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Banda Lupa foge do marasmo com rock brasiliense autêntico

Sucesso da capital, o grupo lançou um novo disco, Sucesso a Qualquer Custo, e promete uma turnê nacional. O estilo rock and roll é a aposta

atualizado

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Bruno Cavalcanti/Imagem cedida ao Metrópoles
Na imagem com cor, três homens brancos usam looks pretos - Metrópoles
1 de 1 Na imagem com cor, três homens brancos usam looks pretos - Metrópoles - Foto: Bruno Cavalcanti/Imagem cedida ao Metrópoles

Brasília é considerada o berço do rock nacional. Bandas de sucesso, como Legião Urbana, Capital Inicial e Paralamas do Sucesso, nasceram na capital. Foi a partir desse cenário que a Lupa, composta pelo trio brasiliense Múcio Botelho, Junin e Lucas Moya, continua o legados dos antecessores. Com mais de 79 mil ouvintes mensais na plataforma Spotify, o grupo conquista fãs por meio de um som que provoca, mas também diverte. Contra a falácia de que o momento atual do quadradinho é de marasmo, os jovens defendem o localismo e a diversidade da cidade. Eles foram uma das atrações musicais da segunda edição do Metrópoles Fashion & Design Festival, que ocorreu em 14 e 15 de setembro.

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Na imagem com cor, mulher com a lingua para fora segura pirulito - Metrópoles
“Cria” de Brasília, a banda conquista o público com o muito rock

 

Rock brasiliense

Lançado oficialmente no início de agosto, o disco Sucesso a Qualquer Custo é o mais recente trabalho da banda Lupa. Com onze faixas, a produção vai em contramão ao cenário atual da indústria da música, que tem preferido singles soltos e de rápida absorção. Vocalista do grupo, Múcio Botelho defende que a proposta segue o que eles acreditam.

“É um retrato muito fiel e honesto das coisas que a gente faz. Acaba que tomamos decisões esquisitas, mas que, no final, sempre acaba dando certo. Foi muito importante, pois é um registro histórico de quem somos hoje”, explica, em entrevista à coluna. Com influências do clássico ao punk rock, o músico defende que o novo álbum é o que mais conversa com a sonoridade de todo o grupo.

“Esse é um verdadeiro disco de rock. É guitarreiro, porradeiro, rife, melodia e letra. Uma coisa que a gente não tinha feito. As músicas da Lupa eram complexas, com muitas texturas. Hoje, podemos bater no peito e dizer ‘é rock’ em uma época que as pessoas não estão mais consumindo tanto”, orgulha-se Botelho.

Os integrantes defendem a importância de estarem produzindo um som autêntico na capital neste período. “O pessoal é órfão de pais não declarados. Brasília é um tesouro. Qualquer árvore que você balançar vai sair um artista maravilhoso, mas as pessoas simplesmente não saem de casa para descobrir. É um polo criador de cultura”, reconhece o vocalista.

Apesar de enxergar de uma forma positiva os talentos que nascem em Brasília, a banda Lupa aponta a falta de investimentos na área cultural como uma dificuldade. “Eu defendo uma política pública que gera renda, emprego e vida. Mas não temos iniciativas sérias que fomentem principalmente a audiência. Esse é o maior problema que temos hoje, pois os artistas conseguem produzir, os festivais conseguem acontecer, mas o que a gente está vendo são eventos cada vez mais esvaziados”, lamenta.

Na imagem com cor, três homens brancos são fotografados em clima descontraído - Metrópoles
Múcio Botelho, Junin e Lucas Moya são os integrantes da Lupa

 

Na imagem com cor, três homens brancos são fotografados em clima descontraído - Metrópoles
Eles acabaram de lançar um novo álbum

 

Na imagem com cor, três homens brancos são fotografados em clima descontraído - Metrópoles
A banda tem referências internacionais, mas se orgulha dos artistas brasilienses que a antecedeu

 

Na imagem com cor, três homens brancos são fotografados em clima descontraído - Metrópoles
O grupo tem milhares de fãs

 

Moda musical

A Lupa conquista o público ao entregar autenticidade ao que produz. Com mais de sete anos de estrada, o grupo tem fãs fiéis que curtem e compram os itens lançados. Cheio de orgulho, Múcio Botelho conta do sucesso da linha de peças assinadas por eles.

Shorts, camisetas, botons e pôsteres fazem parte da lista de merchandising da banda. “A gente vende muito produto. Acabamos de lançar novas versões inspiradas nesse disco. Conseguimos acessar esse lugar de carinho com as pessoas as vestindo também”, avalia. Contudo, o figurino dos músicos é uma tarefa mais difícil.

O vocalista explica que ama estar “pelado” no palco, mas que entende a importância do segmento fashion para a música. “Não tem como você dissociar estética de som. Vai estar sempre amarrado… mas é um problema porque uso poucas roupas. Mesmo assim, é algo que está muito consciente, principalmente nos clipes”, conta.

Em setembro, o grupo movimentou a segunda edição do Metrópoles Fashion & Design Festival com muito rock. O evento criado por Ilca Maria Estevão teve um palco diverso, que destacava o talento de artistas brasilienses. Para Botelho, a apresentação teve um gosto especial por ser a primeira depois do lançamento do novo álbum.

“Foi lindo, ambiente superacolhedor e palco maravilhoso. Uma energia muito gostosa. A gente entregou tudo o que tinha. Estamos loucos para os próximos”, afirma. Para o futuro, o grupo prepara uma nova turnê que deve percorrer cidades fora de Brasília. “Dia 14 deste mês, temos o lançamento oficial do disco no festival Convida. Depois, temos uma agenda nacional, fiquem de olhos nos nossos canais”, finaliza.

Na imagem com cor, três homens brancos são fotografados em clima descontraído - Metrópoles
A nova produção é o disco mais rock and roll do grupo

 

Na imagem com cor, três homens brancos são fotografados em clima descontraído - Metrópoles
A banda se apresentou na segunda edição do Metrópoles Fashion & Design Festival, em setembro

 

Na imagem com cor, homem branco de cabelos cacheados posa para fotos - Metrópoles
O “diabinho fofinho” é o mascote do grupo

 

Na imagem com cor, três homens brancos são fotografados em clima descontraído - Metrópoles
A banda promete ser o novo sucesso brasiliense nacional

 

Brasília Fora dos Padrões

coluna deu início ao quadro Brasília Fora dos Padrões, como uma extensão da série Moda Brasília. Toda semana, apresentamos pessoas que se destacam pelo estilo próprio, a fim de dar ênfase à moda no Distrito Federal, no Centro-Oeste.

O objetivo é compilar fashionistas que usam o vestuário como uma forma de autoexpressão e autenticidade. Os nomes são selecionados de forma independente pela equipe da coluna. A iniciativa também aborda pautas com temas para além do segmento fashion, como música, entretenimento e arte.

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