Bala Desejo: grupo fala sobre o fim de uma jornada estética e musical
Em Brasília para turnê de encerramento do álbum Sim Sim Sim, o quarteto carioca compartilha o significado da moda no projeto
atualizado
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Em um mix de festividade e encerramento, o Bala Desejo, quarteto musical composto por Dora Morelenbaum, Julia Mestre, Lucas Nunes e Zé Ibarra, inicia em Brasília, nesta sexta-feira (2/2), a turnê que finda uma fase significativa. Ao longo dos últimos dois anos, a moda foi um importante e mutante instrumento na personalidade sinestésica do grupo carioca.
Vem conferir!
Dono de sucessos como Baile de Máscaras (Recarnaval) e Lambe Lambe, o Bala Desejo se iniciou como expressão de liberdade. Lançado em fevereiro de 2022, o álbum Sim Sim Sim foi um grito carnavalesco após a delicada fase pandêmica que privou os sentidos dos brasileiros. Quem passava a conhecer o quarteto recebia, pelos ouvidos, uma nostalgia festiva, e, pelos olhos, um deslumbre visual.
A moda do Bala Desejo não é um acessório, mas sim, parte da composição musical, como conta o integrante Lucas Nunes. “O figurino entra para dar contexto e amarrar muitas ideias do primeiro disco. Muita coisa desses figurinos vieram no momento da composição, não só na hora de entrar no palco”, conta.
A era Sim Sim Sim se encerra com conquistas. Além do Grammy Latino na categoria Melhor Álbum Pop em Português, os artistas Dora, Julia, Lucas e Zé se reinventaram com o Bala Desejo.
“Fomos descobrindo nossa potência ao longo do projeto, fazendo shows e sentindo o que comunicava mais. Lembro do nosso primeiro figurino, não tinha nada a ver com o que usamos hoje. E continuamos com vontade de mudar e criar outros caminhos de expressão”, relata Dora Morelenbaum.
O grupo explorou o visual com auxílio de diferentes profissionais, como Maria Rocha e Isabela Capeto. A estilista Marta Macedo, da Martu, é a responsável pelos figurinos da turnê que encerra e celebra uma fase, após dois anos de shows ao redor do Brasil e do mundo.
Moda mutante do Bala Desejo
Zé Ibarra define o estilo da turnê de encerramento como “festivo-analógico”. A mudança de tom é clara. A comemoração dos dois anos de projeto é contrastada pelo fim de um momento importante e, apesar da época, a festa não é de Carnaval. Como o tropicalismo na transição de décadas e ideologias, o Bala Desejo reaparece com um quê de melancolia, evidenciado pelas cores branca e preta na divulgação, mas de braços abertos para o que pode vir a seguir.
“Temos uma possibilidade de nos reinventar, de ir a lugares que ainda não fomos”, compartilha Zé Ibarra. “Reconhecemos tudo que aconteceu por causa dessa nossa união. É essa celebração que caracteriza nosso momento”, complementa Julia Mestre.
O Bala Desejo se apresenta na turnê de encerramento do Sim Sim Sim em Brasília nesta sexta-feira (2/2), na Corina Cervejaria. Os ingressos estão à venda pelo Sympla. Em seguida, o quarteto cantará em Goiânia (Goiás), Belo Horizonte (Minas Gerais), São Paulo, Porto Alegre (Rio Grande do Sul), Curitiba (Paraná) e Rio de Janeiro.