu é um acessório atemporal que foi feito para proteger de altas temperaturas, assim como chuva, vento, frio. Além disso, a moda se apropriou dele”, explica a consultora de imagem Sandrah Ju.
Os chapéus da alta classe
Desde o século 18, os chapéus são um símbolo de elegância, principalmente no Reino Unido e nos Estados Unidos. Usado por figuras políticas e por economistas, os chapéus chegaram à moda masculina como uma forma posicionamento na sociedade.
A realeza britânica também incorporou a peça ao visual da nobreza, oficializando os chapéus como um elemento indispensável no dress code. Em 1711, a rainha Anne fundou o evento Royal Ascot, uma corrida anual de cavalos com a presença da high society. A ocasião gerou um código de vestimenta que inclui os chapéus para as mulheres e os homens; com isso, inseriu o acessório na rotina da corte.
Devido à relação dos chapéus com os mais altos níveis de poder do mundo, os modelos com mais acabamento e curvas se tornaram artigos de luxo. Para os homens, os mais básicos, porém curvilíneos, e, para as mulheres, abas maiores e adereços como flores e jóias.
A estética do agro
Por terem sido criados como uma proteção para o sol, os chapéus fazem parte da agricultura desde o princípio. Com a modernização e definição de um estilo de vida ligado ao sertão, alguns modelos passaram a ser representações dos cowboys e cowgirls.
Os modelos country mais comuns são feitos de materiais resistentes, como couro e feltro, mas também existem opções populares em lona, palha e karandá. A peça costuma vir com detalhes básicos, sobretudo uma fita, geralmente de couro, ao redor do vinco que cobre a cabeça. Por ser conhecido no mundo todo, o western é aderido por outras estéticas, como uma forma de styling.
Acessórios de cabeça no contexto urbano
Vale destacar que muitos modelos atuais de chapéus carregam histórias ligadas a profissões comuns na sociedade. O bucket também é conhecido como pescador, enquanto as boinas surgiram com os militares, mas também passaram a ser atreladas a artistas. Já o jornaleiro é autoexplicativo.
As versões mais modernas costumam ter aba encurtada. O clochê e o bucket, por exemplo, têm contorno leve e dobrável.
Nos ambientes urbanos e nas atividades sociais, modelos variados de acessórios de cabeça — para além dos chapéus — são adotados no cotidiano. Bonés, por exemplo, marcam presença no street style.
A consultora de imagem Sandrah Ju destaca que o acessório incrementa o vestuário. “O chapéu dá um up no look, dá uma diferenciação de caso. Você pode estar com uma roupa básica, um jeans, uma camiseta branca, uma blusa branca… se você coloca um chapéu, já mudou. (…) Por isso eu falo que é um acessório de sofisticação”.