Conheça a multiplicidade sem rótulos da artista brasiliense Alhocca
Com carreira na dança, a jovem agora investe na área da música. Aos 26 anos, a cantora não define o próprio estilo e aponta como diferencial
atualizado
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A partir de um “batismo” feito por uma drag queen, Alhocca “nasceu” em janeiro de 2023. Quem carrega o nome artístico é a brasiliense Ana Karoline. Aos 26 anos, a jovem cantora tem uma carreira multifacetada nas áreas da dança, moda e música. Por meio de uma mistura de elementos que vão desde as raízes no Nordeste ao hip-hop, ela conquista a cena da capital com diversidade e conteúdo.
Vem conhecer!
Não há uma forma convencional para definir o trabalho de Alhocca. A brasiliense indica que esse foi o caminho escolhido para seguir. Ao desistir do curso de educação física, encontrou na dança um espaço para resgatar as raizes familiares e potencializar novas descobertas. “Eu comecei dançando forró em casa, então sempre que tinha churrasco juntava todo mundo. Quando entrei no ensino médio, conheci o breakdance e fiquei apaixonada”, conta, em entrevista à coluna.
Foi nesse período que Ana Karoline começou a conviver no meio hip-hop. Com origens no Nordeste, Alhocca compartilha da visão que Brasília tem uma manifestação popular diversa, algo que conversa com a própria personalidade. De maneira autônoma, a artista construiu relações que a levaram às primeiras oportunidades de trabalho.
Com um olhar para a estética além do “belo”, Alhocca tem no currículo experiências como DJ, modelo e dançarina. Inicialmente, com o nome artístico Karol Dublak, a artista sempre compreendeu a moda como uma ferramenta importante para a construção da carreira.
“Eu penso bastante em qual roupa vou usar, não só para ser bonita, mas também que entregue alguma informação. Então, sempre pesquiso, procuro entender o tema e como posso evidenciar por meio da minha imagem”, explica Alhocca.
Como uma massa de bolo que leva diferentes ingredientes, Ana Karoline constrói a trajetória na capital. Após se aventurar em eventos, desfiles e programas culturais da cidade, no início de 2023, decidiu voar em novos os ares: os da música.
Alhocca: cantora
Com composições autorais, Alhocca apresenta músicas e videoclipes para o público. O novo nome artístico surgiu de uma forma curiosa, mas carinhosa. Ela revela revela que o “título” precisava ser pequeno e único. “Eu tenho uma amiga drag que me chamava de ‘aloka’. Eu achei essa gíria maravilhosa, ainda mais com a troca de letras, além de ser supergostoso falar”.
Assim, sai a Karol Dublak e nasce a Alhocca. O trabalho musical da artista é feito a partir da multiplicidade que a define. Ao longo de 2023, ela lançou cerca de nove músicas e videoclipes nos mais diferente ritmos. “É uma coisa maravilhosa pois todas elas apresentam uma faceta minha, que não é algo linear. Tenho funk, trap, reggae e brasilidade”, classifica.
Durante o ano, Allhoocca tem se movimentado para conquistar cada vez mais espaços. Em outubro, realizou a primeira apresentação ao vivo na qual foi responsável por toda a produção do show. “Brasília é o melhor lugar para um artista se desenvolver. Você encontra pessoas com mais facilidades do que em outras cidades e troca experiências”, conta.
Para o futuro, a jovem pretende lançar um primeiro EP autoral e se destacar mais no Distrito Federal. “Meu sonho agora é cantar em festivais da cidade. Espalhar a minha trajetória e som por todos os cantos”, finaliza
Brasília Fora dos Padrões
A coluna deu início ao quadro Brasília Fora dos Padrões, como uma extensão da série Moda Brasília. Toda semana, apresentamos pessoas que se destacam pelo estilo próprio, a fim de dar ênfase à moda no Distrito Federal, no Centro-Oeste.
O objetivo é compilar fashionistas que usam o vestuário como uma forma de autoexpressão e autenticidade. Os nomes são selecionados de forma independente pela equipe da coluna. A iniciativa também aborda pautas com temas para além do segmento fashion, como música, entretenimento e arte.