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Bottega Veneta lança filme que discute a “masculinidade tóxica”

O curta-metragem, que ficará disponível até 6 de agosto, reuniu personalidades para falar sobre questões de identidade, moda e gênero

atualizado

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Bottega Veneta/YouTube/Reprodução
Garoto abrindo casaco
1 de 1 Garoto abrindo casaco - Foto: Bottega Veneta/YouTube/Reprodução

O conceito de “masculinidade” foi desenvolvido socialmente e vem mudando nos últimos tempos. Na busca por uma realidade mais igualitária, torna-se essencial o combate ao machismo, que afeta de diversas formas, e principalmente, as mulheres. E ele também é cruel com os homens, sobretudo com os que não querem performar estereótipos de gênero. Com a ideia de desconstruir noções obsoletas, a grife Bottega Veneta produziu um curta-metragem que discute noções de identidade e liberdade.

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Giphy/Bottega Veneta/Reprodução

 

O fotógrafo e cineasta Tyrone Lebon, que já fez outras parcerias com a grife italiana, juntou-se ao diretor criativo Daniel Lee para desenvolver o filme Men. O resultado ficará disponível gratuitamente até 6 de agosto pela plataforma Mubi e também pelo site internacional da Bottega Veneta. “O ritual de se vestir e despir é, ao mesmo tempo, um ato íntimo e artístico”, adiantou a sinopse.

No material, um time de convidados reflete sobre identidade, masculinidade e relacionamento com as roupas. Na lista, estão o ator Barry Keoghan, o cineasta Dick Jewell, o artista George Rouy, a cantora Neneh Cherry, o rapper Octavian, e os dançarinos Roberto Bolle e Michael Clark, além de nomes como Obongjayar, Roman e Tricky.

No total, o conteúdo tem aproximadamente oito minutos. Os participantes respondem o questionamento: “Aos seus olhos, que qualidades fazem um homem?”. As respostas envolvem reflexões profundas e até dicas para manter a mente aberta.

Octavian em filme da Bottega Veneta
O rapper franco-britânico Octavian é um dos convidados da Bottega Veneta

 

Roberto Bolle em filme da Bottega Veneta
O dançarino italiano Roberto Bolle também fala sobre “masculinidade tóxica”

 

Neneh Cherry em filme da Bottega Veneta
A cantora Neneh Cherry é a única mulher que aparece no curta-metragem. Ela reconhece que abandonar estereótipos é fundamental

 

Ao colocar e tirar roupas, os protagonistas descrevem percepções e experiências. “Não acho que um homem deva se comportar de uma forma específica. Isso depende do indivíduo, não vou ditar. Sou bastante específico ao que visto, acho que associo roupas à música, ao gosto musical. Gosto igualmente de Otis Redding e de Aretha Franklin, entende? É o soul“, comentou Dick Jewell.

A necessidade de quebrar estigmas foi citada por diferentes convidados. Para eles, é preciso repensar diariamente as normas que o universo impõe. Além disso, a mensagem passada é a da sabedoria para lidar com as próprias emoções, permitindo-se sentir tudo o que vier.

“Mostrar nossa fraqueza também é uma força”, declarou Neneh Cherry. “A sociedade nos faz sentir que devemos obedecer uma certa regra. Não podemos nos desmembrar como algo em específico. Para mim, o progresso é precioso”, completou Octavian. “Temos que ser muito honestos com nós mesmos sobre a percepção do mundo. Não há regras, as únicas são as que nós mesmos definimos”, analisou George Rouy.

“Na minha juventude, eu nunca via homens terem contato físico além de dar socos um no outro. Então, aqueles que desafiavam a visão estereotipada de um homem me atraíam”, disse Michael Clark. “Os verdadeiros líderes são vulneráveis e mostram seus verdadeiros sentimentos”, acrescentou Barry Keoghan.

Dick Jewell para Bottega Veneta
Para Dick Jewell, cada indivíduo é único e cheio de particularidades

 

 Barry Keoghan para Bottega Veneta
Barry Keoghan falou sobre o alívio de poder demonstrar fragilidades

 

Michael Clark para Bottega Veneta
Michael Clark destacou a falta de contato físico entre homens

 

Roberto Bolle para Bottega Veneta
Roberto Bolle não dispensou movimentos de dança

 

Tricky para Bottega Veneta
Tricky usa a moda como forma de expressão e autenticidade

 

Os participantes também destacaram como o trabalho e as relações do dia a dia podem influenciar na mudança positiva. O vídeo é cheio de detalhes e reflexões. Também vale reparar nos visuais usados nas cenas, enquanto as estrelam compõem os looks.

“Interpretar tantos personagens diferentes, para mim, é, definitivamente, uma forma de me expressar. Podemos nos livrar dos problemas e escapar da nossa própria realidade”, contou Barry Keoghan. “Todo aspecto da minha vida é cheio de movimento. Foi a forma que encontrei para me expressar. Para mover minhas mãos, meus braços, minha cabeça… Se acompanham meu movimento ou se vão contra ele”, afirmou Roberto Bolle.

A moda também foi apontada como um instrumento de liberdade. “Nossa forma de vestir nos unifica aos que se vestem de forma parecida. É uma forma de encarnar o que estamos passando naquela fase da vida e como expressamos isso”, opinou Octavian. “Visto o que eu quiser. Usava vestidos quando tinha 15 anos. Botas Dr. Martens, casacos Crombie. Com a chegada do hip-hop, era mais B-Boy. Tudo vem da música”, compartilhou o músico Tricky.

 

Assista ao teaser do filme:

 

Colaborou Rebeca Ligabue

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