Independentemente da profissão, as mulheres mantêm um desejo em comum na hora de se vestir: praticidade. Se a ideia é transitar em diferentes ambientes, as peças versáteis são uma ótima pedida para quem busca produções descomplicadas. A Awake Brand, comandada por Luiza Parra, nasceu a partir desse desejo. No Moda Brasília desta terça-feira (12/4), a coluna bateu um papo com a idealizadora da etiqueta.

Vem conferir!

A marca

A Awake Brand foi fundada há pouco mais de um mês. Em fase de transição de carreira, Luiza Parra, formada em educação física, começou a desenterrar hobbies e dedicar-se a atividades de criatividade. Foi assim que, despretensiosamente, acabou esbarrando em uma habilidade que iria mudar o direcionamento de seus planos: o desenho. Imersa no universo da criação, veio a inspiração para desenvolver a sua própria marca de roupas.

A partir disso, começou a fase de estudos. Luiza passou a pesquisar tecidos, modelagens e um nicho de atuação no segmento. Apesar de iniciante no mercado, carregava uma certeza: que sua etiqueta seria sustentável e teria um método de produção mais lento. E assim nasceu a Awake.

“As peças são pensadas para vestir a mulher elegantemente nos compromissos ao longo do dia. Queremos acompanhar nossas clientes nos diferentes papéis que elas desenvolvem no cotidiano: mãe, funcionária ou empreendedora”, descreve Luiza Parra, fundadora da marca.

De um compromisso do trabalho ao almoço com as amigas, os itens aliam conforto e elegância. Na coleção de estreia, batizada de Corê, a marca apostou em peças-chave para produções versáteis: vestido fluido, calça com recortes nos bolsos, blusa com mangas delicadas e short-saia básico. Em homenagem a mulheres inspiradoras, os itens carregam o nome de figuras importantes na vida da fundadora.

A coluna bateu um papo com a idealizadora da marca, Luiza Parra. Confira:

O nome da marca significa, literalmente, despertar. Existe algum significado por trás do nome?
Luiza Parra: O nome não vem apenas do sentido literal, mas simboliza também o meu próprio despertar. Eu não estava feliz com o meu trabalho em Educação Física e fui pesquisando, fazendo terapia, indo atrás de novos ares. Foi assim que acabei me deparando com uma palestra da Brené Brown, pesquisadora norte-americana, na qual ela fala como a vulnerabilidade pode ser um lugar do seu despertar espiritual. A Awake nasceu justamente nesse momento, e foi consequência do meu processo de autoconhecimento.

A etiqueta se denomina slow fashion. Como são pensadas as coleções?
Toda a nossa produção é pensada de uma maneira cuidadosa. Ainda na fase de desenvolvimento, nós calculamos a metragem para que a peça tenha a quantidade de tecido necessária e evite desperdícios de matéria-prima. E, ainda que sobre, tentamos reaproveitar nos ajustes. Por ser um processo mais lento, valorizamos a qualidade em vez de quantidade. Por isso, nossa preocupação é que todas as etapas sejam, de fato, sustentáveis e respeitem o processo necessário para cada demanda.

Quais são as peças que compõem a primeira coleção?
O portfólio atual engloba quatro peças que já estão disponíveis no e-commerce. A partir dos próximos meses, a minha intenção é desenvolver coleções-cápsula, com lançamentos mensais ou quinzenais. Antes mesmo de iniciar essa fase, quero estruturar os processos para continuar alinhada com o meu propósito de produzir devagar e gerar o menor desperdício possível.

Quais são os planos para 2022?
Alcançar o máximo de mulheres que se sentirem representadas pelo nosso propósito, que se identificarem com os nossos produtos. Mais do que isso, queremos conquistar também a confiança delas, porque a nossa proposta vai além de vestir.

Buscamos construir um relacionamento de troca com as nossas clientes e produzir peças que elas vistam para se sentirem empoderadas. Eu também desempenho diversas atividades ao longo do meu dia, e sei bem como é se desdobrar em muitos papéis. A Awake busca oferecer opções versáteis que facilitam as escolhas de looks para o cotidiano.

Moda Brasília

A coluna Ilca Maria Estevão deu início à série Moda Brasília em 2021. Toda semana, apresentamos marcas, designers e etiquetas locais, a fim de dar ênfase à moda criada no Distrito Federal e no Centro-Oeste.

O objetivo é apresentar iniciativas e empresas que atuam em prol da cadeia produtiva regional de maneira criativa, sustentável e inovadora. Os nomes são selecionados de forma independente pela equipe da coluna, a partir de critérios como diferencial de mercado, pioneirismo e ações que valorizem a comunidade.

Para outras dicas e novidades sobre o mundo da moda, siga @colunailcamariaestevao no Instagram. Até a próxima!

Colaborou Marcella Freitas