Aumento dos casos de Covid-19 leva Giorgio Armani a cancelar desfiles
A marca italiana teria apresentações neste mês nas semanas de moda de Milão e de alta-costura em Paris
atualizado
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A marca italiana Giorgio Armani anunciou nessa terça-feira (4/1) o cancelamento dos desfiles que aconteceriam neste mês de janeiro nas semanas de moda de Milão e Paris. O motivo é o grande aumento de casos positivos de Covid-19 nos países europeus. Até o momento, a etiqueta é a única a suspender as apresentações.
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O Armani Group teria um mês agitado: apresentaria os desfiles masculinos Giorgio Armani e Emporio Armani nos dias 15 e 17 de janeiro, em Milão, e também participaria da Semana de Alta-Costura, em Paris, entre os dias 24 e 27. Em comunicado, a empresa afirmou que “a decisão foi tomada com grande pesar e após reflexão cuidadosa à luz do agravamento da situação epidemiológica”.
Os países da Europa estão passando por um surto, e o número de casos de Covid-19 aumentou nas últimas semanas de dezembro e no começo de janeiro. Segundo o Our World in Data, a Itália tinha mais de 5 milhões de casos confirmados da doença em 3 de dezembro de 2021. Um mês depois, em 3 de janeiro de 2022, o total saltou para 6,4 milhões. No mesmo período, a França foi de 7,8 milhões para 10,3 milhões.
Ainda na nota oficial, a Armani disse que “os desfiles são momentos cruciais e insubstituíveis, mas a saúde e a segurança dos colaboradores e do público devem voltar a ter prioridade”. Até o fechamento desta reportagem, a marca havia sido a única a anunciar o cancelamento da apresentação.
Ações anteriores
O Grupo Armani se mostrou, ao longo da pandemia, um dos mais preocupados com a segurança dos colaboradores e até dos profissionais de saúde. Em março de 2020, a empresa anunciou que as suas fábricas passariam a produzir macacões médicos descartáveis para serem usados na proteção individual de quem estava na linha de frente contra o coronavírus.
O time de basquete Olimpia Milano, que tem a Armani como principal patrocinadora, doou 1 milhão de euros para ajudar os hospitais da Lombardia, epicentro da doença na Itália em 2020. Em nota, o próprio Giorgio Armani afirmou que era comovente ver os profissionais “comprometidos em fazer seus trabalhos ao mesmo tempo em que suportam as lutas e enormes tensões de que o mundo inteiro está ciente”.
Durante a pandemia, as marcas de luxo tentaram se adaptar e testaram diferentes formatos para apresentar as novas coleções. Além de fashion films de curta e até de longa duração, foram feitas transmissões ao vivo de desfiles sem público, animações e até jogos. Com os novos surtos de Covid-19 e o aumento no número de variantes, mesmo com a alta cobertura vacinal, é preciso aguardar as medidas sanitárias determinadas pelas autoridades de cada local.
Colaborou Carina Benedetti